Leitura espiritual - 8 de agosto
Sob qualquer aspecto que se considere a Eucaristia, ela nos lembra de um modo tocante a morte de Nosso Senhor.
Foi instituída na véspera de sua morte, na mesma noite em que se entregou aos inimigos: Pridie quam pateretur in nocte qua tradebatur. E o nome com que a designa é o testamento selado com seu sangue: Hoc testamentum est in sanguine meo.
O estado de Jesus é um estado de morte. Nas aparições de Bruxelas e de Paris, respectivamente em 1290 e 1369, mostrou as suas chagas, como nossa divina vítima. Jesus está sem movimento, sem vontade, semelhante a um morto que se precisa transportar. Em seu redor reina um silêncio de morte: seu altar é um túmulo que encerra ossos de mártires. É encimado pela cruz - que o ilumina como ilumina os túmulos - e o corporal que envolve a santa hóstia é um novo sudário, novum sudarium. Quando o sacerdote vai celebrar o santo sacrifício traz sobre si as insígnias da morte: os paramentos sagrados são todos ornados de uma cruz, na frente e nas costas.
Sempre a morte, sempre a cruz - eis o estado da Eucaristia considerada em si mesma.
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