sexta-feira, 9 de outubro de 2020

OS NOSSOS DEVERES PARA COM O HÓSPEDE DIVINO


SENTENÇA: "Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. Assim como era no princípio, agora e sempre e por todos os séculos dos séculos. Amém!" (Doxologia dos primeiros cristãos).

REFLEXÕES: A vida cristã consiste, antes de tudo, numa união íntima, afetuosa e santificante com as três Pessoas divinas.

São três os nossos deveres para com o Hóspede Divino, que é a SS. Trindade, (mas que, por apropriação, atribui-se ao Espírito Santo).

1 - ADORAR: glorificar, bendizer e dar graças ao Hóspede divino. "Adorar, diz Bossuet, é  o reconhecermos em Deus a mais elevada soberania; e reconhecermos em nós a mais profunda dependência". De manhã rezamos: Santíssima e Augustíssima Trindade, Deus Uno em Três Pessoas; eu, pobre e miserável criatura, me prostro em vossa presença e vos adoro com a mais profunda humildade... No início e término das ações diárias devemos dizer: Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo; e rezar: Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo... Na oração da noite assim rezamos: "Dulcíssimo Coração de Jesus... fazei que as palpitações do meu coração sejam outros tantos louvores que ofereçais, por mim, à SS. Trindade. Fazei que o meu respirar se torne em atos de ação de graças e de afetos inflamados de amor por Vós..."

2 -  AMAR: Deve ser um amor repassado de confiança. Docemente, o nosso Pai do Céu pede este amor: "Dai-me, meu filho, o teu coração" (Prov. XXIII, 26). O nosso amor a Deus deve ser um amor de amizade: na oração conversamos com o mais fiel e generoso dos amigos; levados por este amor, abraçamos todos os interesses de Deus, procuramos Sua glória, fazemos glorificar o Seu santo nome. Deve ser um amor reconhecido, dando sempre ações de graça ao maior e mais insigne Benfeitor; um amor penitente, para expiar as nossas tão numerosas infidelidades. Enfim, o nosso amor ao Divino Hóspede, deve ser generoso, que vai até ao sacrifício, à renúncia da própria vontade, à aceitação de todas as provações.

3 -  IMITAR: Pureza de corpo e alma; e procurarmos ser santos, por que Deus é santo. É, pois, necessário purificar e adornar incessantemente um templo onde reside o próprio Deus. Jesus disse: "Sede perfeitos como vosso Pai do Céu é perfeito". Deus elevou-nos à maior nobreza: ser Seus filhos, e tornou a nossa alma Sua morada. A nobreza obriga! Devemos procurar ser parecidos o mais possível com o nosso Pai do Céu. Mas como imitar a Trindade, cuja santidade é INFINITA?  Não esqueçamos que a SS. Trindade está em nossa alma, justamente para santificá-la. O Filho de Deus fez-se homem como nós, viveu a nossa vida, abraçou as nossas enfermidades, exceto o pecado e tornou-se, assim, o caminho que devemos trilhar para chegarmos ao Pai. Imitar o Filho é imitar o Pai, porque o Filho procede sempre segundo a vontade do Pai.

Mas na imitação da SS. Trindade, devemos destacar a CARIDADE FRATERNA: "Que todos sejam um, como tu, meu Pai, o és em mim e eu em ti , para que eles sejam um em nós" (Jo XVII, 21). E S. Paulo  pede a caridade mútua alegando: "Há um só Deus e Pai de todos... que atua por todas as coisas e reside em todos nós"  (Ef IV, 6).

EXEMPLO: Santa Genoveva nasceu perto de Paris e era pastorzinha desde criança. Contando sete anos, passou por lá o bispo S. Germano, e vendo-a no meio da gente, quis saber o seu nome. Ela respondeu: Chamo-me Genoveva.  S. Germano perguntou-lhe se ela amava a Jesus e Nossa Senhora. Ela respondeu: Amo a Jesus porque Ele é meu Deus, e amo a Maria porque ela é a mãe de meu Deus. Então o santo deu-lhe de presente uma cruzinha que ela levou ao pescoço toda a sua vida. Era Genoveva um anjo de pureza, paciência e caridade. Por isso o demônio, invejoso, mandou-lhe uma mulher má para roubar-lhe a inocência. Genoveva pegou rapidamente a cruzinha  e apresentou-a àquela malvada, que no mesmo instante ficou cega. Depois a mulher se arrependeu e pediu perdão a Deus e a Genoveva, que, fazendo de novo o sinal da cruz sobre a penitente, restituiu-lhe a vista do corpo e a saúde da alma.

"Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito Santo habita em vós? Amém!

 

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