segunda-feira, 16 de setembro de 2013

A CERTEZA DA SALVAÇÃO - ( 16 )

   93. O PODER SALVADOR DE CRISTO.

   Vejamos agora outro trecho de São Paulo, na sua Epístola aos Hebreus:

   Depois de dizer que Jesus porque permanece para sempre, possui um sacerdócio eterno (Hebreus VII-24), diz São Paulo que por isto pode SALVAR PERPETUAMENTE aos que por Ele mesmo se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por nós (Hebreus VII-25). Daí concluem muitos protestantes que já possuem uma SALVAÇÃO PERPÉTUA que é dada por Jesus. 

   Primeiro que tudo, o Autor da Epístola não diz que Jesus SALVA infalivelmente a todos os crentes, mas que PODE SALVAR os que por Ele mesmo se chegam a Deus. Quer ressaltar aí o poder salvador do Eterno Sacerdote Jesus Cristo que PERPETUAMENTE, isto é, até o fim do mundo, até a consumação dos séculos, através de todas as gerações, exerce a sua missão redentora. O fito de São Paulo é estabelecer o contraste entre os sacerdotes da Antiga Lei que morriam e depois de mortos, não podiam exercer a sua missão (a morte não permitia que durassem - Hebreus VII-23); e Jesus Cristo que não morre e por isto exerce eternamente a sua missão de Sacerdote e Mediador.

   Mas desta palavra de São Paulo não se segue que Cristo nos salve sem a cooperação da nossa parte, ao contrário supõe o Apóstolo esta cooperação, pois Cristo pode salvar perpetuamente AOS QUE POR ELE MESMO SE CHEGAM A DEUS (Hebreus VII-25). E esta cooperação, segundo o ensino desta mesma Epístola aos Hebreus, não consiste somente na fé, mas também na OBEDIÊNCIA a Cristo que é o AUTOR da salvação eterna para TODOS OS QUE LHE OBEDECEM (Hebreus V-9).

   Nem quer dizer absolutamente que Cristo dê a salvação àqueles que se chegaram a Deus, que se converteram e depois voluntariamente se afastaram d'Ele e voltaram aos pecados de outrora, àqueles que no começo obedeciam a Cristo e hoje já Lhe não obedecem mais.


   94. CRESCIA O NÚMERO DOS QUE SE SALVAM.

   Vêem ainda muitos protestantes uma certeza absoluta de sua salvação pessoal, nesta palavra dos Atos, em que se fala do crescimento da Igreja: E o Senhor aumentava cada dia mais o número dos QUE SE HAVIAM DE SALVAR, encaminhando-os à unidade da sua mesma corporação (Atos II-47).

   É claro que, estando o mundo todo mergulhado no pecado, como estava, quando veio Jesus, estando o próprio povo judeu tão corrompido, se aumentava o número daqueles que com tanta sinceridade e fervor abraçavam a religião de Cristo, aumentava também necessariamente o número dos eleitos, o número daqueles que iriam povoar o Céu. Ninguém podia afirmar isto com mais segurança do que o Divino Espírito Santo, inspirador e principal autor da Bíblia e que sonda os segredos de todos os corações.

   Mas segue-se daí que aqueles que entrassem na Religião Cristã e não perseverassem no bem ou se tornassem depois traidores da sua fé, se salvariam também?

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