segunda-feira, 27 de março de 2017

O PROPÓSITO DEVE SER UNIVERSAL

LEITURA ESPIRITUAL MEDITADA

Já vimos que o propósito deve ser firme. Veremos agora que ele deve ser UNIVERSAL, quer dizer, é preciso estar resolvido a evitar todo o pecado mortal. "Se o pecador fizer penitência de todas as iniquidades que cometeu, e quiser observar todos os meus preceitos, ele viverá; não me lembrarei mais das suas iniquidades", assim diz Deus Nosso Senhor pelo profeta Ezequiel, XVIII, 21.  Quem se propõe a evitar alguns pecados, mas conserva outros (mortais) como sejam: certas amizades perigosas, certos livros ou jornais que atacam a fé ou os costumes, bens que não possuem com tranquilidade de consciência, ódios e desejos de vingança contra o próximo, não são perdoados porque querem dividir ser coração entre Deus e o demônio. O demônio contenta-se, por isso mesmo, com esta divisão. Mas Deus não. Conhecemos a sentença que deu um dia Salomão. Duas mulheres apresentaram-se à sua presença, reclamando uma criança da qual cada uma pretendia ser a mãe. Ordenou que cortassem ao meio a criança, e dessem a metade a cada uma. Enquanto uma aceitava a sentença, exclamou a outra: "Eu vos suplico, ó rei, dai-lhe a criança viva, e não a mateis". Salomão descobriu assim a verdadeira mãe da criança, e lha entregou. Do mesmo modo o demônio, que não é nosso pai, mas o nosso inimigo, contenta-se com uma parte do nosso coração, enquanto Deus, nosso verdadeiro pai, o quer todo inteiro. "Ninguém pode servir a dois senhores, nos diz Jesus Cristo (Cf. Mat. VI, 24). Aqueles que aspiram a servir dois senhores, Deus os rejeita; Ele quer ser o nosso único Senhor, e é com justiça que recusa dividir com o demônio a posse do nosso coração.


Eis porque é preciso estar resolvido a evitar todo o pecado mortal. Quanto aos pecados veniais, pode-se desejar evitar alguns sem querer evitar os outros, e entretanto fazer uma boa confissão. Mas as almas que temem e amam a Deus tomam a resolução de se abster de todo o pecado venial deliberado; e, quanto às faltas veniais não deliberadas, isto é, que se cometem sem um pleno consentimento da vontade, estas boas almas se propõem a cometê-las o menos possível, visto que é impossível à nossa fraqueza natural evitá-las todas. 

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