sábado, 15 de dezembro de 2018

CARTA PASTORAL (1)

CARTA PASTORAL (3)
prevenindo os diocesanos contra os ardis da seita comunista.
Escrita em 13 de maio de 1961 pelo então Bispo da Diocese de Campos, D. Antônio de Castro Mayer, de saudosa memória.


I  -  OS OBJETIVOS "HUMANITÁRIOS" DOS COMUNISTAS E A COLABORAÇÃO COM OS CATÓLICOS

6 - Insinceridade fundamental do "humanitarismo" comunista

"Os comunistas não querem a reparação dos males, das injustiças sociais. O regime que eles aplaudem é a mais tremenda tirania, arvorada em sistema de governo. O que eles desejam é produzir um ambiente de luta, de exacerbação contra as elites. Seu fim imediato é provocar a inquietação social, a desunião dos espíritos. Não os perturba, de modo nenhum, a violação da lei moral. Para eles não existe lei moral (cf. Enc. "Divini Redemptoris, A. A. S., vol. 29, pp. 70 e 76). O que lhes é sobremaneira útil é excitar e manter a luta de classes, luta de extermínio, sem qualquer tentativa de conciliação harmoniosa como quer a Igreja. Eis o que se lê na História do Partido Comunista da URSS, publicação oficial dos soviets: "Para não se enganar em política, é preciso ser revolucionário e não reformista [...]. É preciso seguir uma intransigente política proletária de classe, e não uma política reformista de harmonia de interesses do proletariado e da burguesia, não uma política conciliadora de INTEGRAÇÃO do capitalismo no socialismo" (apud "Itinéraires", de Paris, nº 52, p. 99). Na Encíclica "Divini Redemptoris", por seu lado, Pio XI consigna que o ideal que visam os esforços dos marxistas é exacerbar a luta de classes (A. A. S., vol. 29, p. 70).

7 - A seita comunista oculta ao grande público suas verdadeiras doutrinas

Hoje, a propaganda dos comunistas não apresenta nem sua doutrina, nem seus objetivos de modo claro, patente ao grande público. Fê-lo no começo, ma logo percebeu que assim afastava os povos do marxismo (cf. Enc. ibid. p. 95), tão brutal é a essência deste. Por isso, a seita "mudou de tática, e procura ardilosamente seduzir as multidões, ocultando os próprios intuitos atrás de ideias em si boas e atraentes"  (Enc. cit., ibid. p. 95). É assim que os comunistas, "mantendo-se firmes em seus perversos princípios, convidam os católicos a colaborar com eles, no campo chamado humanitário e caritativo, procurando, por vezes, coisas em tudo até conformes ao espírito cristão e à doutrina da Igreja"  (Enc. cit., ibid. p. 95).

8 - Colaborar com as campanhas da seita marxista é fazer-lhe o jogo

De onde se vê que toda colaboração prestada a uma campanha na qual se empenham também os comunistas  -  ainda quando não se apresentem como tais  -  é uma colaboração que se dá à implantação do marxismo. O exemplo doloroso de Cuba nos adverte, e a simples observação da maneira de agir da seita nos convence.

Cumpre distinguir, a esse propósito, entre colaboração mútua e ocasional convergência de esforços. Há colaboração quando católicos e comunistas, trabalhando para o mesmo objetivo imediato, se auxiliam uns aos outros, ou, pelo menos, calam temporariamente o fundamental e recíproco antagonismo em que se encontram. A colaboração redunda sempre em proveito dos marxistas. Pode acontecer, entretanto, que os católicos iniciem uma determinada campanha, e, fortuita ou ardilosamente, os comunistas também se movimentem no mesmo sentido. Haverá então, como adiante veremos, uma convergência de esforços ocasional, que poderá não trazer vantagem para os comunistas, se os católicos recusarem articular qualquer ação com eles, bem como estabelecer com o comunismo um armistício ainda que temporário.

Os asseclas de Marx jamais trabalham senão para favorecer a sua causa. Se há um movimento totalitário no mundo, no qual não se desperdiça força alguma, no qual tudo, absolutamente tudo, é calculado em função do fim colimado, é o dos comunistas. Assim, onde quer que haja ação destes, há aí um interesse do comunismo, e é infantil pretender desviar-lhes a atividade, uma vez que o comunista, enquanto permanece tal, não abandona seu ponto de mira, e habitualmente não se engana nos seus cálculos. Não por outro motivo condenou Pio XI qualquer colaboração com os marxistas.

9 - ... mesmo quando ela propõe planos conformes à doutrina católica

Ainda mesmo quando eles propõem  -  o que o Papa [Pio XI] prevê  -  "projetos em todos os pontos conformes ao espírito cristão e à doutrina da Igreja", ainda nesses casos (e, atendendo-se ao espírito da "Divini Redemptoris", mais especialmente nesses casos, "NÃO SE PODE PERMITIR EM CAMPO ALGUM A COLABORAÇÃO RECÍPROCA COM O COMUNISMO" (Enc. cit. ibid., p. 96). A proibição de Pio XI é categórica, e não admite exceções: é preciso que não haja colaboração recíproca em nada  -  NULLA IN RE  -  com esta seita execrável.

E a razão é que, quando os comunistas aliciam os católicos, à sua maneira, isto é, com "projetos em todos os pontos conformes ao espírito cristão e à doutrina da Igreja", eles nada mais fazem do que preparar uma armadilha, porquanto, como diz o Papa, procuram "ardilosamente seduzir as multidões, ocultando os próprios intuitos atrás de ideias em si boas e atraentes" (Enc. cit., ibid., p. 95).

De toda essa lição de Pio XI se deduz que os fiéis que se unem aos comunistas na busca de objetivos inteiramente "conformes ao espírito cristão e à doutrina da Igreja", caem numa cilada e colaboram para a implantação do comunismo no mundo."  

CARTA PASTORAL


CARTA PASTORAL
prevenindo os diocesanos contra os ardis da seita comunista.
Escrita em 13 de maio de 1961 pelo então Bispo da Diocese de Campos, D. Antônio de Castro Mayer, de saudosa memória.
1 - A Igreja perseguida em vários países
Na alocução consistorial de 16 de janeiro próximo passado [1961], o Santo Padre gloriosamente reinante, João XXIII, referiu-se com angústia e dor a nações em que os poderes públicos criam obstáculos à ação da Igreja, particularmente no plano educacional, sujeitando muitas escolas católicas, fundadas e mantidas pelas vigílias, suores e angústias dos missionários, a medidas de coerção e compressão (cf. A.A.S., vol. 53, p. 67).
2 - A perseguição comuno-fidelista
As palavras do Augusto Pontífice aplicam-se, sem sombra de dúvida, à nação cubana, convulsionada pela situação nela criada com a revolução de Fidelio Castro, ou Fidel Castro, como é geralmente conhecido.
A - NO PLANO RELIGIOSO
Com aparências de movimento renovador, cuja intenção seria unicamente restaurar a ordem jurídica tradicional, gravemente lesada pelo arbítrio de um governo pessoal despótico, a revolução fidelista  colimava de fato a instauração, na grande Antilha, de um regime comunista, sem respeito às liberdades fundamentais inerentes à pessoa humana, entre as quais tem primazia a de crer e praticar a Religião verdadeira . Pois, de acordo com o testemunho dos Prelados cubanos, essa foi a obra encetada desde seus primórdios pelo governo de Fidel Castro.
Em 4 de dezembro passado [1960], todo o Episcopado de Cuba enviou uma carta ao primeiro ministro denunciando a caráter enti-cristão do novo regime (cf. "Cristandad", de Barcelona, nº 358, p. 297). Agora, alguma dúvida que ainda pudesse subsistir sobre o cunho da revolução fidelista desapareceu de todo. Em 1º de maio deste ano, Fidel Castro proclamou Cuba Estado socialista, confiscou todas as escolas católicas da ilha, prepondo-lhes dirigentes revolucionários, e ultimamente decretou a expulsão dos Padres estrangeiros, prenúncio natural de perseguição mais atroz conta a Igreja, como tem acontecido em outros países.
B - NO PLANO SOCIAL
Paralelamente a esses golpes desferidos diretamente contra a Religião, a revolução cubana atacou a fundo duas instituições básicas da civilização cristã, isto é, a propriedade e a família. A primeira ficou praticamente abolida por sucessivas reformas, fundamentadas no falso princípio de que o Estado pode, a seu talante, dispor dos bens particulares: a reforma agrária, que feriu de morte a propriedade rural, a reforma urbana, que suprimiu a propriedade imobiliária nas cidades, e a reforma industrial, que confiscou as fábricas. A família, de seu lado, foi vulnerada pela lei que tirando aos pais o direito de escolher livremente as escolas para seus filhos, os privou de uma das mais importantes prerrogativas do pátrio poder.
3  -  Oração e reparação pelo povo cubano
No momento, o que de melhor podemos fazer, à vista destes fatos dolorosos, é redobrar nossas orações e boas obras, sacrifícios e penitências, a fim de que Deus Nosso Senhor conceda aos católicos de Cuba a coragem e a fortaleza de que precisam para imitarem os mártires dos primeiros séculos, os quais nutriram com seu sangue a semente cristã, e contribuíram para dar-lhe o vigor de espalhar-se por toda a terra. Orações, boas obras e sacrifícios nessa intenção, e também para que a misericórdia divina se apiede da nação irmã, purgue-a logo de seus pecados, lhe dê em breve a alegria de nova alvorada de liberdade cristã no santo temor de Deus, ali pregado por missionários da envergadura de Santo Antônio Maria Claret.
(...)
4 - Levantar em prol dos cabanos perseguidos a opinião pública
Este fervor haurido na oração deve frutificar em atos. Se cada fiel, nos ambientes que freqüenta, se valer de todas as ocasiões para manifestar sua repulsa à revolução comunista de Fidel Castro, e para acender no próximo uma santa indignação contra ela, se todos em conjunto aproveitarem as oportunidades que se apresentarem para dar solene e público testemunho de sua reprovação à perseguição religiosa naquela ilha, terão feito quanto em si está para combater o comuno-fidelismo, e se portarão como autênticos membros do Corpo Místico de Cristo, sensíveis a todos os golpes que esse Corpo recebe em qualquer parte da terra, como filhos amorosos da Igreja que não suportam seja Ela perseguida em qualquer nação do mundo.
5 - Aproveitar a lição que nos vem de Cuba
Entretanto, não pensemos só em Cuba. Não estamos livres de sofrer também uma revolução marxista. O exemplo das Antilhas constitui ameaça para toda a América Latina, e não vemos reação proporcionada à gravidade do perigo. Muito pelo contrário, assistimos a um recrudescimento de ousadia por parte dos comunistas, e de simpatia, mais ou menos generalizada em vários setores da sociedade, pelo mundo socialista. De onde a urgência em tirarmos proveito da lição que nos vem do Norte, meditando atentamente sobre a doutrina marxista, sua propaganda e seus ardis. Com efeito, a Providência, permitindo a eclosão do comunismo em Cuba, dá às demais nações católicas do continente um sinal, altamente expressivo, da gravidade da situação em que elas mesmas se encontram. Tomar na devida conta esse sinal corresponde, pois, a um dos mais sérios deveres do momento.
6 - ... especialmente a lição sobre os ardis comunistas
Mais especialmente, amados filhos e Cooperadores, pareceu-nos importante chamar vossa atenção para os ardis da propaganda vermelha. Por meio deles, a minoria comunista, seita tenebrosa, fanatizada e disciplinada, mas incapaz, por seu pequeno número, de impor seu jugo a um país tão vasto e católico como o nosso, pretende instaurar entre nós a chamada ditadura do proletariado.

Nota minha: Não esqueçamos que D. Antônio de Castro Mayer escrevia em 1961, antes, portanto do Concílio Vaticano II. Já neste Concílio totalmente atípico, o grande Bispo de Campos, juntamente com D. Geraldo de Proença Sigaud, então Arcebispo de Diamantina, puderam perceber o perigo que significava a Teologia da Libertação já ventilada e planejada para o Brasil principalmente por D. Hélder Câmara ali no Concílio. E logo depois do Concílio Vaticano II, D. Antônio já não considerava pequeno o perigo comunista no Brasil, e via Sua Excia,  (e outros Bispos conservadores e também padres) que o perigo era grande, e tão grande que, embora houvesse necessidade da tomada do Poder pelos militares, o que, graças a Deus, aconteceu já antes do término do Concílio, quiçá, os próprios governos militares, não puderam perceber que os comunistas através de infiltrações na Igreja, continuavam a envenenar os mentes dos brasileiros, até chegar a este ponto crítico atual. E agora, que Deus nos deu esta graça de reverter o rumo de nosso País, mister se faz que os anti-comunistas não durmam, porque,os comunistas, diabólicos que são, continuarão provocando divisões entre os da direita e trabalhando coesa e sub-repticiamente para voltarem ao poder. Exploração como escândalos enormes as mínimas falhas dos da direita, mesmo que comparadas às dos partidos de esquerda, sejam quais grãos de areia diante de montanhas.  

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

ESCOPO PRECÍPUO DA ESCOLA PARA OS COMUNISTAS



Lenine já decretava alto e bom som: "A escola soviética não é neutra, como as hipócritas escolas burguesas; ela é ateia e a ideologia do comunismo ateu não deve ser ministrada aos educandos apenas especulativamente, mas de maneira que possam dirigir por ela todas as próprias atividades". E em 1930 se fundou em Leningrado uma "Universidade anti-religiosa para crianças.
Devemos dizer em poucas palavras: As escolas soviéticas são a concretização da filosofia materialista e inimiga de Deus, e, portanto,  precisamente o contrário da pedagogia cristã. Se, de um lado, o Cristianismo reclama todas as atividades para a construção da Cidade de Deus, o comunismo, por outro lado completamente contrário, exige a concentração de todos os esforços e aptidões para a constituição do reino terrestre e materialista. O Cristianismo tudo reduz, corpo, trabalho, etc., ao espiritual, já o comunismo tudo faz centralizado na matéria.
Os comunistas fazem da escola um viveiro de propaganda anti-religiosa. Vejam: A 04 de agosto de 1937, queixava-se um Decreto do Comissariado da Instrução Pública: "os resultados do ano escolar demonstram que, embora haja algumas exceções, não lograram os mestres vincular o ensino à educação política dos alunos... Durante o ano, pouco se fez para ilustrar os estudantes acerca da nova Constituição Staliniana que dá a maior importância à educação comunista das crianças... Particularmente se notou quase total ausência de educação anti-religiosa. É perigosa entretanto a opinião segundo a qual a educação anti-religiosa constitui uma etapa já passada..."
Disto vemos claramente duas coisas: primeiro, o porquê de tanto ódio que os esquerdistas estão demonstrando contra o projeto da "ESCOLA SEM PARTIDO"; e segundo, nós cristãos devemos lutar com todas as forças e sem esmorecer, pelas escolas sem doutrinação partidária. Estando as coisas como estão, podemos dizer que o ideal será que, tenhamos grandes pedagogos cristãos e que cheguem um dia a ser grande maioria; mas isto demandará muito tempo porque, infelizmente, o Brasil já está totalmente impregnado do veneno comunista. Nem o regime militar impediu tal desgraça.  Mas se os comunistas trabalharam até agora para que as escolas fossem viveiros de ateus, é mister que, sem demora, os anti-comunistas, façam das escolas viveiros de verdadeiros patriotas e para tanto, é preciso que tenham Deus no coração. Do contrário, todos os outros esforços serão fadados ao fracasso.  Os que são contra o projeto de Lei da Escola sem Partido negam que haja doutrinação comunista nas escolas. Então, é preciso que as autoridades competentes vigiem para que isto realmente não aconteça. Os cristãos não devem medir esforços, devem empregar todos os meios, máxime as redes sociais para fazer uma higiene mental como vacina contra a "meningite" comunista; é preciso proteger os cérebros das crianças, adolescentes e jovens trocando as membranas infeccionadas pelos esquerdistas. O governo, agora anti-comunista, graças a Deus, deve facilitar e até incentivar para que haja mais escolas particulares verdadeiramente cristãs. Um ponto importantíssimo (mas que nem Bolsonaro, pelo menos por enquanto não concorda, é, porém doutrina tradicional da Igreja, reafirmada por Paulo VI, na Encíclica "Humanae Vitae"): que as famílias católicas não evitem filhos; e quando for de fato necessário, sejam empregados só meios naturais, como o método de Ogino-Knaus. Precisamos de famílias verdadeiramente católicas numerosas! Devemos desejar ardentemente que os filhos das famílias cristãs a partir de agora aqui no Brasil  cresçam revestidos de Jesus Cristo. Aí está a solução! Não tenhamos medo de dizê-lo; nem muito menos, pusilanimidade em fazê-lo!
 Mas continuemos com a descrição da escola comunista. Mostrando os fins gerais da escola soviética, dizia o comunista Zinoviev: "transformar a escola que é arma de dominação burguesa, em arma de destruição da desigualdade das classes sociais, em arma da construção comunista da sociedade".  E vejam o que disse o próprio Lenine: "A menor atividade da escola, cada passo da educação, no aprendizado, na instrução, devem estar indissoluvelmente ligados à luta dos explorados contra os exploradores".  E Paulo Freire deixou transparecer seu preconceito contra os que ele considerava "opressores": "Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse à classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira crítica". Na verdade, porém, para os comunistas sim,  o papel fundamental da escola  é formar o futuro lutador do comunismo, o construtor do novo regime. Os comunistas lutam para que a  escola faça todo o possível para armar o aluno com a ciência, os processos e os hábitos que lhe facultem cumprir sua missão de revolucionário. Portanto, para os comunistas a escola deve ser a arma ideológica da revolução, da luta de classes.
Não posso deixar de citar a alta ilustração sobre o tema, feita pelo Papa Pio XI na "Divini Redemptoris": "Insistindo sobre o aspecto dialético de seu materialismo, os comunistas pretendem que o conflito que leva o mundo até a síntese final, pode ser acelerado pelos homens. Daí o esforçarem-se por fazer mais agudos os antagonismos que surgem entre as diversas classes sociais; e a luta de classes, com os seus ódios e destruições, adquire o aspecto de uma cruzada pelo progresso da humanidade".
Os romanos diziam: "Maxima debetur puero reverentia": o máximo respeito se deve à criança. Mas os professores comunistas, ali dentro das quatro paredes da sala de uma escola, geralmente longe da vigilância dos pais, procuram fazer uma lavagem cerebral que consiste em tirar Deus e, em seu lugar colocar a pura matéria nas mentes pueris e juvenis. S. Paulo diz que não podemos dar lugar ao demônio. O mesmo devemos dizer dos esquerdistas. Caríssimos, vemos que também no Brasil se realizou esta profecia de Nossa Senhora em Fátima, profecia esta feita no mês de julho de 1917: "Se não atenderam aos meus pedidos a Rússia espalhará seus erros pelo mundo". E qual é o erro da Rússia? É a doutrina comunista. Os esquerdistas se infiltram na Hierarquia da Igreja, na Política, e até nos Exércitos, e vão envenenando e manobrando as mentes, especialmente nas escolas. Fidel Castro implantou a revolução comunista em Cuba com a colaboração de católicos, católicos estes animados por Padres. O mesmo vem acontecendo no Brasil e esperamos que o nosso povo cristão tenha aberto de vez os olhos contra os teólogos da Libertação e as CEBs. E nunca percamos de vista que os comunistas têm uma ousadia e tenacidade verdadeiramente diabólicas. Meditemos este fato contado pelo então Padre Fernando Arêas Rifan no seu livro "QUER AGRADE QUER DESAGRADE": "Certa vez, em Turim, numa reunião de círculos católicos, se discutia por que razão os Partidos comunistas cresciam e progrediam tanto, ao passo que os Partidos católicos se enfraqueciam. Depois de muitas opiniões, um senhor, que tinha sido militante comunista e se convertera ao catolicismo, levantou-se para falar, dizendo que sabia perfeitamente e por experiência a causa daquela diferença: 'É porque nós comunistas falávamos a mentira, mas com toda a desfaçatez e coragem como se estivéssemos falando a verdade; e os católicos falam a verdade, mas com um medo terrível como se estivessem falando a mentira!'
Hoje, graças a Deus, as redes sociais (graças à Internet bem empregada) estão fazendo a diferença! Quantas grandes inteligências, das quais, algumas mesmo exponenciais da Direita, estão mostrando com clareza e destemor, as falácias dos políticos comunistas! Vejo isto com grande alegria na alma, e uma chama viva de esperança  certamente se acende em nossos peitos: o nosso Brasil não será mais maculado pelo vermelho comunista!
Caríssimos, peçamos a Deus a grande graça de termos professores que amem a Deus e assim, só com o seu bom exemplo já serão nas salas de aula, o bom odor de Jesus Cristo! Amém!

sábado, 1 de dezembro de 2018

TRISTE IRONIA



O Filho de Deus desceu dos Céus à terra para nos libertar do pecado e nos dar a Sua graça que nos garante a Salvação eterna. Nosso Senhor Jesus nasceu para morrer por nós. Os "teólogos" comunistas da "Teologia" da Libertação, dizem que Jesus veio para libertar os pobres, os oprimidos pelos poderosos capitalistas.

Por uma triste ironia ou melhor dizendo: por uma rígida lógica comunista, o STF na maioria de seus componentes vota a favor do indulto de Natal de Michel Temer, indulto este em total contraste com a finalidade da vinda de Jesus ao mundo. "Ele (o Verbo) estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu e os seus não o receberam" (S. João I, 10).

Jesus Cristo escolhe na verdade, como primeiros adoradores os pobres, ou seja, os pastores de Belém. Mas chama também os ricos, os reis do Oriente. Já no Antigo Testamento Deus concedeu riquezas a muitos homens santos, inclusive ao próprio Patriarca de Seu Povo, Abraão. Portanto, Deus não exclui os ricos do Reino do Céu. Exclui sim os ladrões não arrependidos, ladrões estes de que classe econômica forem. Jesus fora crucificado entre dois ladrões, mas só perdoou o que se arrependeu.  Mas Che Quevara chamava o mau Ladrão de deus. Jesus veio para salvar o que estava perdido. Por exemplo Zaqueu estava perdido, porque adquiriu riquezas roubando. Mas ele se arrependeu e recebendo Jesus em sua casa, prometeu que repararia toda sua vida de corrupção, retribuindo quatro vezes mais o que tinha defraudado. Aí, e só então, Jesus disse-lhe: "Hoje entrou a salvação em tua casa". Ao entrar na casa de Zaqueu, Jesus não disse: "eis que a salvação entra em tua casa!". Não! Só o disse quando Zaqueu arrependido promete reparar sua vida corrupta.

Pois bem, libertar ladrões, e não qualquer ladrãozinhos, mas corruptos condenados pela bendita Lava Jato e outras operações, por somas mi e até bilionárias é algo que entristece as pessoas de bem. Quero dar um exemplo: Sou aqui do Estado do Rio de Janeiro, e quero dizer que as roubalheiras de Cabral e Cia, causaram inúmeras mortes de inocentes. Não havia dinheiro para infra-estrutura e muitos morreram por epidemias, a polícia não tinha recursos para devidamente enfrentar bandidos armados, às vezes melhor que os policiais; e estes temem mais os capas pretas que os bandidos; muitos acidentes fatais por causa do estado precaríssimo de muitos asfaltos, muitos pessoas, inclusive conhecidos meus, morreram em filas de hospitais, e pior, muitos morreram por falta de hospital, de medicamentos etc. Agora, basta transferir este exemplo para todo o nosso continental país. É uma lástima!

Eis a triste ironia: Jesus passou fazendo o bem, curando os doentes e até restituindo a vida aos mortos. E o STF aprova (com duas honrosas exceções) o indulto de NATAL para corruptos presos. Caríssimos, sabem o que estes homens irresponsáveis fizeram: Foi-lhes perguntado por Pilatos (Michel Temer): A quem quereis que vos solte no aniversário de Jesus:  Jesus que foi preso e condenado por ter feito o bem, ou Barrabás que fora ladrão e assassino? STF! a quem quereis que vos solte: a Jesus que deu a vida aos mortos, ou a Barrabás que deu a morte aos vivos? Todos responderam (com exceção de dois): no Aniversário de Jesus, como presente, que Ele seja condenado nas pessoas de classe média, média alta e alta, mortas por bandidos (indiretamente e só por isso não são considerados crimes hediondos); e também nas pessoas dos pobres que morreram por causa da corrupção e que Barrabás, ladrão e assassino, seja livre da cadeia, nas pessoas dos corruptos! Pode haver decisão mais insensata, fatídica e imoral do que esta?!

Seria de muito melhor alvitre que todos os políticos, desde o Presidente até os vereadores, todos os magistrados do STF fizessem uma redução nos seus salários em 30 %,  pelo menos no mês de dezembro e este montante fosse destinado pelo Presidente a pagar o 13º da bolsa família para que os mais pobres pudessem celebrar com mais alegria o Santo Natal. Pois, Jesus que era rico, se fez pobre para nos enriquecer com as verdadeiras riquezas celestiais.  Magistrados, pelo menos, granjeai riquezas nos tabernáculos eternos ajudando os pobres e não os ricos corruptos; e não queirais ainda mais empurrar os corruptos para o inferno!

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

OS ARDIS DA SEITA COMUNISTA NA EDUCAÇÃO



O que tudo comanda são as ideias. Ao modo de pensar e de crer corresponde o modo de agir. Assim, dentro da mesma lógica, devemos dizer que o problema moral está em dependência rigorosa do problema religioso. Ora, para a seita comunista que é ateia, visceralmente materialista, não há moral e a religião é farsa. Para um ateu é legítimo tudo o que venha contribuir para seus ideais materialistas. Se não há Deus, não há mandamentos, leis de Deus. Portanto, roubar, matar, mentir são coisas legítimas.

Daí, antes de implantar o regime, isto é, a ditadura comunista num país, é mister, segundo eles, primeiro fazer uma lavagem cerebral nas crianças, adolescentes, jovens nas escolas, na faculdades e nas universidades.  Aniquilar neles todo sentimento religioso, pervertendo até as noções e instituições mais naturais. Se a Religião, para os comunistas, é o ópio do povo, na verdade, eles fazem do materialismo, da corrupção, o ópio das massas, com o lema enganoso da preferência pelos pobres. 

E como fazem isto?  Devemos reconhecer que o desregramento moral que hoje assola o mundo, é fruto e fase final do trabalho de séculos: a revolução do homem contra Deus, do homem que se quis se colocar no lugar de Deus. Isto teve início com o humanismo. Seu fim foi  banir por completo e por fim destruir absolutamente o sobrenatural, o divino. Ora, o homem afastado de Deus e negando a Deus, sente-se livre de todo jugo e fora do domínio de toda a lei. O "eu" passou ocupar o lugar de Deus. O homem, doutrinado no puro materialismo, inchado de soberba e alucinado por si mesmo, divinizou a própria raça humana. Entrincheirou-se nas espaldas do mais surdo egoísmo.

E como disse Anile: "Quando a caridade começa a faltar, começam as grandes revoluções a preparar-se". Assim, reduzida a existência humana aos limites restritos do tempo, eliminada a visão do transcendente, afirmou-se, por rígida lógica, o princípio HEDONISTA da vida. Na verdade, para que estabelecer um limite ao gozo, para que opor um freio aos instintos do coração e da carne, para que aceitar a dor, para que fazer renúncias e sacrifícios como ensinou Cristo? Donde, as mentes foram sofrendo uma mutação ideológica inadvertida: a moral humana passou a parecer anti-humana e ilógica. Só o paganismo imoralíssimo na sua essência, pareceu aceitável. E hoje vemos este triste quadro: aqueles que continuam a viver e a regular-se pelos velhos (e sempre novos) princípios são acoimados de homens fora do seu tempo. Verdadeiramente, quando o homem se afasta de Deus, desonra-se e perece miseravelmente.

 É o que vemos em todas os países em que os comunistas implantaram sua ditadura.

Depois do humanismo, o comunismo encontrou o terreno fértil para banir Deus das mentes, e afirmar que Deus simplesmente não existe. Só existe a evolução da matéria. E assim, após a primeira guerra mundial, o que vemos? Vamos descrevê-lo em poucas palavras.

A maioria dos homens não leva mais em conta as leis morais e assim cooperam para a descristianização da sociedade. Quem não vê que os maus costumes, quer em público quer na vida particular, ultrapassam todas as medidas? A família cristã está sendo destruída. O lar doméstico converteu-se num foco de infecção que corrói, como gangrena oculta, todo o organismo da sociedade.  Mas é nas escolas e universidades que é inoculado o veneno do comunismo ateu. As quatro paredes da casa impedem por vezes que se veja por fora o véu de ignomínia que a cobre. Nas escolas, mais ainda. Ali reina a escravidão mais desumana que é a doutrinação comunista. Poucas são as exceções. Esta podridão tanto familiar como escolar é mortal, porque, mais cedo ou mais tarde, supura para fora e concorre inevitavelmente para contaminar a vida pública. E os sinais dessa contaminação já estão à vista de todos os que querem ver. Infelizmente, digo com lágrimas, os comunistas conseguiram o que eles acham ser a facada mortal na Igreja: um papa que os favoreça.  Mas Jesus (que livrou Jair Messias Bolsonaro da morte), dela não livrará a Sua Esposa Mística, a Santa Madre Igreja?!!! Claro que sim! "As portas do inferno nunca prevalecerão contra ela" (S. Mateus XVI, 18).

Caríssimos, hoje já não há nada que se oponha à satisfação das próprias ambições e dos apetites carnais mais abjetos. Procura-se o prazer, sem quaisquer preocupações de evitar ao menos o escândalo, porque este, terrível e assustadoramente está escancarado no seio da hierarquia da própria Igreja: corrupção no que tange à dinheiro; corrupção atinente aos costumes.

Chegou-se ao auge da abominação e da iniquidade, quando vemos países fazendo leis contra as leis de Deus. A grande mídia, isto é, TV, Jornais, Revistas etc. ( com poucas exceções), são os veículos do comunismo e assim da perversidade. A consciência pública  já não se escandaliza. E é assim que os comunistas acham o caminho aberto para todos os enganos, para todas as fraudes, para todas as trapaças, para todas as mentiras que compõem a intriga da convivência social dos nossos dias. Daí estamos vendo através da abençoada LAVA JATO e em breve, com certeza, vê-lo-emos na abertura da caixa preta do BNDES, o furto organizado com a astúcia mais requintada, com aquele propósito perverso de explorar a ignorância de milhões de  brasileiros que pelo voto colocaram políticos esquerdistas no poder.  

Caríssimos, o único caminho de salvação, no meio de tanta confusão, entre tantas dores e tanta decadência moral, é o regresso ao Evangelho. Isto significa: aproximação de Nosso Senhor Jesus Cristo e, portanto, regresso aos conceitos cristãos da vida.

Escrevi pensando mais no Brasil, mas, na verdade, é todo o mundo que é preciso refazer desde os alicerces; mister se faz percorrer o caminho inverso, é preciso CONVERSÃO, é preciso transformar o homem de selvagem que se tornou, em humano; mais, de humano em divino, segundo o Coração de Deus. Amém!

PS: Se Deus assim o permitir, escreverei ainda muitos artigos contra o comunismo e o socialismo. Para tanto peço as luzes do Divino Espírito Santo; imploro também as orações de meus caríssimos leitores.

ESCOLA SOVIÉTICA COMUNISTA



Lenine já decretava alto e bom som: "A escola soviética não é neutra, como as hipócritas escolas burguesas; ela é atéia e a ideologia do comunismo ateu não deve ser ministrada aos educandos apenas especulativamente, mas de maneira que possam dirigir por ela todas as próprias atividades". E em 1930 se fundou em Leningrado uma "Universidade anti-religiosa para crianças.

Devemos dizer em poucas palavras: As escolas soviéticas eram a concretização da filosofia materialista e inimiga de Deus, e, portanto, são precisamente o contrário da pedagogia cristã. Se, de um lado, o Cristianismo reclama todas as atividades para a construção da Cidade de Deus, o comunismo, por outro lado completamente contrário, exige a concentração de todos os esforços e aptidões para a constituição do reino terrestre e materialista. O Cristianismo tudo reduz, corpo, trabalho, etc., ao espiritual, já o comunismo tudo faz centralizado na matéria.

Os comunistas fazem da escola um viveiro de propaganda anti-religiosa. Vejam: A 04 de agosto de 1937, queixava-se um Decreto do Comissariado da Instrução Pública: "os resultados do ano escolar demonstram que, embora haja algumas exceções, não lograram os mestres vincular o ensino à educação política dos alunos... Durante o ano, pouco se fez para ilustrar os estudantes acerca da nova Constituição Staliniana que dá a maior importância à educação comunista das crianças... Particularmente se notou quase total ausência de educação anti-religiosa. É perigosa entretanto a opinião segundo a qual a educação anti-religiosa constitui uma etapa já passada..." Disto vemos claramente duas coisas: primeiro, o porquê de tanto ódio que os esquerdistas estão demonstrando contra o projeto da "ESCOLA SEM PARTIDO"; e segundo, nós cristãos devemos lutar com todas as forças e sem esmorecer, pelas escolas sem doutrinação partidária. É na verdade, um mero paliativo, porque o ideal será que, tenhamos grandes pedagogos cristãos e que cheguem um dia a ser grande maioria; mas isto demandará muito tempo porque, infelizmente, o Brasil já está totalmente impregnado do veneno comunista. Nem o regime militar impediu tal desgraça.  Mas se os comunistas querem que as escolas sejam viveiros de ateus, mister se faz que os anti-comunistas, façam das escolas viveiros de verdadeiros patriotas e para tanto, é preciso que tenham Deus no coração. Do contrário, todos os outros esforços serão fadados ao fracasso.  Os que são contra o projeto da Lei da Escola sem Partido, afirmam que não há doutrinação comunista nas escolas. Então, é mister que as autoridades competentes vigiem para que isto realmente não aconteça.

Os romanos diziam: "Maxima debetur puero reverentia": o máximo respeito se deve à criança. Mas os professores comunistas, ali dentro das quatro paredes da sala de uma escola, geralmente longe da vigilância dos pais, procuram fazer uma lavagem cerebral que consiste em tirar Deus e, em seu lugar colocar a pura matéria nas mentes pueris e juvenis. S. Paulo diz que não podemos dar lugar ao demônio. O mesmo devemos dizer dos esquerdistas. Caríssimos, vemos que também no Brasil se realizava esta profecia de Nossa Senhora em Fátima no mês de julho de 1917: "Se não atenderam aos meus pedidos a Rússia espalhará seus erros pelo mundo". E qual é o erro da Rússia? É a doutrina comunista. Os esquerdistas se infiltram na Hierarquia da Igreja, na Política, e até nos Exércitos, e vão manobrando a massa popular especialmente nas escolas. Fidel Castro implantou a revolução comunista em Cuba com a colaboração de católicos, católicos estes animados por Padres. O mesmo vem acontecendo ou vinha acontecendo no Brasil e esperamos que o nosso povo cristão tenha aberto de vez os olhos. E nunca percamos de vista que os comunistas têm uma ousadia e tenacidade verdadeiramente diabólicas. Meditemos este fato contado pelo então Padre Fernando Arêas Rifan no seu livro "QUER AGRADE QUER DESAGRADE":
"Certa vez, em Turim, numa reunião de círculos católicos, se discutia por que razão os Partidos comunistas cresciam e progrediam tanto, ao passo que os Partidos católicos se enfraqueciam. Depois de muitas opiniões, um senhor, que tinha sido militante comunista e se convertera ao catolicismo, levantou-se para falar, dizendo que sabia perfeitamente e por experiência a causa daquela diferença: 'É porque nós comunistas falávamos a mentira, mas com toda a desfaçatez e coragem como se estivéssemos falando a verdade; e os católicos falam a verdade, mas com um medo terrível como se estivessem falando a mentira!'

Hoje, graças a Deus, as redes sociais (graças à Internet bem empregada) estão fazendo a diferença! Quantas grandes inteligências, das quais, algumas mesmo exponenciais da Direita, estão mostrando com clareza e destemor, as falácias dos políticos comunistas! Vejo isto com grande alegria na alma, e uma chama viva de esperança se acende em nossos peitos: o nosso Brasil não será mais maculado pelo vermelho comunista!

Mas continuemos com a descrição da escola comunista. Mostrando os fins gerais da escola soviética, dizia o comunista Zinoviev: "transformar a escola que é arma de dominação burguesa, em arma de destruição das classes sociais, em arma da construção comunista da sociedade".  E vejam o que disse o próprio Lenine: "A menor atividade da escola, cada passo da educação, no aprendizado, na instrução, devem estar indissoluvelmente ligados à luta dos explorados contra os exploradores".  E Paulo Freire deixou transparecer seu preconceito contra os que ele considerava "classes dominantes": "Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse à classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira crítica". Na verdade, porém, para os comunistas sim,  o papel fundamental da escola  é formar o futuro lutador do comunismo, o construtor do novo regime. A escola fará todo o possível para armar o aluno com a ciência, os processos e os hábitos que lhe facultem cumprir sua missão de revolucionário. Portanto, para os comunistas a escola deve ser a arma ideológica da revolução, da luta de classes.

Terminemos com a alta ilustração sobre o tema, feita pelo Papa Pio XI na "Divini Redemptoris": "Insistindo sobre o aspecto dialético de seu materialismo, os comunistas pretendem que o conflito que leva o mundo até a síntese final, pode ser acelerado pelos homens. Daí o esforçarem-se por fazer mais agudos os antagonismos que surgem entre as diversas classes sociais; e a luta de classes, com os seus ódios e destruições, adquire o aspecto de uma cruzada pelo progresso da humanidade".

Caríssimos, peçamos a Deus a grande graça de termos professores que amem a Deus e assim, só com o seu bom exemplo já serão nas salas de aula, o bom odor de Jesus Cristo! Amém!

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

DIA NACIONAL DE AÇÃO DE GRAÇAS

OBRIGADO, MEU DEUS!

                                                                                                                                                      Dom Fernando Arêas Rifan*

            Amanhã celebra-se o Dia Mundial e Nacional de Ação de Graças. Essa comemoração teve origem nos Estados Unidos, no século 17, em agradecimento a Deus pela farta colheita depois de um inverno rigoroso, e se tornou feriado em 1863, por decreto do presidente Abraham Lincoln. No Brasil, o Dia Nacional de Ação de Graças foi instituído em 1949 pelo presidente da república General Enrico Gaspar Dutra, por sugestão de Joaquim Nabuco, entusiasmado com as comemorações que vira na Catedral de São Patrício, quando embaixador em Washington. De fato, nos Estados Unidos, é um dos feriados mais importantes, juntamente com o Natal, comemorado sobretudo em família. Este é um dia de agradecimento, a Deus e ao próximo, por tudo de bom que recebemos ao longo do ano. 
            A gratidão é uma virtude a se cultivar, para com Deus e para com o nosso próximo.  “São Paulo inculcava nas suas cartas este contínuo espírito de gratidão: ‘Em todas as circunstâncias dai graças, porque esta é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo’ (1 Tess. 6, 18); ‘Enchei-vos do Espírito... dando sempre graças por tudo a Deus Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo’ (cf. Ef. 5, 18-20). É uma atitude ‘eucarística’, que vos dá paz e serenidade nas fadigas, vos liberta de todo o apego egoísta e individualista, vos torna dóceis à vontade do Altíssimo, também nas exigências morais mais difíceis, vos abre para a solidariedade e para a caridade universal, vos faz compreender como é absolutamente necessária a oração, e sobretudo a vida eucarística mediante a Santa Missa, o ato de Ação de graças por excelência, para viver e testemunhar coerentemente a própria fé cristã. Agradecer significa acreditar, amar, dar! E com alegria e generosidade!” (São João Paulo II, homilia no dia de ação de graças 9/11/1980).  
           E agradecemos a Deus as alegrias e até os sofrimentos, pois são para o nosso bem e deles podemos tirar bons frutos. Celebramos há pouco a memória de Santa Isabel, rainha da Hungria. Quando no castelo, aproveitou da sua influência para fazer o bem. Sempre agradecia a Deus. Poder-se-ia dizer que isso é fácil pela vida rica que tinha! Mas a desgraça lhe bateu à porta: após a morte do marido, foi expulsa da corte pelos usurpadores do reino, insultada por todos, até pelos mendigos e enfermos que ela tinha socorrido, e teve que se refugiar, com os filhos pequenos, num curral de porcos. Dali, de madrugada, ouviu o sino de um convento, que ela tinha ajudado a construir, e lá foi pedir que rezassem em ação de graças, pela tribulação que ela estava passando!
        Em português, como forma de agradecer, temos a belíssima palavra “obrigado”. Significa o mais profundo grau da gratidão, não só um reconhecimento intelectual do favor recebido (thank you), nem apenas uma simples retribuição com outra mercê (merci, gracias), mas uma vinculação, um comprometimento a continuar a servir, a retribuir favores, a quem nos prestou algum benefício. É nesse sentido que dizemos a Deus e aos irmãos: “muito obrigado!”  


*Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney http://domfernandorifan.blogspot.com.br/

sábado, 17 de novembro de 2018

SOBRE QUESTÕES POLÍTICAS, ECONÔMICAS, SOCIAIS (3)



INTRODUÇÃO: Caríssimos, transmitirei, se Deus quiser, em algumas postagens,  as 11 proposições (de 70-80) falsas ou ao menos perigosas acompanhadas de imediato das proposições certas respectivas e das explanações. São excertos da Carta Pastoral Sobre Problemas do Apostolado Moderno, que contém um catecismo de verdades oportunas que se opõem a erros contemporâneos. As 11 proposições fazem parte do VIII capítulo deste catecismo. Esta carta pastoral foi escrita em 06/01/ 1953 por D. Antônio de Castro Mayer, então bispo da Diocese de Campos, RJ, hoje de saudosa e santa memória. "Defunctus adhuc loquitur". Embora escritas na metade do século passado, são inteiramente oportunas essas considerações, porque o comunismo e o socialismo, embora por vezes se procurem  mascarar, porém, são sempre os mesmos, pois intrinsecamente maus; enquanto, por outro lado, a doutrina autêntica da Santa Madre Igreja é perene e viva, porque é a VERDADE, isto é, a PALAVRA DE JESUS CRISTO que permanece para sempre.
Demos, pois, a palavra a D. Antônio de Castro Mayer:

77
[Proposição falsa]: A questão social é uma questão de mera justiça no campo econômico. Para resolvê-la não se deve apelar para a caridade.

[Proposição certa]: A questão social é antes de tudo uma questão moral e religiosa (Leão XIII, Enc. "Graves de Communi"). Envolve questões de justiça e caridade, e nunca será resolvida pela prática dos meros deveres de justiça.

EXPLANAÇÃO
A sentença impugnada seria coerente com o materialismo histórico, pois não toma em qualquer consideração, na questão social, a existência da alma humana, mas somente o corpo e suas necessidades. De fato, a Igreja ensina que a questão social é preponderantemente moral, e como todas as questões morais são religiosas, é essencialmente religiosa. Leão XIII, na "Rerum Novarum", ensina que a questão social só tem solução possível admitindo-se dois princípios: 1 - A desigualdade social; 2 - A necessidade da união das classes sociais. Desenvolvendo este segundo princípio, dá os meios a serem aplicados para se conseguir esta união, e são: a)  -  Justiça, b)  - A amizade que leva os ricos a atender não somente aos deveres de estrita justiça, mas também a serem generosos com o supérfluo. Acrescenta que este dever da esmola é obrigação moral verdadeira, e a Providência assim dispôs para fomentar a união entre as classes. Foi esse o desígnio da Providência quando a uns deu mais do que a outros, quer em talentos, quer em riquezas: para que uns servissem aos outros, distribuindo do seu supérfluo, e assim todos vivessem unidos e amigos. c)  - Em terceiro lugar o sentimento de caridade cristã penetrando também nas outras relações entre as classes, impregna a vida social daquela ordenada suavidade que é a perfeição do convívio humano.  - Está longe, pois, Leão XIII de restringir a questão social aos estreitos e mesquinhos limites da "do ut facias". Ele encara a questão de modo humano, considerando que Deus Nosso Senhor fez todas as criaturas para um mesmo fim último, a ser conseguido mediante o multiforme auxílio que se prestam uns aos outros aqui na terra.
Na "Graves de Communi", escrita dez anos mais tarde, em 1901, Leão XIII declara categoricamente que a questão social não se resolve só com aumento de salário e diminuição de horas de trabalho, e medidas dessa natureza. A paz social é fruto da virtude, que só a Religião pode incutir solidamente.
A mesma doutrina é ensinada por Pio XI na "Quadragesimo Anno", que aponta a causa dos males sociais no desenvolvimento da economia realizado à margem dos princípios morais ou mesmo contra eles.
78
[Proposição falsa]: A Igreja errou quando no passado aprovou os regimes monárquico e aristocrático que favorecem as desigualdades e o orgulho de classe e são portanto incompatíveis com o espírito evangélico.

[Proposição certa]: Em si, a Igreja considera igualmente compatíveis com seus princípios, e, pois, com o espírito evangélico, os três regimes, monárquico, aristocrático e democrático. São Tomás de Aquino ensina que, em princípio, o melhor regime é o monárquico, mas que, dadas as contingências humanas, o melhor sistema de governo deve conter elementos de cada um desses três regimes (Suma Teológica, 1ª 2ª. q. CV, a. 1, c. et ad 1).

EXPLANAÇÃO
A sentença impugnada foi condenada pelo Beato Papa [São] Pio X, na Carta Apostólica "Notre Charge Apostolique" contra "Le Sillon", organismo de propaganda modernista chefiado por Marc Sangnier. Nesse documento declara o Santo Padre que a civilização cristã, segundo Leão XIII, é possível em qualquer das três formas de governo.
Ademais, a sentença impugnada procede do pressuposto falso de que a igualdade plena entre os homens foi ensinada por Jesus Cristo. Todos os documentos pontifícios a respeito de questões sociais estabelecem como base intencionada pela Providência, a desigualdade de classes. Assim, por exemplo, a "Rerum Novarum", a "Quadragesimo Anno", a alocução do Santo Padre por ocasião do Natal de 1944, etc.

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

SOBRE QUESTÕES POLÍTICAS, ECONÔMICAS, SOCIAIS (2)



INTRODUÇÃO: Caríssimos, transmitirei, se Deus quiser, em algumas postagens,  as 11 proposições (de 70-80) falsas ou ao menos perigosas acompanhadas de imediato das proposições certas respectivas e das explanações. São excertos da Carta Pastoral Sobre Problemas do Apostolado Moderno, que contém um catecismo de verdades oportunas que se opõem a erros contemporâneos. As 11 proposições fazem parte do VIII capítulo deste catecismo. Esta carta pastoral foi escrita em 06/01/ 1953 por D. Antônio de Castro Mayer, então bispo da Diocese de Campos, RJ, hoje de saudosa e santa memória. "Defunctus adhuc loquitur". Embora escritas na metade do século passado, são inteiramente oportunas essas considerações, porque o comunismo e o socialismo, embora por vezes se procurem  mascarar, porém, são sempre os mesmos, pois intrinsecamente maus; enquanto, por outro lado, a doutrina autêntica da Santa Madre Igreja é perene e viva, porque é a VERDADE, isto é, a PALAVRA DE JESUS CRISTO que permanece para sempre.

A proposição falsa ou ao menos errônea será escrita em itálico;  a proposição certa, em negrito.



Demos, pois, a palavra a D. Antônio de Castro Mayer:


74
  • ·         [Errado]: O único título de propriedade no sentido estrito é o trabalho, de maneira que o homem só é proprietário do que pessoalmente produz. As riquezas naturais que possui não lhe pertencem de modo absoluto; delas é apenas o administrador, e as possui na medida em que as administra.


  •     [Certo]: Ensina Leão XIII que o título originário da propriedade não é o trabalho, mas a ocupação (=tomar posse de bens de raiz legitimamente adquiridos). De maneira que o homem é proprietário não só do fruto de seu trabalho, mas também das riquezas naturais, isto é, não só do fruto da terra, como também da própria terra. Esta última poderá ele explorá-la por si ou por outros.

EXPLANAÇÃO
A sentença impugnada confunde-se com o chamado "socialismo agrário", que nega a propriedade sobre a terra, condenado pelos sociólogos católicos, estribados na argumentação com que Leão XIII, na "Rerum Novarum", justifica a propriedade privada. E de fato, nessa Encíclica, mostra o Papa que o homem tem direito também aos bens de raiz, legitimamente adquiridos. Veja-se a doutrina da "Quadragesimo Anno", que reproduzimos em explanação à proposição 71. Na mesma Encíclica, Pio XI diretamente rejeita a opinião daqueles que vêem no trabalho o único título de propriedade.

75
  • ·         [Errado]: De si a terra é insuscetível de apropriação individual, pois pertence à coletividade. Assim, as pessoas que vivem da terra devem pagar à coletividade as vantagens que tiram da utilização exclusiva dela. Este pagamento, o Estado pode percebê-lo por meio de um sistema tributário que faça recair sobre a terra todos os impostos. E como a terra é a fonte natural de todos os bens, tal tributação deve bastar para atender a todas as necessidades do Estado.


  •    [Certo]: A terra, como quaisquer outros bens móveis ou imóveis, é susceptível de apropriação individual. Assim, o proprietário da terra não deve ao Estado qualquer pagamento pela utilização exclusiva dela. Os impostos devem recair sobre os proprietários tanto quanto sobre quaisquer outras pessoas, de acordo com a justiça distributiva. A terra não é a única fonte dos bens econômicos. Uma tributação que recaísse exclusivamente sobre a terra subverteria a economia privada e seria insuficiente para atender aos gastos normais do Estado.

EXPLANAÇÃO
A sentença impugnada é uma das teses clássicas da socialismo agrário de Henri George. A Igreja está longe de se associar a esta fobia da propriedade fundiária. Nesta propriedade vê, muito pelo contrário, um apoio precioso para a estabilidade das famílias, das classes sociais, das associações pias e de caridade, como também dos institutos eclesiásticos.

76
  • ·         [Errado]: Os grandes latifúndios são intrinsecamente maus, porque contrários à doutrina cristã que só justifica a pequena propriedade, mais conforme com a igualdade que deve reinar entre os homens.


  •        [Certo]: É desejável que a propriedade se difunda o mais possível entre os homens, como apanágio natural da personalidade. A prosperidade social, não obstante, comporta e por vezes exige que ao lado da pequena propriedade existam as médias e as grandes. A igualdade entre os homens deve entender-se não no sentido nivelador, mas no sentido proporcional: os direitos e as responsabilidades são correspondentes à situação que a pessoa tem na sociedade.


EXPLANAÇÃO
Como a propriedade tem também uma função social, há limites necessários para a grande propriedade: quando ela favorece a improdutividade das riquezas em detrimento do bem comum; quando ela concentra tanto as riquezas nas mãos de poucos, que reduza os outros à miséria, indigência, ou servidão, ou impossibilite notável parte dos homens de se tornarem proprietários (cf. explanação à proposição 71).
Sobre a legitimidade dos grandes latifúndios, pronunciou-s o Santo Padre (Pio XII) na alocução de 2 de julho de 1951, feita aos participantes do Congresso reunido em Roma para o melhoramento da condição de vida do operário agrícola (A.A.S. 43, p. 554). Disse o Papa, depois de falar sobre a conveniência da pequena propriedade rural: "Disso não resulta que se negue a utilidade, muitas vezes a necessidade, de empresas agrárias mais vastas".

domingo, 11 de novembro de 2018

SOBRE QUESTÕES POLÍTICAS, ECONÔMICAS, SOCIAIS

INTRODUÇÃO: Caríssimos, transmitirei, se Deus quiser, em algumas postagens,  as 11 proposições (de 70-80) falsas ou ao menos perigosas acompanhadas de imediato das proposições certas respectivas e das explanações. São excertos da Carta Pastoral Sobre Problemas do Apostolado Moderno, que contém um catecismo de verdades oportunas que se opõem a erros contemporâneos. As 11 proposições fazem parte do VIII capítulo deste catecismo. Esta carta pastoral foi escrita em 06/01/ 1953 por D. Antônio de Castro Mayer, então bispo da Diocese de Campos, RJ, hoje de saudosa e santa memória. "Defunctus adhuc loquitur". Embora escritas na metade do século passado, são inteiramente oportunas essas considerações, porque o comunismo e o socialismo, embora por vezes se procurem  mascarar, porém, são sempre os mesmos, pois intrinsecamente maus; enquanto, por outro lado, a doutrina autêntica da Santa Madre Igreja é perene e viva, porque é a VERDADE, isto é, a PALAVRA DE JESUS CRISTO que permanece para sempre. 


Demos, pois, a palavra a D. Antônio de Castro Mayer:


70
[Proposição falsa]:      Jesus Cristo pregou a pobreza e a humildade, a preferência pelos fracos e pequenos. Uma sociedade imbuída deste espírito deve eliminar as desigualdades de fortuna e de condição social. As reformas políticas e sociais decorrentes da Revolução Francesa foram conscientemente ou não, de inspiração evangélica, concorrendo para realizar uma sociedade verdadeiramente cristã.


[Proposição certa]: Jesus Cristo pregou o espírito de pobreza e humildade, a preferência pelos fracos e pequenos. Por pobreza, a Igreja entende o desapego dos bens da terra, ou seja, um tal emprego dos mesmos, que sirvam para a salvação da alma e não para sua perdição. Assim, nunca ensinou que ser rico é intrinsecamente mau; mas que tão somente é mau fazer uso desordenado da riqueza. Por humildade a Igreja entende o fato de o fiel reconhecer que nada tem de si e tudo recebeu de Deus, e de se situar no lugar que lhe compete. A existência das classes sociais é, pois, condição para a prática da virtude e da humildade. Quanto à preferência pelos fracos e pelos pequenos, seria impossível numa sociedade em que todos fossem iguais. A Revolução Francesa, na medida em que tendeu para a completa igualdade política, social e econômica, na sociedade ideal sonhada pelos seus fautores, foi um movimento satânico, inspirado pelo orgulho.

EXPLANAÇÃO
Por certo, as desigualdades quer no domínio político, quer no social ou econômico têm por vezes sido iníquas, e isto por dois motivos principais: ou porque essas desigualdades eram ilegítimas, e mero fruto da opressão; ou porque se acentuavam tanto que negavam a dignidade natural do homem, ou os meios para viver sadia e honestamente. Um exemplo frisante de desigualdade exagerada é a sorte duríssima e imerecida a que, no século XIX, foram lançados os operários em consequência da revolução industrial (Pio XI, "Quadragesimo anno", A.A.S. 23, p. 195, 197/8). Ao contrário do que se tem dito, a Igreja tem cumprido seu dever de lutar contra essa situação. Mas, em tal luta, seu objetivo é uma sociedade hierárquica dentro dos limites da ordem natural. Nunca a abolição de todas as desigualdades legítimas, sonhada pelos revolucionários e na qual se empenham a ação da Maçonaria e outros fatores (cf. Pio XII, Alocução do Natal de 1944, A.A.S. 37, p. 14).


71
·  [Proposição falsa]:       A Igreja deve fazer causa comum com o operariado na luta contra o regime capitalista.

[Proposição certa]:   
A Igreja intervém nas questões sociais para proteger a lei natural. Seu objetivo não é favorecer uma classe contra outra, mas fazer reinar nas relações entre as classes a doutrina de Jesus Cristo. Apóia as justas aspirações dos operários como os direitos autênticos dos patrões. O regime capitalista, enquanto toma como base a propriedade privada, em si é legítimo. A Igreja combate seus abusos, mas não apóia sua destruição.


EXPLANAÇÃO
Generaliza-se entre católicos a ideia de que a Igreja é como que um partido trabalhista, cuja finalidade fosse a defesa de uma só classe. Pelo contrário, ela paira acima das classes como acima dos partidos. Ainda quando defende as justas reivindicações dos operários, jamais desconhece a Igreja os direitos dos patrões. E no momento atual, em sua alocução ao Katholikentag de Viena (14 de setembro de 1952, cf. "Catolicismo" nº 24, dezembro de 1952). deixou o Santo Padre bem claro que a questão operária, candente ainda na primeira metade deste século [XX], já está superada por outra mais grave, que é a luta de classes, insuflada pelo socialismo. É preciso, agora mais do que nunca, mostrar a Igreja como protetora da todos, operários e patrões, e não como advogada sistemática de uns contra outros.

Quanto ao capitalismo, cumpre dissipar a confusão que se estabeleceu a seu respeito na linguagem corrente. O regime capitalista em si mesmo, isto é, enquanto sistema baseado na propriedade privada e na livre iniciativa, e comportando lucros na medida em que os permita a moral, é legítimo e não pode ser confundido com os abusos a que concretamente foi sujeito em não poucos lugares.

Cumpre pois distinguir a legítima defesa de organizações operárias sadias contra os abusos do capitalismo, da luta das organizações revolucionárias que proclamariam a ilegitimidade do regime capitalista em si mesmo.  Quem se associe à ação destas últimas colabora com o comunismo e incorre na censura contida na Carta da Sagrada Congregação dos Seminários ao Episcopado Brasileiro: "Para alguns, nem são suficientes, no campo social, as diretivas tão humanas, tão sabiamente favoráveis às classes trabalhadoras que a Santa Sé, principalmente desde Leão XIII até Pio XII, tem promulgado, mas procurar-se-á avançar sempre mais para a esquerda, até nutrir uma verdadeira simpatia para com o comunismo bolchevista, destruidor da Religião e de todo o verdadeiro bem da pessoa humana" (A.A.S. 42, p. 841).  

NOVENA PELAS ALMAS DO PURGATÓRIO - OITAVO DIA


  
ATOS PREPARATÓRIOS

ORAÇÃO:  -  Santa Margarida Maria, a quem Nosso Senhor escolheu para estabelecer e propagar por toda parte, como uma fonte inesgotável de graças, a devoção a seu divino Coração; vós que tendes ouvido as almas do Purgatório pedir-vos este remédio novo, tão salutar em seus sofrimentos, e que tendes libertado por este meio uma multidão dessas pobres prisioneiras, obtende-nos a graça de executar santamente essa piedosa prática dum passeiozinho pelo Purgatório, em companhia do Sagrado Coração de Jesus e da novena pelas almas.

União de intenções com os fiéis que realizam diariamente, esta santo exercício, na Igreja titular da Obra, situada em Lungotévere Prati. Roma.

Consagração do dia:  -  Ó divino Coração de Jesus, ao fazer em vossa companhia este passeiozinho  pelo Purgatório, nós vos consagramos tudo o que fizemos e esperamos fazer de bem, com o socorro de vossa graça, durante este dia, e vos pedimos apliqueis os vossos méritos em favor dessas almas sofredoras. E vós, santas almas do Purgatório, empregai ao mesmo tempo todo o vosso poder no sentido de nos obterdes a graça de viver e de morrer no amor e na fidelidade ao Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo, correspondendo, sem resistência, a seus desejos sobre nós. Amém.

Oferecimento:  -  Pai Eterno, nós vos oferecemos o sangue, a paixão e a morte de Jesus Cristo, as dores da Santíssima Virgem e as de São José, pela remissão de nossos pecados, pela libertação das almas do Purgatório e pela conversão dos pecadores.

Invocação:  -  Amado seja por toda parte o Sagrado Coração de Jesus!
Ó Maria, Mãe de Deus e Mãe de misericórdia, rogai por nós e pelos mortos!
São José, modelo e padroeiro dos amigos do Sagrado Coração de Jesus, rogai por nós!

Prelúdio:  -  Desçamos um instante pelo pensamento, com o amor do Coração de Jesus e a abundância de suas graças, à chamas devoradoras do Purgatório!
1. -  Quantas vêm nesse momento iniciar aí o seu doloroso cativeiro!
Como elas são felizes! Livraram-se do inferno para sempre... estão certas de que chegarão à suprema felicidade... são as amigas de Deus... estão salvas!
Como elas estão tristes! Acham-se cobertas de mil imperfeições... de muitas penas temporais devidas ainda aos restos dos pecados perdoados... exiladas por um certo tempo de sua celeste pátria... condenadas ao fogo expiatório!
2.  -  Que santa legião quase inteiramente purificada se apresta hoje mesmo para voar ao céu! Felicitemo-las, demos a elas o derradeiro sufrágio que apressará em alguns instantes a sua festiva partida, digamos a elas que se lembrem de nós no reino eterno.
3.  -  Que multidão se encontra aí encerrada já há tanto tempo, e que aí permanecerá ainda por longo prazo!
Há aí almas de seculares, de religiosos, de sacerdotes, almas que nos são caras.
Contemplemo-las, ouçamos seus gemidos, dirijamos a elas uma palavra de amizade e de compaixão, prestemos-lhes assistência!

OITAVO DIA  - DOMINGO

COLÓQUIO:  -  De que te arrependes, santa alma do Purgatório, de ter feito na terra que deixaste?

Arrependo-me dos pecados de omissão, especialmente de não ter assistido bem à santa Missa.
Não apreciava bem o valor da santa Missa, renovação do santo sacrifício de Jesus no calvário.
Como é importante assistir bem e frequentemente à santa Missa. Morreu Jesus para salvar as almas, e cotidianamente renova esta morte de modo incruento no santo Sacrifício da Missa. E eu não a estivava bastante. Não ia buscar aos pés do altar remissão dos meus pecados pelo preciosíssimo Sangue de Jesus. Não ia buscar as forças necessárias para resistir às tentações; não vivia em constante união com Deus dos nossos altares. Por isso estou agora aqui e sofro. Sofro com paciência, e merecidamente; mas podia ter sido de outra maneira. O santo Sacrifício da Missa é de um valor infinito, e eu podia ter aproveitado. Se o tivesse feito, agora já estaria no céu, perto de Jesus.
Se na terra tivesse recorrido mais às graças que emanam do Sagrado Coração de Jesus na hora da Santa Missa! ... quão grande seria agora a minha santidade! Que tesouro de graças teria tido na minha alma na hora da morte! Como estaria agora perto do trono de Deus! Se pudesse voltar! ... Mas pelo menos tu, alma devota, que ainda vives na terra, tu podes assistir frequentemente à Missa, enriquecer-te com as graças divinas, aplicá-las também a nós, pobres almas do Purgatório.

PIEDOSAS PRÁTICAS

Resolução:  -  Participar mais frequentemente e intensamente da santa Missa, recebendo a santa Comunhão, também pelas almas do Purgatório.

Ramalhete espiritual  -  Quem comer a minha Carne e beber o meu Sangue, terá a vida eterna, e eu o ressuscitarei no derradeiro dia (Jo, VI).

Sufrágio:  -  Assistir também à santa Missa em dias de semana, quando puder.

Intenção particular:  -  Rezar pelas almas mais abandonadas.

Motivo:  -  As almas do Purgatório nada podem fazer para si mesmas. O tempo de merecimentos próprios passou para elas. Devemos ajudar principalmente aquelas almas, das quais ninguém se lembra.

Oração:  -  Deus onipotente, que todos os dias no Santo Sacrifício da Missa vos ofereceis ao Pai celestial para expiação dos nossos pecados, lançai um olhar benigno sobre as almas do Purgatório, especialmente as mais abandonadas, e dizei-lhes a mesma palavra que dissestes ao bom ladrão: hoje estareis como no paraíso.

 Pai-Nosso, Ave-Maria, Salmo 129.

SALMO 129: : Das profundezas do abismo, eu bradei para Vós, Senhor: Senhor, ouví minha voz!
Que vossos ouvidos sejam atentos à voz de minha oração.
Si tomardes em consideração as nossas iniquidades, Senhor: Senhor, quem poderá subsistir diante de Vós?
Mas vós sois rico de misericórdia; e eu espero em Vós, Senhor, por causa de vossa lei.
Minha alma apoiou-se em vossa palavra, minha alma pôs toda sua confiança no Senhor.
Desde a manhã até à noite, Israel espera no Senhor.
Porque no Senhor existe a misericórdia e uma abundante redenção.
É Ele quem resgatará Israel de todas as suas iniquidades.
Versículo:
Dai-lhes, Senhor, o descanso eterno!
E a luz perpétua as ilumine.
Descansem em paz, Amém.

Jaculatória: Pela repetição incruenta de vosso Sacrifício da cruz, livrai as almas mais abandonadas, meu Jesus!