quarta-feira, 26 de junho de 2013

O ESTILO DA BÍBLIA E O TEOR DAS DIVINAS PROMESSAS - ( 2 )

   80.  AS PROMESSAS E SUAS CONDIÇÕES.

   Há, sem dúvida alguma, nestas palavras: Crê no Senhor Jesus e serás salvo (Atos XVI-31), quem n'Ele crê não é condenado (João III-36), Deus deu ao mundo seu Filho Unigênito para que todo o que crê n'Ele não pereça, mas tenha a vida eterna (João III-16), a virtude de Deus é para dar a salvação a todo o que crê (Romanos I-16) etc, etc, - uma PROMESSA DE VIDA ETERNA para todos aqueles que creem em Jesus.

   O que, porém, se torna indispensável é que aqueles que creem em Jesus se esforcem para se tornarem DIGNOS destas divinas promessas. E a Igreja sabiamente põe os seus filhos a rezar da seguinte maneira: "Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos DIGNOS das promessas de Cristo". Porque uma coisa que não podem negar aqueles que conhecem perfeitamente o ESTILO DA BÍBLIA é o seguinte: a Bíblia não nos diz tudo de uma vez, é muito comum no texto sagrado estar nuns versículos consignada A PROMESSA, e noutros AS CONDIÇÕES SOB AS QUAIS ESTA PROMESSA SERÁ REALIZADA. Não se pode desprezar nenhum versículo bíblico; tudo é palavra de Deus; e querer alguém olhar somente para os versículos que falam da promessa, porque os acha muito bons, muito agradáveis e consoladores e desprezar outras passagens da Escritura, em que se apontam as condições impostas por Deus para que sejamos dignos desta promessa, é evidentemente falsear a palavra divina. 

   É fácil mostrar isto com exemplos, como veremos, se Deus quiser, nos próximos posts.  

terça-feira, 25 de junho de 2013

O ESTILO DA BÍBLIA E O TEOR DAS DIVINAS PROMESSAS

   79. NAS PEGADAS DO BOM PASTOR.

   Jesus é o Bom Pastor que guia as suas ovelhas pelo caminho do Céu: Eu sou o Bom Pastor (João X-11). O que me segue não anda em trevas, mas terá o lume da vida (João VIII-12).

   Se nós desejamos chegar ao Reino dos Céus, à Jerusalém Celeste e pedimos a Jesus que nos leve até lá, Ele nos diz: Entra no meu rebanho e terás o Céu.

   Entrando no rebanho de Cristo, ficamos muito anchos e satisfeitos: Tenho certeza de que em breve estarei no Céu; o Bom Pastor me disse: Entra no meu rebanho e terás o Céu. Ora, eu entrei no rebanho. Logo...

   É quando uma ovelha mais esclarecida nos adverte:

   - Não, meu amigo; o Bom Pastor não te disse: Basta entrar no meu rebanho para conseguires o Céu; mas disse: Entra no meu rebanho e terás o Céu, o que é bem diferente. Entra no meu rebanho - quer dizer: Vem e segue-me, sê minha ovelha fiel; entrega-te à minha direção. E o Bom Pastor então nos vai apontando o verdadeiro caminho da bem-aventurança, mostrando-nos o caminho que Ele próprio seguiu à nossa frente, quando nos deu o seu exemplo: Eu dei-vos o exemplo, para que como eu vos fiz, assim façais vós também (João XIII-15). Precisas seguir o caminho que Ele te aponta para chegares ao Céu; se te desviares, és uma ovelha desgarrada que o Bom Pastor misericordiosamente irá buscar, mas precisarás então voltar ao caminho indicado, sem isto não alcançarás o teu destino. Porventura achas que, quando um professor diz: Quem entrar na minha escola, se tornará um homem bem preparado - é o simples fato de entrar na escola que torna logo um sábio aquele que ali entrou? É preciso entrar na escola, mas para fazer bem direitinho as tarefas e exercícios que o mestre indicar.

   Compreendeu Você agora, caro amigo protestante?

   Quando Jesus nos diz: Crê em mim e serás salvo (porque Ele nunca disse: Basta crer em mim para ser salvo) é o Bom Pastor que nos está dizendo: Entra no meu rebanho e terá o Céu. Crer em Jesus é aceitar toda a sua doutrina, colocar-nos no número dos seus discípulos, entrar no seu rebanho. Por isto disse Jesus aos judeus: Vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas (João X-26). Mas entrar no rebanho de Cristo já encerra em si um compromisso: o de O seguirmos como ao Bom Pastor que nos aponta o caminho. E quando Ele diz: Guarda os mandamentos, ama a teu próximo como eu te amei - está apontando este caminho que havemos de seguir para conquistar o Céu: As minhas ovelhas ouvem a minha voz: eu conheço-as e elas ME SEGUEM (João X-27). 

segunda-feira, 24 de junho de 2013

UM CAMINHO SÓ -

   78. DESFAZENDO A CONFUSÃO.

   Pelo que já foi explicado, o leitor inteligente está percebendo perfeitamente o engano dos protestantes.

  Quando vemos a Bíblia falar de duas maneiras: ora dizendo que, se nos queremos salvar, o que é necessário é crer em Cristo; crendo em Cristo alcançaremos a salvação; ora dizendo que, se nos queremos salvar, o que é preciso é observar os mandamentos; guardando os mandamentos, chegaremos ao Céu; parece à primeira vista que a Bíblia nos está falando de dois caminhos diversos. 

   Os protestantes que não gostam de aprofundar o sentido das Escrituras, contentando-se apenas com o JOGO DE PALAVRAS, na preocupação máxima de se colocarem em oposição à Igreja, enxergam aí dois caminhos diversos e se decidem por um, rejeitando o outro. Já viu o leitor algum protestante citar, explicar e comentar razoavelmente os textos em que Jesus exige para a salvação a guarda dos mandamentos?

  O simples fato de ficarem assim apavorados diante de certos textos da Bíblia, que é a palavra infalível de Deus, mostra que estão completamente enganados. E o seu engano reside precisamente em não perceber isto: que ou exija só a fé em Cristo, ou exija só a guarda dos divinos preceitos, a Bíblia nos está ensinando UM CAMINHO SÓ, porque nos mandamentos está incluída a obrigação da fé; na fé em Cristo está incluída a obrigação dos mandamentos.

   1º - Nos mandamentos está incluída a obrigação da fé:

   Se devemos amar a Deus com todo o coração, com toda a alma, com todo o ENTENDIMENTO, não podemos negar crédito às palavras de Cristo que são palavras de Deus; seria negar a Deus a submissão da nossa inteligência. Quem peca contra a fé, portanto, peca contra o 1º mandamento, pois quem duvida da palavra de Deus O está desonrando e considerando mentiroso; não se pode amar a uma pessoa e desonrá-la ao mesmo tempo. É o que dizia Jesus aos judeus: Se eu vos digo a verdade, por que me não credes? O que é de Deus ouve as palavras de Deus; por isto vós não as ouvis porque não sois de Deus (João VIII-46 e 47). Por isto dizia o Eclesiastes: Teme a Deus e observa os seus mandamentos, porque isto é o O TUDO DO HOMEM (Eclesiastes XII-13). 

   2º - A fé inclui a obrigação dos mandamentos:

   Em outras ocasiões, falando a pessoas que já estão certas e convencidas de que para ganhar o Céu precisamos cumprir com os mandamentos de Deus, Nosso Senhor lhes faz ver que o caminho do Céu é crer na sua doutrina. Aprendendo esta doutrina, estas pessoas verão, no meio das coisas novas que não sabiam, a confirmação daquilo de que já tinham ciência, isto é, de que para ganhar o Céu é indispensável a observância dos mandamentos. O amor de Deus e o amor do próximo, eis os pontos altos da doutrina moral pregada pelo Mestre, que nisto tantas vezes insistiu, como acabamos de ver. Aquele que não quer  guardar os mandamentos é como se não cresse em Jesus Cristo, pois nem ao menos O conhece. É o que nos ensina São João que, falando a respeito de Jesus, nos diz o seguinte: Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo. E nisto sabemos que O CONHECEMOS, se GUARDAMOS os seus MANDAMENTOS. Aquele que diz que O CONHECE e NÃO GUARDA  os SEUS MANDAMENTOS,  é um mentiroso; e não há nele a verdade (1ª João II-2 a 4).

   Logo, a fé em Cristo inclui a obrigação de observar os seus mandamentos.

   A Bíblia, portanto, pode falar num dos dois pontos e apresentá-lo como essencial à salvação - crer em Cristo ou observar os mandamentos - porque um inclui o outro. O que não impede a própria Bíblia de falar nos dois pontos ao mesmo tempo: um confirmando o outro, quando assim o entender o Autor Sagrado. São João, na sua 1ª Epístola, falando a respeito de Deus, diz: Este é o seu mandamento; que CREIAMOS no nome de seu Filho Jesus Cristo e que NOS AMEMOS UNS AOS OUTROS, como Ele nos mandou (1ª João III-23). E o livro do Apocalipse diz: Aqui está a paciência dos santos que guardam os MANDAMENTOS de Deus e a FÉ de Jesus (Apocalipse XIV-12). 

sábado, 22 de junho de 2013

COMO DEVEMOS CRER - ( 4 )

   77.  A FÉ COMO PONTO DE PARTIDA. 

   Quando dizemos a alguém: Tome este navio e chegará a Londres, porque a nado Você não consegue chegar até lá, não queremos dizer com isto que é EXCLUSIVAMENTE o fato de embarcar no vapor, que o faz chegar a Londres. Supomos, é claro, que ele não vai atirar-se ao mar, durante a viagem, movido pela tentação de tomar um banho salgado ou de apanhar algum peixe, supomos que, nos portos onde se demorar o navio, ele, quando quiser dar algum passeio, vai tomar todas as precauções para estar presente na hora da partida, bem como não vai cometer nenhum crime para ficar em terra, trancafiado no xadrez; supomos em suma que ele QUER  realmente chegar a Londres e tudo fará para conseguir este objetivo. Sem valer-se de uma condução como aquela, é que não o conseguiria de forma alguma. 

   Assim também a Bíblia nos fala da FÉ  como de um ponto de partida para a salvação. Quando São Paulo diz ao carcereiro: Crê no Senhor Jesus e serás salvo tu E A TUA FAMÍLIA (Atos XVI-31), ninguém vai concluir daí que bastava o carcereiro crer, para a família dele ser salva. Mas a fé, por parte do carcereiro, seria O PONTO DE PARTIDA para a sua família também crer, induzida pelo seu exemplo. E a fé, tanto no carcereiro como nos seus, teria que ser a inspiradora das virtudes e boas obras.

   Quando confessares com a tua boca ao Senhor Jesus e creres no teu coração que Deus O ressuscitou dentre os mortos, serás salvo (Romanos X-9), ninguém pode concluir daí que para o indivíduo ganhar o Céu, basta confessar a Jesus DE BOCA, podendo fazer o que bem entender; e acreditar exclusivamente na Ressurreição de Jesus Cristo, podendo, portanto, rejeitar todos os outros artigos de fé. Seria uma conclusão absurda, imoral e escandalosa, bem como seria abrir uma fonte para os maiores erros e heresias. São Paulo aí está apresentando a FÉ  e o professá-la abertamente como PONTO DE PARTIDA para a salvação. E vê-se perfeitamente, não é fé no sentido de confiança, convicção de que já se está salvo. É fé intelectual: é ACREDITAR que Jesus ressuscitou dentre os mortos. Acreditando isto, acreditará que Jesus Cristo é Deus. Aceitando isto, terá que aceitar tudo o que Jesus ensinou, portanto terá que aceitar toda a moral do Evangelho, tudo aquilo que Jesus mandou fazer e observar. E cumprindo tudo isto, com as graças abundantes que receberá na Igreja Verdadeira, conquistará o Céu. 

sexta-feira, 14 de junho de 2013

COMO DEVEMOS CRER - ( 2 )

   75. COMO DEVE SER A NOSSA FÉ (b).

   Segundo o ensino bíblico, aquele que tem a fé, mas não age de acordo com ela, nega, contradiz a sua crença; anula, portanto, o valor da sua própria fé. Vejamos o que diz São Paulo: Para os impuros e infiéis, nada há limpo; antes se acham contaminadas tanto a sua mente, como a sua consciência. Eles confessam que conhecem a Deus, mas NEGAM-NO com as obras (Tito I-15 e 16). E o mesmo São Paulo diz a respeito daqueles que não se interessam pelos seus, que eles por este simples fato, negam a sua fé: Se algum não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua casa, esse NEGOU  a fé e é pior que um infiel (1ª Timóteo V-8).

   Porque, como diz São Pedro, se não ajuntamos à fé as outras virtudes, ficamos VAZIOS E INFRUTUOSOS, o que, é claro, nos levará à condenação, pois com disse Jesus: Toda a árvore que não dá BOM FRUTO será cortada e metida no fogo (Mateus VII-19). Ouçamos o Apóstolo: Ajuntai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência, e à ciência a temperança, e à temperança a paciência, e à paciência a piedade, e à piedade o amor de vossos irmãos, e ao amor de vossos irmãos a caridade, porque se estas coisas se acharem e abundarem em vós, elas vos não deixarão VAZIOS nem  INFRUTUOSOS no conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo (2ª Pedro I-5 a 8).

   É por isto que a Sagrada Escritura nos diz abertamente que a FÉ SEM AS OBRAS NÃO PODE SALVAR: Que aproveitará, irmãos meus, a um que diz que tem fé, se não tem obras? Acaso podê-lo -á SALVAR  a fé? (Tiago II-14). Bem como um corpo sem espírito é morto, assim também A FÉ SEM OBRAS É MORTA (Tiago II-26).

   Estes dois textos de São Tiago que refutam diretamente, usando as mesmas palavras, a tese da salvação pela fé sem as obras, são o tiro de misericórdia dado na teoria dos protestantes; se estes ainda querem insistir com alguns textos de São Paulo, é porque não os entenderam bem, com mostraremos nos 3 capítulos seguintes; e isto o leitor já pode bem avaliar, pois não pode haver contradição nas Escrituras. 

segunda-feira, 10 de junho de 2013

COMO DEVEMOS CRER - ( 1 )

   75.  COMO DEVE SER A NOSSA FÉ (a).

   Devemos crer com uma fé viva, uma fé sincera, coerente, uma fé que não encontre contradição na nossa maneira de agir, porque aqui não se trata de armazenar conhecimentos, não se trata de um estudo teórico, de uma mera contemplação intelectual; trata-se de um princípio de vida, de ação, de atividade: crer para ganhar a vida eterna. 
   
   Assim o exige a Escritura, como já veremos.
   Chegamos agora ao fim da nossa argumentação.
   Vimos o que é CRER. Crer é aceitar, como verdadeira, toda a doutrina de Jesus. Jesus é o Filho de Deus; não se pode duvidar de nenhuma de suas palavras, porque Ele é o Caminho e a Verdade e a Vida (João XIV-6). 
   Vimos claramente Jesus a nos ensinar que para possuir a vida eterna, é preciso guardar os mandamentos, que se resumem no amor de Deus e do próximo. 
   Agora perguntamos: Aquele que crê em Cristo e sabe, pelas palavras de Cristo, que precisa observar os mandamentos para salvar-se, mas apesar disto não guarda estes mandamentos, pode salvar-se? Quem vai responder a isto é o próprio Cristo: Por que me chamais: Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu vos digo? Todo o que vem a mim e ouve as minhas palavras e as PÕE POR OBRA, eu vos mostrarei a quem ele é semelhante: é semelhante a um homem que edifica uma casa, o qual cavou profundamente e pôs o fundamento sobre uma rocha; e quando veio uma enchente d'águas, deu impetuosamente a inundação sobre aquela casa e não pôde movê-la, porque estava fundada sobre rocha. Mas o que ouve E NÃO OBRA, é semelhante a um homem que fabrica a sua casa sobre terra levadiça, na qual bateu com violência a corrente do rio e logo caiu; e foi GRANDE a RUÍNA daquela casa (Lucas VI-46 a 49). 

   A esta altura da nossa demonstração e com tais palavras do Mestre, cai por terra a teoria protestante da salvação só pela fé; porque é a própria fé nas palavras de Cristo que nos leva a convencer-nos de que a fé sem as obras não é suficiente para a salvação. 

quinta-feira, 6 de junho de 2013

O QUE DEVEMOS CRER - ( 7 )

   74.  O JUÍZO FINAL (b).

   Chamamos outra vez a atenção do leitor para o estilo abreviado da Bíblia. A Bíblia não diz tudo de uma vez; uma passagem completa a outra. Ninguém vai concluir daí que seremos julgados unicamente por causa das ações caridosas ou das faltas de caridade. A descrição é claramente incompleta, como dissemos, porque Nosso Senhor mesmo nos declara que se nos pedirão contas até de uma palavra inútil: E digo-vos que de TODA A PALAVRA OCIOSA que falarem os homens, darão conta dela no dia do juízo; porque pelas tuas palavras serás justificado e pelas tuas palavras serás condenado (Mateus XII-36 e 37). O que Nosso Senhor quer dizer é que o homem será julgado pelas suas boas ou más ações, como Ele disse claramente noutra ocasião: Todos os que se acham nos sepulcros ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que OBRARAM BEM sairão para a ressurreição da vida; mas os que OBRARAM MAL sairão ressuscitados para a condenação (João V-28 e 29). E entre estas boas ou más obras, ocupa um papel muito saliente a questão da caridade para com o próximo. 

   Afirmativa esta, que não só se demonstra pela descrição do juízo final acima transcrita, senão também pela firmeza com que Nosso Senhor nos ensina que Deus nos tratará no seu julgamento da mesma forma como tratarmos o nosso próximo: será duro ou complacente para conosco, na mesma proporção em que tivermos sido duros ou complacentes para com os nossos semelhantes:
   Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia (Mateus V-7). Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados; dai e dar-se-vos-á; no seio vos meterão uma boa medida e bem cheia e bem acalcada e bem acogulada; porque, qual for a medida de que vós usardes para os outros, tal será a que se use para vós (Lucas VI-37 e 38). O que concorda com a palavra de São Tiago: Porque se fará um juízo sem misericórdia àquele que não usou de misericórdia (Tiago II-13). 

   Logo, devemos CRER  que não é a fé somente que salva, mas também a observância dos mandamentos, o amor de Deus e do próximo, pois isto é o que o próprio Jesus, que merece todo nosso crédito, nos ensinou; se não cremos isto, não nos salvamos, pois O QUE NÃO CRÊ JÁ ESTÁ CONDENADO (João III-18). 

quarta-feira, 5 de junho de 2013

O QUE DEVEMOS CRER - ( 6 )

   74. O JUÍZO FINAL (a).

   Um dia Jesus Cristo descreveu o juízo final. No juízo final iremos ver quais os que são salvos e quais os que são condenados. Ótima ocasião, portanto, para apreciarmos as CAUSAS da salvação e da condenação de cada um. Ora, se Jesus exigisse para a salvação apenas a fé, a única descrição que Ele poderia fazer do juízo final seria a seguinte: De um lado os que creem e são salvos. Do outro lado os que não creem e são condenados. Todo o mundo percebe logo que isto seria mais cômodo e mais simples do que a separação dos salvos e dos condenados pelas boas ou más obras. As boas e as más obras são de natureza tão diversa, variam tanto de indivíduo para indivíduo, que seria preciso passar horas e mais horas para descrever, embora resumidamente, o julgamento de todos os homens por este critério. Pois bem, Nosso Senhor não se importa de fazer uma descrição incompleta, contanto que saliente ser o ponto mais importante do julgamento a prática da caridade. 

   Repare-se bem na palavra PORQUE, empregada por Nosso Senhor. Os justos serão salvos, PORQUE praticaram a caridade. Os réprobos serão condenados PORQUE não a praticaram. O que mostra evidentemente como é errônea a doutrina protestante de que as boas obras não podem ser CAUSA da salvação. 

   Vejamos a descrição do julgamento final feita pelo Mestre: Quando vier o Filho do Homem na sua majestade, e todos os anjos com Ele, então se assentará sobre o trono da sua majestade; e serão todas as gentes congregadas diante d'Ele; e separará uns dos outros, como o pastor aparta dos cabritos as ovelhas; e assim porá as ovelhas à direita e os cabritos à esquerda.
   Então dirá o rei aos que hão de estar à direita: Vinde, benditos de meu Pai; possuí o reino que vos está preparado desde o princípio do mundo, PORQUE tive fome e destes-me de comer; tive sede e destes-me de beber; era hóspede e recolhestes-me; estava nu e cobristes-me; estava enfermo e visitastes-me; estava no cárcere e viestes ver-me. 
   Então Lhe responderão os justos, dizendo: Senhor, quando é que nós te vimos faminto e te demos de comer, ou sequioso e te demos de beber? E quando te vimos hóspede e te recolhemos, ou nu e te vestimos? Ou quando te vimos enfermo ou no cárcere e te fomos ver?
   E respondendo o rei, lhes dirá: Na verdade vos digo que quantas vezes vós fizestes isto a um destes irmãos mais pequeninos, a mim é que o fizestes. 
   Então dirá também aos que hão de estar à esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno que está aparelhado para o diabo e para os seus anjos, PORQUE tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber; era hóspede e não me recolhestes; estava nu e não me cobristes; estava enfermo e no cárcere e não me visitastes... Quantas vezes o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer (Mateus XXV-31 a 43, 45). 

Continua no próximo post.