Leitura espiritual - 16 de setembro
O exercício da adoração deve ser feito como uma verdadeira meditação.
Para seguir a ordem natural das ideias e dos sentimentos, convém figurar que se tem uma régia visita a fazer, e para a qual é necessário o desempenho de três deveres: a preparação, o assunto a tratar e a conclusão.
O primeiro dever é a preparação, que se divide em preparação remota e preparação próxima. a primeira consiste em escolher o assunto da adoração, determinar-lhe dois ou três pontos, isto é, duas ou três verdades ou pensamentos dominantes.
Quanto aos sentimentos é impossível prevê-los, visto que eles são fruto espontâneo da contemplação da verdade, da bondade de Deus, em uma palavra, do próprio trabalho da meditação. Mas é necessário prever a homenagem da conclusão, determinar o que se pode oferecer ou prometer a Nosso Senhor, bem como as súplicas a Lhe fazer.
Escolhido o assunto, é mister que o adorador prepare a sua pessoa exteriormente, a fim de que a sua aparência seja conveniente e digna. A Santa Igreja não pede elegância nem luxo nas adorações, mas o decoro. O caraterístico da adoração é ser um culto essencialmente festivo; o adorador, portanto, deve também ser festivo em suas vestes e em suas piedosas homenagens.
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