97. OUTRA ILUSÃO PROTESTANTE (b).
O matuto, movido por aquela fé viva e inabalável que caracteriza o camponês, se arrepende profundamente de seus pecados; faz o firme propósito de jamais cometê-los, ajudado pela graça divina e com aquela força de vontade com que tantas vezes os homens do campo superam os da cidade. Confessa humildemente os seus pecados ao sacerdote no Sacramento da Penitência, e quantas vezes não andou a pé léguas e léguas para fazer esta confissão! Depois recebe a sua comunhão com viva fé e santo recolhimento. Mas se lhe perguntarmos: Sua confissão foi bem feita?, ele responderá: Para mim, foi; para Deus, eu não sei. Na sua simplicidade, inspirado por Deus que revela aos pequeninos o que oculta aos sábios e prudentes, demonstra, sem saber disto, um mesmo sentimento de humildade, de desconfiança de si próprio, que demonstrou o Apóstolo São Paulo. Se todo cristão para se salvar, para estar bem com Deus, deve ter forçosamente a certeza de que está em graça, ninguém deveria tê-la melhor do que São Paulo. Entretanto São Paulo fala assim: Nem ainda eu me julgo a mim mesmo; porque DE NADA ME ARGUI A CONSCIÊNCIA; mas NEM POR ISSO ME DOU POR JUSTIFICADO; pois o Senhor é quem me julga. Pelo que, não julgueis antes de tempo, até que venha o Senhor, o qual não só porá às claras o que se acha escondido nas mais profundas trevas, mas descobrirá ainda o que há de mais secreto nos corações; e então cada um receberá de Deus o louvor (1ª Coríntios IV-3 a 5).
Pelas palavras do Apóstolo se vê que o importante é servir a Deus, fazer o bem, conservar a fé e a boa consciência. Quanto ao julgamento, pertence a Deus. E enquanto nós estamos sujeitos a enganos ao julgarmos a nós mesmos (pois ninguém é juiz em causa própria) Deus é quem conhece, como diz o Apóstolo: o que há de mais secreto nos corações. Ele penetra as mais íntimas profundezas das nossas almas, infinitamente melhor do que nós mesmos. E os seus julgamentos são diversos dos nossos: Senhor... os teus juízos são um abismo profundo (Salmos XXXV-6 e 7). ´O profundidade das riquezas da sabedoria e da ciência de Deus! Quão incompreensíveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! (Romanos XI-33).
Não devemos, portanto, inverter a ordem das coisas, nem querer precipitar os acontecimentos. Tenhamos a preocupação de servir a Deus, com a maior perfeição que for possível; o testemunho da boa consciência virá naturalmente depois. Não é o fato de nos julgarmos bem com Deus que fará com que realmente o estejamos; ao contrário, é do fato de estarmos realmente bem com Deus, que nascerá a doce tranquilidade da consciência, a suave sensação de que Deus habita em nós.
Pelas palavras do Apóstolo se vê que o importante é servir a Deus, fazer o bem, conservar a fé e a boa consciência. Quanto ao julgamento, pertence a Deus. E enquanto nós estamos sujeitos a enganos ao julgarmos a nós mesmos (pois ninguém é juiz em causa própria) Deus é quem conhece, como diz o Apóstolo: o que há de mais secreto nos corações. Ele penetra as mais íntimas profundezas das nossas almas, infinitamente melhor do que nós mesmos. E os seus julgamentos são diversos dos nossos: Senhor... os teus juízos são um abismo profundo (Salmos XXXV-6 e 7). ´O profundidade das riquezas da sabedoria e da ciência de Deus! Quão incompreensíveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! (Romanos XI-33).
Não devemos, portanto, inverter a ordem das coisas, nem querer precipitar os acontecimentos. Tenhamos a preocupação de servir a Deus, com a maior perfeição que for possível; o testemunho da boa consciência virá naturalmente depois. Não é o fato de nos julgarmos bem com Deus que fará com que realmente o estejamos; ao contrário, é do fato de estarmos realmente bem com Deus, que nascerá a doce tranquilidade da consciência, a suave sensação de que Deus habita em nós.