Por Frei José Agostinho, Terceiro dos Menores Franciscanos
A devoção ao Sagrado Coração de Jesus foi apresentada oficialmente ao mundo católico pelo Papa Leão XIII, em 25 de maio de 1899, como meio extraordinário de salvação para a humanidade. "Eis que hoje se oferece aos nossos olhos - disse ele então - um grande sinal de salvação, sinal todo infundido de divino amor e de suprema esperança. É o Sagrado Coração de Jesus, encimado pela cruz, cercado de espinhos, e resplandecente de um esplêndido clarão, no meio das chamas do seu amor. N'Ele é preciso depositar toda a nossa confiança; d'Ele é preciso solicitar e esperar a salvação!"
Este pronunciamento solene do Santo Padre, no entanto, foi apenas o eco - como ele próprio o disse - da voz sacrossanta do Divino Mestre que, em revelação particular a uma piedosa freira visitandina de Paray-le Monial, Margarida Maria, mostrando-lhe o seu Coração configurado como acima foi descrito, declarou-lhe: "A devoção ao meu Divino Coração é o último esforço de meu amor aos cristãos destes séculos derradeiros. Esta devoção, seriamente entendida, facilitará a salvação de todos, excitando-os a se amarem mutuamente entre si, como Eu os amei. Quero reinar por meu Divino Coração sobre a pobre humanidade destes tempos; e reinarei, sem embargo da oposição de Satanás e de todos que ele instiga contra mim".
Para que esta devoção fosse realizada pelos homens de modo digno e frutuoso, Nosso Senhor revelou ainda a Santa Margarida Maria por que fórmulas deveria melhor se efetuar. De entre estas se destacam as quatro seguintes:
1) Consagração de um dia especial à festa do seu Sagrado Coração. na sesta-feira imediata à oitava do Santíssimo Sacramento.
2) Meditação durante uma hora inteira, na quinta-feira que precede a primeira sexta-feira de cada mês, sobre os sofrimentos que padeceu o seu Sagrado Coração durante a sua terrível agonia no Horto das Oliveiras, na noite anterior à sua paixão e morte na cruz, para redenção da humanidade.
3) Recebimento, piedosamente preparado, da Sagrada Eucaristia, nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos.
4) Entronização solene da imagem do Sagrado Coração em cada casa, para aí ser venerada por todos os que nela habitam.
Mais ainda. Para que dessa devoção pudessem os homens colher as mais abundantes graças Nosso Senhor lhes fez, por intermédio de Santa Margarida Maria, as seguintes doze promessas:
- Eu darei aos devotos do meu Coração todas as graças necessárias a seu estado.
- Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias.
- Consolá-los-ei em todas as suas aflições.
- Ser-lhes-ei refúgio seguro na vida e, principalmente, na hora da morte.
- Lançarei bênçãos abundantes sobre todos os seus trabalhos e empreendimentos.
- Os pecadores encontrarão em meu Coração fonte inesgotável de misericórdias.
- As almas tíbias tornar-se-ão fervorosas pela prática dessa devoção.
- As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição.
- A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem do meu Sagrado Coração.
- Darei aos Sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais endurecidos.
- As pessoas que propagarem essa devoção terão os seus nomes inscritos para sempre no meu Coração.
- A TODOS QUE COMUNGAREM NAS PRIMEIRAS SEXTAS-FEIRAS DE NOVE MESES CONSECUTIVOS, DAREI A GRAÇA DA PERSEVERANÇA FINAL E DA SALVAÇÃO ETERNA. (É a chamada "GRANDE PROMESSA".
Nenhum comentário:
Postar um comentário