terça-feira, 12 de agosto de 2014

O QUE DEVEMOS CRER - ( 4 )

   72. AMOR DO PRÓXIMO.

   O amor ao próximo é, portanto, uma consequência necessária do amor de Deus. E Jesus dá ao amor do próximo um novo aspecto. A Lei dizia: Ama ao próximo como a ti mesmo. A medida do amor ao próximo era o amor que naturalmente cada um tem a si próprio. Jesus, que nos deu o maior exemplo de amor aos homens, amor até aos próprios inimigos, propõe o seu exemplo, como a medida do amor: Eu dou-vos um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei (João XIII-34). Este amor ao próximo, mesmo aos inimigos, de que Ele mostrou um modelo no Samaritano da parábola, Jesus pregou-o, e pregou-o como NECESSÁRIO À SALVAÇÃO. 

   1º Jesus pregou o amor aos inimigos:

   Tendes ouvido que foi dito: Amarás ao teu próximo e aborrecerás a teu inimigo. Mas eu vos digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos têm ódio e orai pelos que vos perseguem e caluniam, para serdes filhos de vosso Pai que está nos Céus, o qual faz nascer o seu sol sobre bons e maus, e vir chuva sobre justos e injustos (Mateus V-43 a 45).

   Por aí já se vê que não se trata de mero conselho: precisamos amar aos inimigos, para sermos filhos de Deus. Mas há outras passagens que nos mostram ainda mais claramente que Jesus

   2º pregou o amor aos inimigos como indispensável à salvação.

   Todos nós pecamos e é claro que não podemos salvar-nos, se Deus não perdoa os nossos pecados. Pois bem, eis o que ensinou Jesus: Quando vos puserdes em oração, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai-lha, para que também vosso Pai, que está nos Céus, vos perdoe vossos pecados; porque, se vós não perdoardes, também vosso Pai, que está nos Céus, vos não há de perdoar vossos pecados (Marcos XI-25 e 26). E, depois da parábola do devedor insolvente, na qual o rei se mostra rigoroso e implacável para com o servo que, depois de perdoado, não quis perdoar ao seu companheiro, acrescenta: ASSIM TAMBÉM VOS HÁ DE FAZER MEU PAI CELESTIAL, SE NÃO PERDOARDES do íntimo de vossos corações cada um a seu irmão (Mateus XVIII-35).

   Ninguém pode alcançar a salvação, se não obtiver o perdão dos pecados. O perdão dos pecados, não o recebe quem não perdoa a seu próximo. Logo, não basta a fé para a salvação; é necessário também o perdão dos inimigos.

   E, enquanto os protestantes dizem que o homem pelas suas obras nada pode merecer, mas só pela fé, Nosso Senhor exalta o merecimento daqueles que sabem dispensar e perdoar, e lhes promete grande recompensa: E. se vós amais aos que vos amam, que MERECIMENTO é o que vós tereis? porque os pecadores também amam aos que os amam a eles. E, se fizerdes bem aos que vos fazem bem, que MERECIMENTO é o que vós tereis? porque também os pecadores emprestam uns aos outros, para que se lhes faça outro tanto. Amai, pois, a vossos inimigos, fazei bem e emprestai sem daí esperardes nada; e tereis MUITO AVULTADA RECOMPENSA (Lucas VI-32 a 35). 

Nenhum comentário:

Postar um comentário