sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

A ABSOLVIÇÃO SACRAMENTAL DÁ À ALMA UMA BELEZA TODA CELESTIAL

LEITURA ESPIRITUAL MEDITADA

Parte superior: representação da alma no estado de graça.
Na parte inferior: representação da alma em pecado mortal.

Basta meditarmos que a alma em estado de graça é morada do próprio Deus!!! "A Trindade Santíssima, diz o sábio Cornélio a Lápide, habita pessoal e substancialmente na alma em estado de graça, e nela permanece como em seu templo, enquanto esta alma se mantém em estado de graça".
O Espírito Santo fez ver um dia a Santa Teresa d'Ávila a Santíssima Trindade presente e viva em sua alma. "Eu vi distintamente em minha alma, disse ela, as três pessoas divinas, e compreendi o sentido destas palavras de Jesus Cristo: As três pessoas divinas habitarão na alma que vive em estado de graça".

Esta grande verdade é afirmada pelo próprio Jesus Cristo claramente nas Sagradas Escrituras: "Se alguém me ama, meu Pai o amará também, e nós viremos a ele e nele faremos morada". (S. João XIV, 23). E São Paulo diz o mesmo: "O amor de Deus foi difundido em nossos corações pelo Espírito Santo, que habita em nós" (Rom. V, 5). E, coisa admirável! se ele habita em nós, nós também habitamos n'Ele. "Aquele que habita nos céus, diz Santo Anselmo, Aquele que reina sobre os anjos, Aquele diante do qual se inclinam a terra e os céus com tudo que eles encerram, Aquele mesmo dá-se a nós para ser nossa morada". Pois, aquele que está no amor, quer dizer, em estado de graça, está em Deus, e Deus está nele, como atesta a palavra divina na primeira Epístola de S. João IV, 16.

Caríssimos, que tristeza nos causa ver o pecado mortal, qual terrível incêndio, destruir este palácio da graça em nossa alma!!! Mas, por outro lado, quão maravilhoso é, ver o poder da absolvição levantar novamente das ruínas, este palácio!!!

São Filipe Neri dizia um dia a um dos seus discípulos: "Oh! meu filho, como vossa fisionomia está nojenta"! O moço compreendeu, e apressou-se a ir confessar-se. Quando voltou, seu bom pai lhe disse: "Agora estais belo, meu filho; eis aí como vos amo!"

São José Cupertino dizia ao criado de um cardeal: "Como! meu filho, tu serves a um tão nobre senhor, e não tens vergonha de sair com uma aparência tão imunda?. Vai, pois, lavar-te" O homem foi imediatamente confessar-se; depois voltou para junto do santo, que, abraçando-o, disse: "Meu filho, agora eis que te vejo formoso; ainda há pouco estavas horrível!"

São Bernardo tinha razão em dizer: "Amai a confissão, é ela que nos torna agradáveis aos olhos de Deus, quando é feita com verdadeira dor dos pecados. Amai a confissão, se amais a beleza da vossa alma".

Santo Agostinho já tinha dito: "Se quereis realçar em beleza, confessai-vos; sois disforme, confessai-vos para vos tornardes belo; sois pecador, confessai-vos para vos tornardes justo".


Certa vez um jovem já ia entrando na sacristia onde estava o Padre Pio, e este disse-lhe: "Afasta-te daqui, porco!". O moço sai correndo e tremendo. Mas foi meditar no porquê daquela palavra "porco". E, tocado pela graça, reconheceu que ele, pelos pecados que trazia na alma, era verdadeiramente um porco, em certo sentido, bem pior, porque sua sujeira era culposa e na alma. Voltou e pediu confissão ao Padre Pio que o acolheu com toda bondade. E no fim disse-lhe o grande santo: "Vai em paz, você é belíssimo, és filho de Deus!" 

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