Leitura espiritual - 10 de agosto
Jesus Cristo, na sua Paixão, acrescentou ao sacrifício de seus direitos a imolação de sua personalidade; imolação da vontade, da beatitude da alma, que deixou se invadir de tristeza mortal, e imolação da própria vida na cruz.
Era pouco, entretanto, para o seu amor, fazer esta imolação uma vez somente. Quis continuar na Eucaristia esta morte natural. Para imolar sua vontade, Ele, Deus, obedece a sua criatura; Rei, ao súdito, Libertador ao escravo. Obedece aos sacerdotes e aos fiéis, aos justos e aos pecadores, e obedece sem resistência, sem precisar violentá-Lo. Obedece aos próprios inimigos, a todos, enfim, com a mesma solicitude. E não apenas no momento da Missa, quando o sacerdote pronuncia as palavras da consagração, mas a todo instante do dia e da noite, conforme as necessidades dos fiéis. Seu estado permanente é de obediência pura e simples.
Oh! se o homem compreendesse o amor de Jesus na Eucaristia! Durante a sua Paixão, Ele foi amarrado, perdendo a liberdade. Aqui, Ele próprio se prende com as cadeias perpétuas e radicais de suas promessas, sob as santas espécies, às quais está inseparavelmente unido em virtude das palavras sacramentais.
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