sábado, 30 de julho de 2011

A SANTA MISSA: Pergunta e Resposta

   PERGUNTA: A SANTA MISSA É UM SACRIFÍCIO. LOGO, CRISTO É IMOLADO NO ALTAR. MAS, HOJE CRISTO É RESCUSCITADO, GLORIOSO, E NÃO PODE SOFRER NEM MORRER DE NOVO. COMO SE EXPLICA?
   RESPOSTA: COMO NÓS JÁ VIMOS, O SANTO SACRIFÍCIO DA MISSA É ESSENCIALMENTE O MESMO SACRIFÍCIO DO CALVÁRIO. MAS, EM PONTO NÃO ESSENCIAL, OU SEJA, NO MODO O SACRIFÍCIO DA CRUZ E O SACRIFÍCIO DA MISSA SE DIFEREM. NESTA EXPLANAÇÃO TEMOS A RESPOSTA DA PERGUNTA ACIMA.

   Em primeiro lugar, na Santa Missa Jesus Cristo é imolado de um modo místico, ou melhor sacramental, no sentido de que as palavras da consagração, separando o Corpo do Sangue, representam de modo real  e vivo a imolação do Calvário. A Eucaristia  é Sacrifício Sacramental. E podemos dizer também que é Sacramento Sacrifical. Em todo sacramento tem que haver um sinal sensível (=percebido pelos sentidos), sinal este que é tambem eficaz, ou seja, produz realmente o que significa.
   O Sacrifício da Cruz foi cruento, ou seja, houve fisicamente o derramento de sangue até provocar realmente a morte.
    Na Santa Missa há o sinal sensível e eficaz da separação do sangue e do corpo. Na Consagração o Corpo e o Sangue são sacramentalmente separados: o Corpo fica de um lado e o Sangue fica do outro. Porque o pão e o vinho são consagrados separadamente. Podemos imaginar as palavras da Consagração como a espada ou o cutelo separando o sangue do corpo de Jesus. Portanto as palavras da Consagração tendem diretamente a trazer ao altar um Cristo realmente imolado. E assim em razão da dupla Consagração e da separação das espécies, temos sobre o altar uma imagem real da Paixão do Salvador. Não temos Jesus imolado de modo sangrento, porque tal não pode acontecer e nem há necessidade de acontecer, porque o Sangue que Jesus derramou na Cruz vale para sempre pois é de valor infinito. Mas o importante e o necessário é que pelas palavras da Consagração Jesus está realmente presente e está presente em estado de vítima e realmente se oferecendo como vítima para aplicar às almas dispostas o Sangue Redentor. E este sacrifício é ao mesmo tempo também sacramento. E assim a Comunhão é parte integrante do Santo Sacrifício da Missa. Por isso, pelo menos o celebrante tem que comungar.
   Para imprimir em Jesus o caráter da morte que Ele verdadeiramente sofreu, vem a palavra e põe o corpo de um lado e o sangue do outro, e cada qual sob espécies diferentes. Se o corpo se encontra com o sangue, isso deve-se a que são inseparáveis agora que Cristo ressuscitou, porque a partir da Ressurreição Jesus não morre mais. Como se diz na Teologia, "por concomitância", onde está o corpo está também o sangue e evidentemente a alma e a divindade. Jesus está vivo como está no Ceu: Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Por isso é que basta o fiel comungar só a Hóstia consagrada.
   São João Evangelista no Livro do Apocalípse V, 6 teve uma visão que dá uma idéia do Santo Sacrifício da Missa: Viu no meio do trono um Cordeiro de pé (portanto vivo) parecendo ter sido imolado. E devemos também estar lembrados que Jesus ressuscitou imortal e impassível mas conservou suas chagas gloriosas e não sangrentas mas visíveis e abertas. Santo Tomé a mandado de Jesus, tocou com o dedo as chagas das mãos de Jesus e pôs sua mão na chaga do lado de Jesus.
   Se na época de Jesus já houvesse filmadora, e tivessem filmado toda a Paixão e Morte de Jesus, teríamos algo imensamente impressionante que certamente nos facilitaria meditar com o maior fruto a Paixão e Morte de Jesus. Seria algo verdadeiramente impressionante. Mas a Santa Missa é infinitamente mais do que isto. Neste filme não teríamos Jesus vivo e ao mesmo tempo oferecendo-se como vítima para aplicar às nossas almas os frutos de Seu Sacrifício cruento da Cruz, como se dá no Santo Sacrifício da Missa. E não me cansarei de repetir: só é preciso fé e uma fé viva e grande, para obtermos os frutos da Santa Missa.
   

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