sexta-feira, 19 de julho de 2019

INSTITUIÇÃO DIVINA DO SACRAMENTO DA PENITÊNCIA


LEITURA ESPIRITUAL  MEDITADA, dia 19º

Como rezamos no ato de Contrição: "Senhor meu, Jesus Cristo, Deus e Homem verdadeiro...", sabemos que o Messias, o Salvador é o Filho de Deus feito Homem. Foi sempre Deus porque Deus não teve princípio, existiu desde todo sempre, e nunca deixará de existir. Fez-Se Homem, sem deixar, portanto, de ser Deus. E assim, Jesus Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. Pois bem, todos os sacramentos foram instituídos por Nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus feito Homem. Entre os sete Sacramentos está o da Penitência ou Confissão. O Sacramento da Penitência é, portanto de instituição divina, e não uma coisa criada por um simples homem. Daí devemos dizer que a Confissão é divina. E para demonstrar esta verdade basta-nos consultar o Santo Evangelho, a Tradição e podemos também dar argumentos de razão a favor de sua conveniência.

1. O EVANGELHO:

 O Evangelho atesta em primeiro lugar que Jesus Cristo tem o poder de perdoar os pecados. S. João Batista mostra Jesus ao povo e diz: "Eis o Cordeiro de Deus, eis o que tira os pecados do mundo" (S. João, I, 29). Lemos também no Evangelho que um dia apresentaram a Jesus um paralítico. O Salvador, querendo provar a sua divindade, disse: Teus pecados são-te perdoados. Então os escribas e os fariseus murmuraram entre si dizendo: "quem pode perdoar os pecados senão Deus?" Mas Jesus Cristo, conhecendo seus pensamentos lhes disse: "Que estais vós a pensar nos vossos corações? Que coisa é menos difícil dizer: São-te perdoados os pecados, ou dizer: Levanta-te e caminha? Pois, para que saibais que o Filho do homem tem poder sobre a terra de perdoar pecados, (disse ao paralítico): Eu te digo: Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa. Levantando-se logo em presença deles, tomou o leito em que jazia e foi para sua casa, glorificando a Deus" (S. Lucas, V, 20 a 25).


 Realmente, trata-se de um poder divino, ou seja, só Deus pode perdoar pecados. Mas Deus em sua infinita misericórdia, delegou este poder aos homens, não a todos mas àqueles que Ele escolheu e escolherá até o fim do mundo para fazer as suas vezes, isto é, para serem seus instrumentos, dispensadores deste poder: são primeiramente os Apóstolos e depois seus sucessores. Este grande poder de perdoar os pecados Jesus Cristo prometera primeiramente a São Pedro quando disse-lhe: Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus: tudo que ligares na terra será ligado no Céu e tudo que desligares na terra será desligado no Céu" (S. Mateus, XVI, 19). Depois Jesus Cristo fez a mesma promessa a todos os Apóstolos reunidos: "Tudo  que ligares na terra, será ligado no Céu, e tudo que desligardes na terra será desligado no Céu" (S. Mateus, XVII, 18). Por estas memoráveis palavras o Divino Redentor prometeu a seus Apóstolos comunicar-lhes o poder de abrir e fechar o Céu. Ora, a porta do Céu não se fecha senão pelo pecado e não se abre senão pelo perdão dos pecados.

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