Leitura espiritual - 28 de julho
Todo amor tem um centro de vida. A criança se fixa no amor de sua mamãe, o amigo na afeição do amigo, o avarento em seus tesouros, o soldado na glória. Cada qual tem um centro de vida onde repousa e se delicia, e onde concentra todos os seus trabalhos, bem como os afetos e desejos.
E qual será o verdadeiro centro do cristão, principalmente do adorador? Um centro humano não lhe pode bastar, pois o homem sente necessidade dum centro infinito como são infinitos os anelos do coração. Precisa de um centro sempre vivo e acessível, pois, do contrário, sentir-se-ia órfão e exilado; um centro restaurador para alimentar em si o foco do amor; afinal, um centro perfeito, que o aperfeiçoe, que satisfaça as necessidades de sua alma, que seja a vida de seu espírito, o panorama de amor de sua imaginação, a lembrança benfazeja de sua memória, o objeto soberano de sua vontade, a felicidade do seu coração e mesmo de seu corpo. Quem diz centro, diz tudo isto. É mister que o homem seja feliz em seu centro, para não procurar outro.
Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento quer ser o centro de todos os corações. Atrai-nos continuamente para Ele, e essa atração ininterrupta constitui a vida de amor.
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