domingo, 31 de julho de 2011

O MINISTRO DO SACRIFÍCIO DA SANTA MISSA

   Na única Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, que é a Igreja Católica, o Sacerdote e a Vítima são um só: Jesus Cristo. Como diz o Concílio de Trento: " Uma e a mesma Vítima ( na Cruz e no Altar) e Aquele que agora oferece pelo ministério do sacerdote é o mesmo que outrora se ofereceu na Cruz, sendo diferente apenas o modo de oferecer. Em cada consagração, o único sacerdote é Jesus Cristo. O celebrante reduz-se a instrumento, agindo sob o influxo imediato de Cristo, pois que as palavras que transusbstanciam é Cristo que as pronuncia pela boca de seu ministro. Portanto, Jesus Cristo é o Sumo Sacerdote. Pois, se Ele se ofereceu como Hóstia no altar da Cruz, e se a Missa representa sacramentalmente esta mesma oblação e imolação da Vítima, perpetuando o Sacrifício da Cruz, é porque Jesus Cristo é o único e Sumo Sacerdote. Assim sendo, Jesus Cristo continua influindo atualmente na oblação de cada Missa que é celebrada. "O sacerdócio de Cristo, como disse Pio XII na "Mediator Dei", é sempre atual, , por todo o decurso dos séculos, visto que a Sagrada Liturgia outra coisa não é que o exercício deste múnus sacerdotal". Portanto, em todas as Missas, Cristo que é Vítima e Sacerdote, se oferece pessoalmente a Deus na Consagração, renovando os sentimentos de obediência que outrora enchiam a sua alma no Calvário. Se a essência da Missa está nas palavras da transubstanciação, e se então o ministro humano apenas empresta a Cristo a sua língua e lhe cede as suas mãos, fica claro que Cristo intervém atualmente para se imolar de modo incruento, oferecendo ao Pai o Sacrifício, através de seus sacerdotes. Por isso mesmo as palavras da consagração têm valor pela própria ação que é feita "ex opere operato". São pronunciadas por Cristo e não, simplesmente, a mandado de Cristo. Obervemos bem o seguinte: Nos outros sacramentos, o ministro age como pessoa distinta de Cristo, embora instrumento d'Ele, usando de um poder que lhe vem de Cristo, servindo-se de gestos e palavras ditadas por Cristo. Na eucaristia, o ministro representa imediatamente a pessoa de Cristo. Por exemplo, no batismo diz: eu te batizo; na penitência: eu te absolvo, etc. Mas na Consagração diz: Isto é o meu Corpo; Este é o cálice do meu Sangue. Na Eucaristia a "forma" é constituída por palavras proferidas pelo mesmo Cristo e que o ministro repete em lugar de Cristo; a sua persolnalidade como que desaparece para dar lugar a Cristo. Nas outras partes da Missa, o celebrante fala como delegado da Igreja, em cujo nome oferece o Sacrifício.
   São Paulo diz em Hebr. VII, 24 e 25: "Este ( =Cristo), porque permanece para sempre, tem um sacerdócio que não passa; por isso pode salvar os que por Ele se aproximam de Deus, vivendo sempre para interceder por nós". Na Missa Jesus  "se apresenta a Deus por nós" (Hebr. IX, 24) e renova a Sua oblação redentora. No Céu Jesus Cristo está vivo com Corpo, Sangue, Alma e Divindade mas conserva as suas chagas como um Cordeiro que parece ter sido imolado. Na terra, Jesus intervém pessoalmente e atualmente em cada Missa. E depois da Consagração está realmente presente sobre o Altar, vivo como está no céu.
    Em virtude da íntima união da Cabeça(Cristo) ao Seu Corpo Místico(a Igreja) Jesus deve continuar viver na sua Igreja e a operar atualmente por ela. Portanto, Jesus opera na Sua Igreja, não simplesmente porque instituiu o sacerdócio como seu embaixador. Não. Ele pessoalmente continua operando. A Missa não se reduz a pura lembrança do passado. É passado que se torna presente. Por isso a Missa é a oblação pessoal e atual do próprio Cristo pelo ministério de seus sacerdotes.
   Na próxima postagem, se Deus quiser, veremos o porquê dos sacerdotes na Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.

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