terça-feira, 2 de junho de 2020

O CORAÇÃO DE JESUS EM BELÉM


LEITURA ESPIRITUAL MEDITADA, 2º dia de junho.

O Coração de Jesus se mostra amável em toda sua vida: em Belém, em Nazaré, na sua vida pública, na sua Paixão, na sua Ressurreição e Ascensão, na Santíssima Eucaristia e na glória do Céu! Em todos os mistérios da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo vemos brilhar de modo todo particular o AMOR. E tomamos o seu Coração como órgão símbolo deste amor. Na verdade foi o amor que fez Jesus nascer numa carne passível,  inspirou a obscuridade da Sua vida oculta, alimentou o zelo da Sua vida pública. No Calvário é por excesso dum amor sem medida que se entrega à morte por nós; se ressuscita é pelo amor afim de nos justificar: "Para nossa justificação" (Rom. IV, 25). Se sobe aos céus é o seu amor que O leva a preparar para nós um lugar, naquele Pátria de felicidade perfeita e eterna. É o Seu amor que nos envia o Divino Espírito Santo. E a Santíssima Eucaristia? São João diz tudo: "Tendo amado os seus que estavam neste mundo, amo-os até o fim". Caríssimos, todos estes mistérios têm a sua origem no amor; e o órgão e símbolo deste amor é o Seu Coração amabilíssimo.

Hoje vamos contemplá-Lo em Belém. Primeiramente, nos braços de Sua Mãe Santíssima, com o seu coraçãozinho já palpitando de amor por nós! Reclinado numa manjedoura sobre palha tiritando de frio por nosso amor. O Divino Infante olha para nós com doçura, estende para nós os seus bracinhos. Caríssimos, na verdade, como diz São Paulo: "Quando se manifestou a bondade de Deus nosso Salvador e o seu amor pelos homens, não pelas obras de justiça que tivéssemos feito, mas por sua misericórdia" (Tito, III, 4). O Deus Onipotente faz-se Menino para a nossa salvação!!!... A simplicidade, a inocência, a candura, a pureza, a formosura, a bondade, a ternura, enfim o AMOR... tudo se encontra aqui no presépio de Belém, nesta criança que não fala mas com o coraçãozinho palpitante de infinito amor.

São Francisco de Sales contemplando o mistério do Divino Menino recém nascido na gruta de Belém, escrevia inflamado de amor: "O grande recém nascido de Belém seja para sempre a delícia e o amor do nosso coração. Ah, como é lindo! Quero cem vezes mais ver este pequeno Menino no seu presépio que a todos os reis da terra no seu trono".

Compreendemos perfeitamente como os santos faziam as suas delícias em contemplar o Menino Jesus na manjedoura de Belém. O coração cheio de amor do Menino-Deus fazia o encanto de São Francisco de Assis, de São Bernardo, de Santa Tereza d'Ávila. de Santa Teresinha do Menino Jesus e bem podemos dizer de todos os Santos.


"Sic nos amantem, quis non redamaret", "como não amar em troca Aquele que tanto nos ama? Caríssimos, procuremos, então, ao contemplarmos a amabilidade inefável do Divino Menino Jesus, despertar nas nossas almas aqueles mesmos sentimentos de amor que tiveram e têm os santos. Amém!

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