quarta-feira, 14 de setembro de 2016

SALVAÇÃO

 TRÊS ELEMENTOS.

   Desde o começo deste livro vem sendo focalizado à luz dos textos bíblicos, o problema da nossa salvação eterna e por isto vem tendo o leitor sob suas vistas muitas e muitas passagens das Sagradas Escrituras. Agora, se quiser sinceramente chegar a uma conclusão ditada pela VISÃO EM CONJUNTO de todos esses ensinos da palavra de Deus, tem que concordar numa coisa: tem razão a Igreja Católica, quando ensina que a FÉ, a GRAÇA DE DEUS e as nossas OBRAS são elementos indispensáveis para a nossa salvação. 

   A Igreja conta 20 séculos de existência e já tem lutado com heresias múltiplas e diversas; já está bem acostumada a ver como a tendência dos hereges é ter uma VISÃO PARCIAL do assunto, dar importância a um elemento e não a outro, e assim muitas vezes querer fazer a salvação mais fácil do que é na realidade, tendência que não é de estranhar naqueles que querem interpretar a seu modo os ensinamentos do Evangelho.

A FÉ

    NECESSIDADE DA FÉ.

   A fé é necessária, como se vê por todos aqueles textos em que Jesus nos mostra que quem crê n'Ele se salva, quem não crê se condena.

   Jesus não é apenas um filósofo que nos tenha vindo ensinar a sua doutrina sublime. É muito mais do que isto: é o próprio Filho de Deus, igual ao Pai; nenhuma de suas palavras pode ser rejeitada, nem torcida no seu sentido, nem relegada ao esquecimento. Por isto erram aqueles que, como os espiritistas em geral, dão muito realce à doutrina de caridade e de amor ao próximo que Jesus nos apresenta (no que fazem muito bem), mas não dão nenhuma importância à fé, começando logo por negar a divindade de Cristo (no que fazem muito mal). Nisto há um contra-senso, porque a fé é a base de toda a virtude cristã, e o amor do próximo que não nasce da verdadeira fé, pode chamar-se filantropia, mas não é a verdadeira caridade.

   E nesta luta contra as heresias é interessante observar que até aos próprios protestantes que falam tanto em fé e que pretendem resumir só na fé a nossa contribuição para a salvação eterna, a eles próprios, nós, católicos, somos obrigados a lembrar: que A FÉ É NECESSÁRIA PARA A SALVAÇÃO. Porque os protestantes adulteraram a noção de fé: fazem dela apenas uma convicção cega de que já estão salvos pela morte de Cristo, quando, como provamos, a fé é aceitar toda a doutrina do Mestre. Diante das inúmeras divergências (e sobre pontos da maior importância) que há no Protestantismo, se chega à conclusão de que entre os "evangélicos" a fé não consiste em aceitar a doutrina de Jesus; consiste em DISCUTIR sobre esta doutrina, como se discute sobre questões de história, filosofia ou literatura. E, enquanto a Igreja Verdadeira de Jesus Cristo é quem ensina aos seus adeptos a legítima doutrina, pois tem autoridade para isto, uma vez que é a coluna e firmamento da verdade (1ª Timóteo III-15), no Protestantismo, desde o princípio, tem sido o contrário: são os fiéis que ensinam a doutrina às Igrejas, pois são os adeptos mais atilados, mais sabichões que discordam de suas comunidades e vão fundando outras Igrejas, às quais passam a indicar o que elas devem crer. E assim sucessivamente. Por isto é que as seitas são tão numerosas e tão variadas. 

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