domingo, 27 de outubro de 2019

JESUS, REI DE AMOR E DE PAZ

Extraído do Livro "Apelo ao Amor": Mensagem de Jesus a Sóror Josefa Menéndez, religiosa da Sociedade do Sagrado Coração de Jesus (junho de 1923).

Sóror Josefa Menéndez
   "Se desejais paz, Eu sou a Paz. Sou a Misericórdia e o Amor...A vossa alma, criada por um Pai que vos ama, não com qualquer amor, mas com amor imenso, e eterno, encontrará um dia, no lugar da felicidade sem fim que esse Pai vos prepara, resposta a todas as suas necessidades.
   Lá, encontareis a recompensa do trabalho cujo peso houverdes suportado aqui na terra.
   Lá, encontrareis a família que tanto amastes sobre a terra e pela qual vertestes vossos suores.
   Lá, vivereis eternamente, pois a terra é apenas uma sombra que desaparece e o céu não passará nunca.
   Lá, vos unireis ao vosso Pai que é o vosso Deus.
   Se soubésseis que felicidade vos espera!...
   Mas, ouvindo-Me, talvez estejas dizendo: Quanto a mim, não tenho fé! Não creio na outra vida.
   Não tens fé?... Então, se não crês em Mim, por que Me persegues?... Por que te revoltas contra as minhas leis, e fazes guerra àqueles que Me têm amor?... e, se queres liberdade para ti, por que não a dás aos outros?...
   Não acreditas na vida eterna?... Dize-Me se vives feliz na terra e se não sentes necessidade de alguma coisa que não podes encontrar aqui...
   Procuras prazer e, se chegas a consegui-lo, não ficas saciado...
   Andas atrás das riqueza e, se consegues adquiri-la, nunca te julgas assaz rico...
   Tens necessidade de afeição e, se a encontras um dia, dentro de pouco tempo estás cansado!
   Não! coisa alguma destas é o que tu desejas... O que desejas, certamente não o encontrarás na terra... Porque, aquilo de que tens necessidade, é de paz, não a paz do mundo, mas a dos filhos de Deus, e como poderias tu encontrá-la no seio da revolta?
   Por isso é que Eu venho mostrar-te onde está essa paz, onde encontrarás essa felicidade, onde saciarás esta sede que há longo tempo te devora. Não te revoltes, se Me ouves dizer-te: Tudo isso, encontrá-lo-ás no cumprimento da minha Lei; não, não te espantes desta palavra, a minha Lei não é tirania; é Lei de amor!
   Sim, a minha Lei é de amor, porque Eu sou teu Pai.
   Bem sabeis que a disciplina é necessário no exército, e o regulamento na família bem ordenada. Também na grande família de Jesus Cristo, impõe-se uma Lei, mas uma Lei cheia de suavidade.
   Venho ensinar-vos o que é essa Lei e o que é o meu Coração que vô-la dá, esse Coração que vós não conheceis e que tantas vezes tendes ferido! Procurais-Me para Me dar a morte, ao passo que Eu vos procuro para vos dar a vida. Qual de nós triunfará? A vossa alma ficará tão endurecida que se não renda Àquele que vos deu a sua própria Vida e todo o seu Amor?
   Na ordem humana, os filhos usam sempre o nome do pai, sem o que não poderiam ser reconhecidos como da sua família.
   Assim, os filhos que são Meus usam o nome de cristãos, que lhes é conferido pelo sacramento do Batismo, ao nascerem. Vós que recebestes este nome, sois meus filhos, tendes direito a todos os bens de vosso Pai.
   Sei que não Me conheceis nem Me tendes amor, antes, pelo contrário, Me odiais e perseguis. Mas, Eu amo-vos com amor infinito e quero dar-vos parte naquela herança a que tendes direito.
   Crede no meu amor e na minha Misericórdia!
   Vós Me ofendestes: Eu vos perdôo.
   Vós Me perseguistes: Eu vos amo.
   Vós Me feristes com palavras e com ações; Eu quero fazer-vos bem e abrir para vós os meus Tesouros.
   Não penseis que ignoro como até aqui vivestes: sei que desprezastes as minhas graças, talvez mesmo hajais profanado os meus Sacramentos. Pois eu vos perdôo.
   E agora, se quereis viver felizes na terra e assegurar ao mesmo tempo a vossa eternidade, fazei o que vou dizer-vos: Sois pobres? Esse trabalho, que vos é imposto pela necessidade, fazei-o com submissão e ficai sabendo que também Eu vivi trinta anos sujeito à mesma lei, porque fui pobre e até muito pobre.
   Não olheis os vossos patrões como a tiranos. Não desejeis a sua desgraça, mas fazei valer os seus interesses e sede fiéis.
   Sois ricos? Tendes por vossa conta operários, servos? Não exploreis o seu trabalho. Remunerai o seu labor segundo a justiça e provai-lhes a vossa afeição e a vossa bondade. Porque, se tendes uma alma imortal, também eles a têm; se recebestes os bens que possuis, não foi somente para vosso gozo e bem estar pessoais, mas a fim de que, administrando-os com prudência, possais exercer a caridade para como o próximo.
   Depois de terdes, uns e outros, aceitado com submissão a lei do trabalho, reconhecei humildemente a existência de um Ser que está acima de tudo o que é criado. Esse Ser é o vosso Pai.
   Como Deus, exige que cumprais a sua Lei Divina.
   Como Pai, pede-vos filial submissão aos seus Mandamentos.
   Assim, depois de terdes passado uma semana inteira nos vossos trabalhos, nos vossos negócios, nos vossos recreios lícitos, pede-vos que deis uma hora ao menos ao cumprimento do seu preceito. Será exigir muito?
   Ide pois à sua Casa, à Igreja. Ele lá vos espera dia e noite; e, em cada domingo ou dia de festa dai-lhe essa hora, assistindo ao mistério de Amor e de Misericórdia que se chama a Missa.
   Durante ela, falai-Lhe de tudo; da vossa família, dos vossos filhos, dos vossos negócios, dos vossos desejos... Apresentai-Lhe as vossas penas, as vossas dificuldades, os vossos sofrimentos. Se soubésseis como Ele vos ouvirá e com que Amor vos atenderá!
   Talvez Me digais: - "Não sei assistir à Missa. Há tanto tempo que não entro numa igreja!" - Não vos atemorizeis. Vinde; passai simplesmente essa hora a meus pés. Deixai que a consciência vos diga o que deveis fazer, e não cerreis os ouvidos à sua voz. Abri vossa alma... Então a minha graça vos falará. Mostrar-vos-á, pouco a pouco, como deveis proceder em cada circunstância da vossa vida, como haveis de comportar-vos com vossa família ou nos vossos negócios; como deveis educar os vossos filhos, amar os vossos inferiores, respeitar os vossos superiores. Ela vos dirá, talvez, que deveis abandonar esta empresa, quebrar aquela amizade má, afastar-vos energicamente daquela reunião perigosa... Ela vos dirá que odiais tal pessoa sem razão e que, ao contrário, destoutra pessoa que freqüentais e amais, deveis separar-vos e fugir dos seus conselhos.
   Experimentai e, pouco a pouco, vereis como se vai estendendo a cadeia das minhas graças. Porque acontece com o bem como com o mal, basta começar. Os anéis da cadeia prendem-se uns aos outros. Se hoje ouvirdes a minha graça e a deixardes trabalhar em vós, amanhã a ouvireis melhor; mais tarde ainda melhor, e assim, de dia para dia, a luz aumentará, a paz crescerá e preparareis a vossa felicidade eterna!
   Porque o homem não foi criado para ficar sempre neste mundo. É feito para a eternidade. Sendo imortal, deve portanto viver, não para aquilo que morre, mas para o que permanecerá.
   Juventude, riqueza, sabedoria, glória humana, tudo isso passa e acaba. Só Deus subsiste por toda a eternidade...
   Se o mundo e a sociedade estão repletos de ódios e em lutas contínuas, povos contra povos, nações contra nações e indivíduos contra indivíduos, é porque o grande fundamento da fé quase desapareceu.
   Reanime-se a fé, e a paz voltará e a caridade reinará.
   A fé não prejudica a civilização e não se opõe ao progresso. Pelo contrário, quanto mais enraíza nos indivíduos e nos povos, mais crescem neles  sabedoria e a ciência, porque Deus é Sabedoria e Ciência infinitas. Mas onde a fé já não existe, desaparece a paz e, com ela, a civilização e o verdadeiro progresso... pois Deus não está na guerra... Já não há senão ódio entre os povos, lutas de opiniões entre si, levantamento das classes umas contra as outras e, no próprio homem, rebelião das paixões contra o dever.
   Desaparece então tudo o que constitui a nobreza do homem.
   Deixai-vos convencer pela Fé e sereis grandes. Deixai-vos esclarecer pela Fé, e sereis livres. Vivei segundo a Fé e não morrereis eternamente.
   Que todas as almas saibam a que ponto meu Amor as procura, as deseja e as espera para enchê-las de felicidade. Corro no encalço dos pecadores como a Justiça no encalço dos criminosos; mas a justiça os procura para castigá-los e Eu para lhes perdoar.
   Quero perdoar. Quero reinar.
   Quero perdoar às almas e às nações. Quero reinar sobre as almas, sobre as nações e sobre o mundo inteiro.
   Para apagar a sua ingratidão, derramarei uma torrente de Misericórdia.
   Para reinar, começarei derramando misericórdia, pois meu reino é de paz e de amor. Sou a sabedoria e a felicidade.
   Sou o Amor e a Misericórdia.

NB.: Talvez possa haver quem desconheça estas belíssimas mensagens do Coração de Jesus a Sóror Josefa Menéndez e, assim, pergunte qual a autenticidade e, portanto, a segurança destas aparições. Pois bem, no prólogo da edição francesa lemos o seguinte: "As almas que lerem estas páginas terão a alegria filial de encontrar aqui - com consentimento de Sua Santidade, dado pelo próprio punho - o autógrafo do Cardeal Pacelli, então Protetor da Sociedade do Sagrado Coração, abençoando a 1ª edição francesa do "Apelo ao Amor".

2 comentários:

  1. http://rainhadapazorapronobis.blogspot.com.br/2013/12/apelo-ao-amor-nas-revelacoes-de-jesus.html

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  2. Pe. Elcio, o grupo do qual faço parte fez um compêndio destas belíssimas revelações: http://escritoscatolicos.blogspot.com.br/2016/12/compendio-vinde-mim-todos-versao-digital.html

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