A alma: Meu dulcíssimo Jesus! Creio, mas dai-me a graça de crer mais firmemente. Espero, mas ajudai-me com a vossa graça para que a minha esperança seja sempre mais confiante em Vós. Amo-Vos, mas concedei-me a grande graça de amar-Vos com maior ardor. Arrependo-me, mas fazei que o arrependimento dos meus pecados seja com mais veemência.
Confiante em Vossa bondade infinita, eis-me aqui novamente na Vossa presença para expor-Vos mais uma dúvida a respeito da Comunhão.
Meu Jesus, não posso confessar-me todas as semanas, nem às vezes, passados quinze dias, e quando já tem passado muito tempo sem me confessar, não ouso fazer tranquilamente a Comunhão; parece-me que faria um sacrilégio. Então, ó meu Jesus, não é melhor ir primeiro confessar-me e depois comungar?
Jesus: Escuta bem, minha filha: A Confissão foi instituída não como preparação necessária à Comunhão, mas para perdoar os pecados; portanto, se a consciência te não acusa de pecados graves, a Confissão não é necessária para comungares bem. É bom confessar-se todas as semanas, ou de quinze em quinze dias, porque assim se recebe a graça de um sacramento que avigora a alma; mas se esta frequência não é possível, não se conclui que se deva deixar a comunhão quando se não tenha pecados graves. Demais, tratando-se só de pecados veniais, antes de comungar pede-me perdão de todo o coração e fica tranquila, porque um dos efeitos da Comunhão é precisamente o de apagar os pecados veniais de que se tem sincero arrependimento. Compreendeste? Não cometas portanto mais o erro de deixares a Comunhão só porque não pudeste confessar-te de pecados veniais; porque então, além de ficares privada da graça da Penitência, sê-lo-ias também da graça da Eucaristia, e assim multiplicarias a tua espiritual pobreza.
A alma: Meu Jesus, compreendi a Vossa instrução e, com a Vossa graça, vou segui-la. Antes de me despedir, ó dulcíssimo Jesus, quero fazer-Vos mais um pedido: Fazei-me chorar os pecados passados, vencer as tentações futuras, reprimir as más tendências e praticar as virtudes de meu estado. Amém!
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