Teresa e Rodrigo fugindo para terra de mouros |
Meditemos agora em alguns pensamentos desta Doutora da Igreja, Mestra na Vida Espiritual. Mas antes quero lembrar o dia 27 de setembro de 1970, quando Sua Santidade o Papa Paulo VI proclamou Santa Teresa, Doutora da Igreja: Finda a cerimônia, retirados os paramentos sagrados, o Santo Padre Paulo VI saudando o Prepósito Geral da Ordem dos Carmelitas Teresianos, exclamou com viva alegria: "São tão oportunos hoje os ensinamentos de Santa Teresa, que, na verdade, o relógio da Providência marcou hoje a HORA de Santa Teresa. Ela nos ensina o caminho verdadeiro, o "caminho" da oração, da comunhão com Deus. Os demais são veredas, nem sempre chegam ao destino. O Espírito Santo deseja que voltemos ao caminho autêntico: "à oração, à vida íntima com Deus. Eis a lição que nos dá Santa Teresa, Doutora da Igreja".
Assim sendo, ouçamo-la durante alguns instantes, guardemos no coração os seus sábios ensinamentos, meditando-os intimamente e procurando depois praticá-los com fidelidade:
"Nada te turbe, nada te espante; todo se pasa, Dios no se muda. La paciencia todo lo alcanza; quien a Dios tiene nada le falta. Sólo Dios basta". Em português: "Nada te perturbe, nada te espante; tudo passa, Deus não muda. A paciência tudo alcança; Quem a Deus tem, nada lhe falta. Só Deus basta."
"Ou sofrer, ou morrer!
"Quando considero a glória que tendes preparada, meu Deus, para os que perseveram em fazer a Vossa vontade, quando medito nos trabalhos e dores com que a ganhou o Vosso Filho e quão mal a tínhamos merecido, e quando penso no muito que Ele merece que não se desagradeça a grandeza de amor que tão custosamente nos ensinou a amar, aflige-se a minha alma. Como é possível, Senhor, que se esqueça tudo isto e que tão olvidados estejam de Vós os homens, quando Vos ofendem? Ó Redentor meu, como é possível que assim se esqueçam de si mesmos? Oh! Como é grande a Vossa bondade se apesar disso Vos lembrais de nós! E, tendo nós caído, por Vos ferirmos com um golpe mortal, Vós esquecido disto nos tornais a dar a mão e nos despertais de frenesi tão incurável para que Vos procuremos e Vos peçamos saúde" Bendito seja tal Senhor! Bendita tão grande misericórdia! Ó alma minha! bendiz para sempre a tão grande Deus! Como é possível voltarmo-nos contra Ele?"
"Ó Senhor, como são suaves os Vossos caminhos! Mas quem caminhará sem temor? Temo estar sem Vos servir e quando Vos vou a servir não encontro coisa que me satisfaça para pagar algo do muito que Vos devo. Parece que me quisera empregar toda nisto mas, quando bem considero a minha miséria, vejo que não posso fazer nada que seja bom, se Vós não mo concedeis".
"´E claro que a suma perfeição não está nos regalos interiores nem nos grandes arroubamentos, nem visões, nem no espírito de profecia, mas sim em ter a nossa vontade tão conforme com a de Deus, que não entendemos Ele querer alguma coisa sem que a queiramos com toda a nossa vontade e tomemos tão alegremente o saboroso como o amargo". "Agora, ó meu Deus, livremente Vos dou a minha vontade... Cumpra-se em mim, Senhor, a Vossa vontade sempre e como quiserdes. Se me quereis com trabalhos dai-me força e que venham! Se me quereis entre perseguições e enfermidades, desonras e necessidades, não voltarei as costas, ó meu Pai!"
"Quanto mais as verdades da fé ultrapassam a ordem natural tanto mais firmemente creio nelas e me dão maior devoção. Todas, todas as grandezas que Vós fizerdes ficam explicadas para mim por serdes todo-poderoso; neste ponto jamais tive dúvidas".
"Quando penso em Cristo devo sempre lembrar-me... do Vosso grande amor, ó Pai, que em Jesus quisestes dar-nos um penhor de tal amor. Amor gera amor: ainda que esteja muito no princípio e eu muito ruim, procuro ter bem presente esta verdade e despertar-me para amar. Quando Vós, ó Senhor, me fizerdes a mercê de me imprimirdes no coração este amor, tudo se me tornará fácil e poderei em breve passar às obras sem nenhum trabalho. Meu Deus dai-me este amor - pois sabeis o muito que me convém - pelo amor que nos tivestes e pelo Vosso glorioso Filho que, tão à Sua custa, no-lo mostrou".
"Quando penso em Cristo devo sempre lembrar-me... do Vosso grande amor, ó Pai, que em Jesus quisestes dar-nos um penhor de tal amor. Amor gera amor: ainda que esteja muito no princípio e eu muito ruim, procuro ter bem presente esta verdade e despertar-me para amar. Quando Vós, ó Senhor, me fizerdes a mercê de me imprimirdes no coração este amor, tudo se me tornará fácil e poderei em breve passar às obras sem nenhum trabalho. Meu Deus dai-me este amor - pois sabeis o muito que me convém - pelo amor que nos tivestes e pelo Vosso glorioso Filho que, tão à Sua custa, no-lo mostrou".
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