sábado, 4 de fevereiro de 2017

O CONFESSOR É PAI MESMO PARA OS GRANDES PECADORES

LEITURA ESPIRITUAL MEDITADA

Como o pai do filho pródigo, assim com toda ternura e bondade deve o confessor acolher até os maiores pecadores. Vamos, hoje, meditar nesta tocante parábola do  filho pródigo, feita pelo divino Mestre para mostrar aos fariseus a razão pela qual Ele recebia os pecadores e até tomava refeição com eles. Na verdade, com esta finalidade, Nosso Senhor Jesus contou três parábolas: a da ovelha tresmalhada, a do filho pródigo e a da dracma perdida. S. Lucas relata-as no capítulo 15 de seu Evangelho. A do filho pródigo vai do versículo 11 a 32:

"Um homem tinha dois filhos, o mais novo deles disse a seu pai: Pai, dá-me parte dos bens que me toca. Ele repartiu entre eles os bens. Passados poucos dias, juntando tudo (o que era seu), o filho mais novo partiu para uma terra distante, e lá dissipou os seus bens, vivendo dissolutamente. Depois de ter consumido tudo, houve naquele país uma grande fome e ele começou a sentir necessidade. Foi, pois, e pôs-se a serviço de um dos cidadãos daquela terra. Este mandou-o para os seus campos guardar porcos. Desejava encher o seu estômago dos frutos que os porcos comiam e ninguém lhos dava. Mas, tendo entrado em si, disse: Quantos diaristas há em casa de meu pai, que têm pão em abundância e eu aqui morro de fome! Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus diaristas. Levanto-se foi para seu pai. Quando ele estava ainda longe, seu pai viu-o, ficou movido de compaixão, e, correndo, lançou-lhe os braços ao pescoço e beijou-o. O filho disse-lhe: Pai, pequei contra o céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. Porém o pai disse aos seus servos: Tirai depressa a veste mais preciosa, vesti-lha e ponde-lhe um anel no dedo e os sapatos nos pés; trazei também um vitelo gordo, matai-o, comamos e banqueteemos-nos, porque este filho estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi encontrado. E começaram a banquetear-se.

Ora, o filho mais velho estava no campo. Quando veio e se foi aproximando de casa, ouviu a sinfonia e os coros, chamou um dos servos e perguntou-lhe que era aquilo. Este disse-lhe: Teu irmão voltou e teu pai mandou matar um novilho gordo, porque o recuperou com saúde. Ele indignou-se e não queria entrar. Mas o pai saindo, começou a pedir-lhe ( que entrasse). Ele, porém, respondendo, disse a seu pai: Há tantos anos que te sirvo, nunca transgredi nenhum mandado teu e nunca me deste um cabrito para eu me banquetear com os meus amigos; mas, logo que veio este teu filho, que devorou os seus bens com meretrizes, lhe mandaste matar um novilho gordo. Mas o pai disse-lhe: Filho, tu estás sempre comigo, tudo o que é meu é teu; era, porém, justo que houvesse banquete e festa, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; tinha-se perdido e foi encontrado".


Todo pecador deve ter esta confiança na bondade do Pai do Céu, como a teve o filho pródigo. Diz Mons. Gaume: "Ei-lo que se dirige, conduzido pelo remorso, pelo arrependimento e pela esperança, para a casa de Deus. Diante dele está um tribunal sobre o qual a fé lê esta consoladora inscrição: A Misericórdia! Neste tribunal está sentado um juiz: é o vigário de caridade de Jesus Cristo, revestido com as suas entranhas de compaixão. O pecador lhe diz: Dai-me vossa benção, padre, porque pequei. Que confiança! Ele é pecador, e, porque pecador, pede bênçãos. Sim, porque aos olhos de Deus, o filho pródigo que diz: "Eu pequei", é digno de bênçãos paternais". Amém!

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