sábado, 26 de novembro de 2016

EFEITOS DO PECADO MORTAL


O pecado mortal é um mal absoluto, extremo; é a maior desgraça tanto para a alma como para o corpo. Podemos avaliar este mal pelos seus efeitos: 1- Danos espirituais; 2 - Danos  temporais.

1 - Danos espirituais: a) A PERDA DA GRAÇA DE DEUS E A DEFORMIDADE DA ALMA. - A alma na graça de Deus é tão bela que se pode dizer por pouco inferior aos anjos. É cara a Deus como a menina de seus olhos. Ela é a moradia de Deus: "Quem está na caridade está em Deus, e Deus nele" (1 Jo IV, 16). Os que estão na graça de Deus participam da própria natureza divina: "Participantes da natureza divina" (1 Pedro I, 4). Pois bem, com o pecado mortal, a alma torna-se disforme, feia, asquerosa. Era moradia de Deus, torna-se moradia do Inimigo e parecida com ele. Lemos na vida de São Filipe Neri que quando passava perto de alguém que tivesse pecado mortal na alma, tapava o nariz com o lenço, pois sentia um insuportável mal cheiro.

b) - A PERDA DOS MÉRITOS ADQUIRIDOS. O pecado mortal dá a morte aos méritos de todas as boas obras até então praticadas. Tornam-se obras mortificadas, sem valor. Pela misericórdia infinita de Deus, porém, se o pecador se arrepende e faz uma boa confissão ou tem uma contrição perfeita com o desejo de se confessar na primeira oportunidade, recupera todos estes merecimentos: dizemos que o mérito destas boas obras ressuscita. O pecado mortal pode assim ser comparado a um navio carregado de tesouros e que afunda num naufrágio. 

c) - A INCAPACIDADE DE MERECER. Além de perder os méritos já adquiridos, quem está em pecado mortal não pode adquirir nenhum mérito para a vida eterna. E isto constitui uma desgraça maior ainda, porque todas as obras boas praticadas estando em pecado mortal, são perdidas para sempre, isto é, nunca ressuscitam. É como diz o profeta Ageu I, 6: "O que ajuntou os seus ganhos, colocou-os num saco furado"."Se o justo se afastar de sua justiça e pecar... todas as obras justas que ele haja feito serão esquecidas" (Ezequiel XVIII, 24). É claro que aquele que está em pecado mortal e ainda não se arrependeu para fazer uma boa confissão, não deve deixar de fazer boas obras e de rezar, porque Deus, em sua infinita misericórdia, ainda olha para estas obras, para dar a este pecador a graça da conversão. Se assim fizer, o pecador recupera a graça de Deus, mas não recupera as obras boas que fez estando em pecado mortal, pois, já nasceram mortas.

d) - A ESCRAVIDÃO. "Quem comete o pecado é escravo do pecado" (S. João, VIII, 34), e por isso é escravo do dono do pecado que é o demônio. O diabo tenta e, se o pecador vira as costas para Deus, seu Pai, e volta-se para o demônio para fazer o mal que ele sugere, o Inimigo da alma  tem a vitória e diz: "Agora és meu!"

e) - A MORTE DA ALMA. "A vida de tua alma é Deus",  diz Santo Agostinho . E assim, se se expulsa a Deus, está morta a alma. Trata-se da morte espiritual. A alma é imortal, nunca vai acabar, mas com o pecado mortal ela está sem a vida sobrenatural. E esta morte espiritual é muito pior que a morte temporal. Às vezes, trazem aqui pessoas que parecem possuídas do demônio.  Muitas vezes nem é possessão. Os parentes e amigos ficam preocupadíssimos. E com razão. Mas procuro aproveitar a oportunidade para explicar que o mais terrível é a possessão da alma.  Com o pecado mortal, Deus é expulso, e, em Seu lugar entra o demônio. De Judas Iscariotes, que já estava em pecado mortal, Jesus disse: Há um no meio de vocês (os Apóstolos) que não está limpo, porque está com o demônio. Isto é terrível! Mas como é invisível quase ninguém dá importância. É, como diz a Bíblia: "O pecador comete o pecado como por brincadeira, e depois, ainda diz, que mal me adveio daí" (Prov. X, 23; Eclo V, 4 ) São João, no Apocalipse, diz ao pecador: "Tu te chamas vivo e estás como morto" (Apoc. III, 1).

f) - A PERDA DO CÉU.  O infeliz Lutero (+ 1546), que antes era frade e sacerdote, depois se meteu pelo caminho do pecado, apostatando da religião católica, falando os maiores absurdos do Papado. Dizia que todo mundo era infalível ao interpretar a Bíblia, menos o Anti-Cristo, o Papa. Pois bem, uma noite, ao fitar o céu estrelado, cheio de remorsos,  teve de exclamar: "É tão belo o céu, mas não é mais para mim!". Por um prato de lentilhas, Esaú renunciou o direito de primogenitura e depois, vendo a sua loucura, se afligia e rugia como um leão ferido. Mas aquele direito, a que renunciou era de uma herança terrena: ao passo que o pecador renuncia à herança do Céu!

2 - Danos corporais: a) A PERDA DA PAZ. O Senhor disse: "Não paz para os ímpios" (Isaías 48, 22). Diz ainda dos pecadores o Espírito Santo: "Em seu caminho há aflição e calamidade, e não conheceram o caminho da paz" (Salmo XIII, 3).

b) OS CASTIGOS DE DEUS: Assim diz o próprio Deus: "Muitos são os flagelos do pecador" (Salmo 31, 10). Como já vimos, Deus puniu o pecado já no céu. Jesus disse: "Vi Satanás cair do céu como um relâmpago" (S. Lucas, X, 18). Depois, pune o pecado no Paraíso terrestre. O dilúvio foi castigo do pecado. Lemos na Bíblia que os habitantes de Sodoma e Gomorra eram péssimos e pecadores descomedidos perante Deus (Gên. XIII, 13) E Deus mandou um dilúvio de fogo, que queimou e incinerou aquelas cidades com todos os habitantes. Só escaparam 4 pessoas - a família de Lot - que eram tementes a Deus e não cometeram aqueles pecados que bradam ao Céu. Diz ainda o Espírito Santo: "O pecado faz infelizes os povos" (Prov. XIV, 34).
Caríssimos, e se vedes que uns cometem tantos pecados e no entanto não são castigados por Deus, ficai sabendo que o castigo virá para eles também, cedo ou tarde; e quanto mais tardar a vir, tanto mais tremendo será.

Sigamos o conselho do Divino Espírito Santo: "Fugi do pecado como se foge da serpente" (Eclo XXI, 2). Amém

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

O SACRAMENTO DA PENITÊNCIA: OBRA PRIMA DA MISERICÓRDIA DIVINA

LEITURA ESPIRITUAL - Dia 21 de novembro 


"Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós. Tendo dito estas palavras, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (S. João XX, 22 e 23).


O Senhor mostra-se misericordioso na absolvição sacramental. Procuremos compreendê-lo através de uma parábola. - Uma vez havia um rei poderoso, bom e misericordioso. Esse rei acolheu em seu palácio um homem pobre e ignorante. Ele mandou vesti-lo de novo, instruir, educar. Depois lhe deu um alto cargo em sua corte. Um mendigo transformado em cortesão! Mas, ouvi o que ele fez. Em vez de ser reconhecido e fiel a seu benfeitor, tentou, com uma traição fazer uma conjura para expulsar do trono o rei. Este, porém, descobriu tudo a tempo, e com toda justiça condenou-o à forca, já que se tratava de crime de lesa-majestade. - Quando, na grande praça cheia de gente, lá estava o carrasco para enforcar o malfeitor, eis que chega um escudeiro do rei, o qual grita: "O rei quer conceder graça a esse assassino..., mas sob uma condição...!" O cortesão retoma fôlego e abre o coração à esperança. Mas pensa: qual será esta condição? Ei-la: arrependido, ele devia confessar a sua culpa (que era secreta) a um dos Ministros, à sua escolha. Conjecturai o contentamento do condenado! Ter a salvação por tão pouco preço! É claro: confessou logo o seu crime, e o Ministro verificando que o culpado estava arrependido, em nome do rei, deu-lhe o perdão. Depois o bom rei ainda o acolheu em seu palácio.

Aplicação da parábola: Quem é o rei? É Deus. E o malfeitor, quem é? É o pecador que ofendeu um Rei e um Pai tão bom. Tal pecador mereceu a condenação ao inferno. Mas como o Senhor quer a salvação de todos, eis que instituiu um Sacramento, por meio do qual qualquer pecador, manifestando a um Ministro de Deus os seus pecados, ainda pode obter o perdão e salvar-se. É o Sacramento da Penitência ou Confissão. O culpado deveria se arrepender do que fez e ter propósito firme de nunca mais fazer o mal porque ofendeu a um Pai tão bondoso, ofendeu ao Sumo Benfeitor que é também o Supremo Senhor, e é a própria Bondade. Seria o ideal! Mas Deus se contenta com um arrependimento imperfeito, isto é, movido mais pelo medo do castigo do que propriamente por amor a um Pai tão bondoso! Por este temor o pecador não quer pecar mais e tem esperança do perdão pelos merecimentos de Jesus Cristo. Deus Pai, enviou ao mundo o seu queridíssimo Filho Único, no qual põe toda a sua complacência. O Filho de Deus se fez Homem, tomou um corpo para poder sofrer e morrer por nós na Cruz. E antes de subir aos Céus, deixou o Sacramento da Penitência pelo qual o seu Sangue Divino, lava as nossas almas, e em atenção ao seu valor infinito, o Pai perdoa o pecador mesmo quando só apresenta um arrependimento imperfeito, que se chama atrição. Isto constitui grande consolo! Nem sempre estamos certos de atingir aquela detestação do pecado como ofensa ao Sumo Bem, que move infalivelmente Deus a nos conceder o perdão. Sem embargo, as nossas disposições, acaso menos perfeitas, não obstam a que, no Sacramento, obtenhamos, pela absolvição do sacerdote, plena misericórdia. Desde que chaguemos ao confessionário atritos, decididos a não mais recair, ser-nos-ão perdoadas as culpas.

Daí a grande responsabilidade dos sacerdotes quanto aos moribundos. Não deixemos os nossos caros enfermos comparecerem diante do Juiz sem terem recebido o Sacramento da Penitência. Não sabemos se lograrão chegar à contrição perfeita! Estando em pecado mortal, e só conseguem ter a atrição e não recebem o Sacramento, estão condenados para sempre! O Papa S. Celestino I (422-432) exprobrava aos rigoristas de antanho de matarem cruelmente as almas dos doentes, recusando-lhes a absolvição no leito de morte (D. 111). O mesmo crime cometem os progressistas laxistas de hoje, por descaso ou mal entendida misericórdia.

Mas há  um  detalhe importantíssimo que não consta na parábola: Imaginemos que aquele culpado da parábola, depois de ser assim tão misericordiosamente perdoado e restituído à amizade do rei, recaísse ainda muitas e muitas vezes, mas sempre arrependido embora só imperfeitamente, confessasse o seu crime ao Ministro do Rei. Seria sempre perdoado em atenção aos méritos infinitos do Sangue que o Filho do Rei derramou numa Cruz por toda a humanidade.

E assim, caríssimos, um pecador está no fundo do abismo, sobrecarregado de enormes e numerosas faltas. Se morresse assim sem ter um arrependimento perfeito com o desejo de se confessar, ou então com arrependimento imperfeito mas sem ter recebido a absolvição (às vezes a unção dos enfermos) estaria condenado eternamente. Mas se confessa com o coração penetrado de dor, ao menos da contrição imperfeita, com que a divina bondade se contenta, quando se junta ao sacramento, e ei-lo reconciliado com Deus e consigo mesmo! Os seus pecados estão perdoados; deixam de chamar sobre a sua cabeça terríveis vinganças, porque já não existem. "Por amor de mim, diz o Senhor, por amor da glória que tenho em perdoar, eu mesmo apagarei as tuas iniquidades, e não me lembrarei dos teus pecados" (Cf. Isaías XLIII, 25). O silêncio absoluto a que é obrigado o meu confessor, é o sinal do silêncio eterno que Deus guardará a respeito das minhas prevaricações. Afogam-se no Sangue de Jesus Cristo, como os Egípcios nas ondas do Mar Vermelho.

Mas o Sagrado Coração de Jesus deseja que creiamos sem duvidar nunca do seu perdão. Porque ele é Deus, mas Deus de amor! É Pai, mas Pai que ama com ternura e não com severidade. O Coração de Jesus é infinitamente sábio, mas também infinitamente santo, e como conhece a miséria e fragilidade humanas, inclina-se para os pobres pecadores com Misericórdia infinita. Jesus Cristo ama as almas, depois que cometeram o primeiro pecado mortal, e vêm pedir humilde e confiantemente o perdão. E ama-as ainda, quando choram o segundo pecado e, se isso se repetir, setenta vezes sete, ou seja, sempre, ama-as e perdoa-as sempre, e lava no mesmo Sangue divino o último como o primeiro pecado. O Coração de Jesus não se cansa das almas, e espera sempre que venham refugiar-se n'Ele, por mais miseráveis que sejam! Não tem um pai mais cuidado com o filho que é doente, do que com os que têm boa saúde? Para com esse filho, não são maiores as delicadezas e a sua solicitude? Assim também o Coração de Jesus derrama sobre os pecadores, com mais liberalidade do que sobre os justos, a sua compaixão e a sua ternura. Na verdade a Misericórdia do Coração de Jesus é inesgotável: às almas frias e indiferentes, o Coração de Jesus é fogo, e fogo que deseja abrasá-las, porque as ama; às almas piedosas e boas, o Coração de Jesus é caminho para se adiantarem na perfeição e chegarem com segurança ao termo feliz. Mas Jesus Cristo quer que todas as estas almas se aproximem do Sacramento da Confissão com grande confiança na sua Misericórdia.


E ainda mais: o pecador privado de todos os bens e prestes a cair no desespero pela sentença de condenação, recupera todos esses bens e inunda-se de alegria pela sentença da absolvição. Tudo quanto tinha perdido, separando-se de Deus, lhe é restituído ao reconciliar-se com Jesus Cristo: "Não há condenação, para os que estão incorporados em Jesus Cristo". Os merecimentos adquiridos, poder de merecer, doce paz, direito ao Céus, eis o que ainda recebe de volta pela misericórdia divina dispensada na absolvição sacramental. Ó reconciliação cheia de encantos, quem pode conhecer-te, e recusar a felicidade que tu obténs. Razão tinha São Paulo em dizer: "Quem não amar a Jesus Cristo, seja anátema!"

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Quem foi Lutero: segundo São João Bosco.

   NB.: Os santos falam a verdade: SIM SIM, NÃO NÃO. Fizeram o que Nosso Senhor Jesus Cristo fez e ensinou. "A verdade vos libertará". Leiamos, então, a verdade sobre quem foi Lutero. Leiamos o que o grande São João Bosco escreveu no seu livro "COMPÊNDIO DE HISTÓRIA ECLESIÁSTICA" falando da:
"QUINTA ÉPOCA: de 1517 até 1579: 
"Nesta época foi a Igreja tão fortemente combatida, que parecia já tivesse chegado o tempo do Anti-cristo; porém, não obstante isto, conseguiu novos triunfos. Acometeu-a um dilúvio de hereges, e muitos de seus ministros, em vez de defendê-la, se rebelam contra ela e abrem-lhe profundas feridas. Unem-se a estes os príncipes seculares que a oprimem com o ferro, com a devastação e o sangue. O demônio se esconde debaixo do manto de sociedades secretas e de uma filosofia mundana e sedutora, mas, falsa e corruptora: excita rebeliões, e suscita perseguições sanguinolentas. Deus, porém, desvanece os esforços do inferno e os faz servir para sua glória. Novas ordens religiosas, missionários incansáveis, pontífices grandes pela santidade, zelo e sabedoria, unidos todos em um só coração e em uma só alma, e fortalecidos pelo braço do Todo Poderoso, defendem heroicamente a verdade e levam a luz do Evangelho até os últimos limites da terra, conseguindo a Igreja novas conquistas e ainda mais gloriosas virtudes".
Lutero. - "Lutero foi o primeiro a levantar a bandeira da rebelião contra a fé católica, e foi o principal autor dos males que amarguraram a Igreja neste tempo. Com seu sistema perverso de submeter a palavra de Deus ao exame e juízo de cada um, causou mais dano à religião católica, do que todos os hereges da idade passada; de maneira que, se pode chamar este apóstata, o primeiro precursor do Anti-cristo. Nascido em Eisleben, Saxônia, e filho de um pobre mineiro, manisfestou, desde sua mais tenra idade, um gênio muito atrevido. A morte de um condiscípulo, que caiu a seu lado fulminado por um raio, induziu-o a entrar na ordem de Santo Agostinho. Por algum tempo pareceu mergulhado em profundas meditações, e agitado por escrúpulos e temores; porém, descobriu finalmente o orgulho que se abrigava em seu coração; e, declarando-se contra a autoridade do Pontífice romano, saiu do claustro e já não houve meio de dominá-lo. Oprimir aos outros com calúnias e tiranias, ridicularizar e desprezar as coisas mais augustas e santas; soberba, desregramento, ambição, petulância, cinismo grosseiro e brutal, crápula, intemperança, desonestidade, eis os dotes característicos deste corifeu do protestantismo. No ano de 1869 levantaram-lhe na Alemanha uma estátua qual insigne benfeitor da humanidade!!!"
 "No ano 1517, começou a pregar contra as indulgências, portanto, contra o Papa e progredindo na impiedade, formulou uma doutrina que, quer se considere em si mesma, quer em suas consequências lógicas e práticas, contamina tudo o que é sagrado, destrói a liberdade do homem, faz a Deus autor do pecado, e reduz o homem ao estado dos brutos. Entre suas impiedades, é bastante lembrar que, conforme ele afirmava, o homem mais virtuoso, se não acredita firmemente achar-se entre os eleitos, é condenado; e que pelo contrário, o homem mais miserável, irá diretamente ao paraíso, se acredita unicamente que há de salvar-se pelos merecimentos de Jesus Cristo. Tão abominável doutrina foi condenada logo pelo Papa Leão X; todavia Lutero mandou atirar ao fogo publicamente a bula. As Universidades católicas e todos os doutores, clamaram contra aquela impiedade e heresia; mas Lutero zombou deles e persistiu em sua revolta. Ainda que ligado por votos solenes, casou-se com Catarina de Bore, religiosa de um mosteiro de Mísnia. Teve desgraçadamente muitos sectários, que, sob o nome de protestantes, tomaram armas e devastaram todas as regiões onde lhes foi dado penetrar. Levavam escrito em seus estandartes: Antes turcos que papistas. Ao pensar algumas vezes nos grandes males que causava a nova reforma exclamava: "Só tu serás douto? Todos os que te precederam enganaram-se? Tantos séculos têm ignorado o que tu sabes? Que te acontecerá se te enganas e arrastas contigo a tantos para a condenação?" Eram estes os gritos de sua consciência que, a seu pesar, protestava contra suas impiedades; contudo não bastavam para fazê-lo voltar ao bom caminho".
   Até aqui São João Bosco. Quero terminar com uma pergunta: Será "amigo apaixonado de Jesus", será "um reformador de intenções corretas (não erradas): um apóstata, um precursor do Anti-cristo, um tão apaixonado inimigo da Santa Esposa de Nosso Senhor Jesus Cristo?! Sabemos que São João Bosco converteu muitos protestantes... "Amigo apaixonado de Jesus": este elogio foi feito pelo então papa Bento XVI; "Reformador de intenções não erradas": estes elogios foram feitos pelo papa atual. Prefiro acreditar em S. João Bosco, que, sendo santo, nunca esteve contaminado por ecumenismo maldito. 

domingo, 6 de novembro de 2016

LUTERO E JUSTIFICAÇÃO

   NOVIDADE DE DOUTRINA.


  O pastor protestante se gloriava de que o Protestantismo é a única religião do mundo a admitir a salvação só pela fé. É o que diz também Lutero: afirma que a sua teoria da justificação pela fé é o ponto "único pelo qual nós nos distinguimos, pelo qual nossa religião se distingue de qualquer outra religião" (Exegetica Opera XXXIII, p. 140).

Condenado pelo Papa Leão X pelos constantes ataques
contra a Igreja, Lutero demonstra de público sua
desobediência, queimando perante a
multidão, em Wittenberg  (10-XII-1520),
a bula papal "Exsurge Domine" e alguns livros de Direito
Canônico. Por estes atos, em janeiro de 1521 Lutero foi
excomungado e, logo depois, condenado por heresia
pela Dieta de Worms. 
   Realmente, o Protestantismo só apareceu no século XVI. E até aquele século, ninguém se tinha lembrado ainda de interpretar a Escritura de semelhante modo. Porque é tão clara na Bíblia a existência da lei de Cristo, na qual se inclui a obrigatoriedade dos mandamentos, a Bíblia fala tantas vezes na necessidade do amor de Deus e da caridade para com o próximo para conquistar o Céu, a Bíblia insiste tanto em que Deus há de retribuir a cada um SEGUNDO AS SUAS OBRAS, que, até então, em toda a história do Cristianismo, não se tinha podido conceber semelhante absurdo de que o homem se salva só pela fé. Absurdo, sim, porque é tão lógico e tão razoável que o homem, sendo livre nas suas ações, venha a conquistar o prêmio do Céu, entre outras coisas, pela sua reta maneira de proceder, que era preciso que aparecesse um homem que, embora dizendo-se seguidor de Cristo, negasse o livre arbítrio, a liberdade humana, para que se pudesse pregar semelhante doutrina. Este homem apareceu e se chamou Martinho Lutero.

   Deixando de lado certos aspectos nada edificantes da vida deste célebre heresiarca, achamos utilíssimo, para fazermos uma ideia do que vale realmente a teoria da salvação só pela fé, estudar o modo como Lutero chegou a fazer esta "grande descoberta". Mas esta novidade de doutrina já nos deixa com uma pulga na orelha. Não parece estranho que Jesus Cristo tivesse fundado uma Igreja, feito propagar o seu Evangelho para ensinar aos homens o caminho do Céu, e por 15 séculos tivesse deixado a Humanidade às tontas, Ele que vela sobre os homens e principalmente sobre a Igreja pela sua Divina Providência e só no século XVI fizesse aparecer esse Martinho Lutero para ensinar "a verdadeira doutrina da salvação"?

terça-feira, 1 de novembro de 2016

OREMOS após a Ladainha de Todos os Santos




"Vi uma grande multidão, que ninguém poderia
contar, de todas as nações, tribos, povos e
línguas, que estavam em pé diante do trono e
em presença do Cordeiro, cingidos de vestes
brancas e com palmas em suas mãos; e
clamavam com voz forte, dizendo:
Saudação ao nosso Deus, que está sentado
sobre o trono, e ao Cordeiro". (Apoc. VII, 9).
   Ó Deus, a quem sempre é próprio o compadecer e perdoar, recebei a nossa humilde súplica; e fazei, por benefício de Vossa clementíssima piedade, que, assim como os Vossos outros servos, sejamos inteiramente soltos da vergonhosa cadeia de nossos delitos.
   Ouvi, Senhor, os humildes rogos e perdoai todos os pecados dos que fielmente se confessam, para que, ao mesmo tempo, recebamos da Vossa bondade, com o benigno perdão de todas as nossas culpas, a estimável graça de uma completa paz.
   Senhor, ostentai sobre nós a Vossa inefável misericórdia, de modo que, absolvendo-nos de todos os nossos pecados, nos livreis igualmente das gravíssimas penas que por eles havemos merecido.
   Ó Deus, a quem a culpa ofende e a penitência aplaca, recebei propício as humildes súplicas do Vosso povo e apartai de nós os flagelos de Vossa ira, que merecemos pelas nossas culpas.
   Eterno e Onipotente Deus, tende piedade de Vosso servo, o nosso santo Padre, e o conduzi, segundo a Vossa clemência, pelo caminho da salvação eterna, para que, mediante a Vossa graça, execute sempre, com todo o esforço, o que for mais do Vosso agrado.
   Ó Deus, de quem dependem os santos desejos, retos conselhos e virtuosas obras, concedei a Vossos servos aquela paz que o mundo não pode dar, para que, aplicados os nossos corações à observância dos Vossos preceitos, e desterrado o temor dos nossos inimigos, gozemos, com a Vossa proteção em nossos dias, uma feliz tranqüilidade.
   Senhor, abrasai os nossos rins e o nosso coração com o fogo do Espírito Santo, para que a Vós em casto corpo sirvamos e com puro coração Vos agrademos.
   Ó Deus, Criador e Redentor de todos os fiéis, concedei às almas de Vossos servos e servas a benigna remissão de todos os seus pecados, para que alcancem pelas pias súplicas da Vossa Igreja a indulgência a que sempre aspiram.
   Senhor, Vos suplicamos que Vos antecipeis a promover e ajudar as nossas obras, para que as nossas ações e operações sempre por Vós tenham princípio e se completem.
   Eterno e Onipotente Deus, que sois supremo Senhor dos vivos e dos mortos, e que usais de misericórdia para com todos aqueles que, pela sua fé e boas obras, antecipadamente conheceis que serão do glorioso número dos Vossos fiéis predestinados, nós Vos suplicamos que os mesmos por quem Vos pedimos (ou estejam ainda em carne mortal neste mundo, ou - despidos já dos seus corpos - hajam passado para a outra vida), alcancem da Vossa pia clemência, pela intercessão de todos os Vossos Santos, o benigno perdão de todos os seus pecados. Por Jesus Cristo, Vosso Filho e Senhor nosso, que convosco vive e reina, em unidade de Deus Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.