Leitura espiritual - 13 de setembro
A luz do fogo que arde no coração de Nosso Senhor deve, no começo de todas as vossas adorações, penetrar o íntimo de vossa alma e mostrar-vos num relance toda a sua pobreza e miséria do momento, inundando-a do profundo sentimento de sua ingratidão, de sua indignidade, e, ao mesmo tempo, reanimando-a pela confiança de obter o perdão, visto que estais aos pés do trono da graça e da misericórdia.
Quando alguém se acerca de um príncipe, o primeiro ato é fitá-lo, seguindo-se depois um olhar sobre si mesmo para verificar se está convenientemente trajado e capaz de lhe ser agradável.
A alma que ama a Deus de todo o coração vê facilmente os próprios defeitos e percebe o mais leve movimento da natureza corrompida, tal como sente, ao menor sopro, a presença do tentador. Esta alma contempla-se em Deus como num espelho fiel; lê o seu íntimo também em Deus, como a criancinha que, com um simples olhar, lê a falta que cometeu, na tristeza, no silêncio ou na atitude menos amorosa de seu papai ou de sua mamãe.
Mas isto não é tanto um exame propriamente dito: é antes, a vigilância da delicadeza.
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