domingo, 28 de agosto de 2016

A ARGUMENTAÇÃO DE SÃO PAULO



   Mas voltemos ao nosso versículo: Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei (Romanos III-28).

   Por esta palavra - CONCLUÍMOS - estamos logo vendo que São Paulo fez um argumento e chegou a uma conclusão.

  São Paulo, como é natural, quer mostrar a necessidade de se abraçar a Religião de Cristo. O seu argumento para chegar a tal conclusão é o seguinte:

   No tempo em que fala São Paulo, o mundo inteiro está completamente fora do bom caminho, do caminho da salvação. 

   Aqueles que viviam sob a LEI NATURAL caíram lamentavelmente nos erros mais deploráveis e nos mais horrendos pecados. É o que, depois de fazer as costumeiras saudações, demonstra o Apóstolo, do versículo 18º até o fim da capítulo 1º, descrevendo a depravação em que estavam mergulhados os gentios. 

   São Paulo acusa-os por causa da idolatria: mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança de figura de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de serpentes (Romanos I-23); adoraram e serviram à criatura antes que ao Criador, que é bendito por todos os séculos (Romanos I-25). E depois de acusá-los de pecados vergonhosos que são, não só contra a castidade, mas também contra a natureza, os descreve como sujeitos a inúmeras perversões: cheios de toda a iniquidade, de malícia, de fornicação, de avareza, de maldade, cheios de inveja, de homicídios, de contendas, de engano, de malignidade, mexeriqueiros, murmuradores, aborrecidos de Deus, contumeliosos, soberbos, altivos, inventores de males, desobedientes a seus pais, insipientes, imodestos, sem benevolência, sem palavra, sem misericórdia, os quais tendo conhecido a justiça de Deus, não compreenderam que os que fazem semelhantes coisas são dignos de morte; e não somente os que estas coisas fazem, senão também os que consentem aos que as fazem (Romanos I-29 a 32). 

   O capítulo 2º é endereçado aos judeus que estavam sob a LEI MOSAICA. Antes de estudá-lo, porém, precisamos abrir um parênteses. [É o que faremos no próximo post, se Deus quiser]. 

(Extraído do Livro "LEGÍTIMA INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA", autor: Lúcio Navarro).
   

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