segunda-feira, 4 de novembro de 2013

A CERTEZA DA SALVAÇÃO - ( 26 )

   101. DA TEORIA PARA OS FATOS. 

   Primeiro que tudo, ainda não é o fato de um indivíduo não fumar, não beber, não dançar, nem jogar, que prova que ele está completamente liberto do pecado. Ser irrepreensível aos olhos dos homens, é uma coisa; estar inteiramente isento de culpa aos olhos de Deus, é outra bem diferente. Um mau pensamento, um desejo impuro, um movimento interior de orgulho, de presunção, de ódio ou de juízo temerário podem passar com rapidez na alma do cristão e deixá-lo manchado e culpável aos olhos divinos, sem que isto transpareça diante das criaturas. São pecados que não se podem averiguar. Mas há outros ainda que podem chegar ao nosso conhecimento: não repugna que um indivíduo que não fuma, não bebe, não dança e não joga seja capaz de caluniar, de cometer adultério, de enlear-se em amizades perigosas, de pregar uma mentira, de agir com falsidade, de se mostrar grosseiro e intratável com a família, de detratar da vida alheia, de passar um calote etc. etc. E aí se vê a responsabilidade tremenda da cada um destes crentes que se apresentam como perfeitíssimos e de cujo procedimento fica a depender a verdade de sua própria religião: a cada falta que cometem, surge uma pessoa para observar: Então a sua doutrina está errada! Você não diz que aquele que aceitou a Cristo como Salvador está salvo, porque está completamente liberto do pecado? Isto é falso, porque Você agora mesmo foi pilhado numa transgressão. 

   E quando se mostram a um protestante os casos de pecado cometidos por crentes e "regenerados", a saída é esta:

   - É porque eles não tinham a fé verdadeira ou não tinham o verdadeiro arrependimento.

   - Quer dizer então que aquilo que a princípio se apresentava como o que havia de mais simples neste mundo, agora de um momento para outro, se transformou no que há de mais difícil e complicado.

    Porque, antes de se converter o pecador, o infiel ou o descrente, como Vocês queiram chamar, o que Vocês diziam a ele era que a salvação é coisa muito fácil. Arrependeu-se o homem, aceitou a Cristo como seu Único e Suficiente Salvador, como seu Salvador Pessoa, já está salvo, completamente regenerado, não peca, não pode perder-se jamais.

   Agora que o homem pecou, vem a ter notícia do seguinte: Seu arrependimento, que o seu coração lhe dizia ser sincero, sua aceitação de Cristo que ele fez de tão boa vontade, não valiam, não eram verdadeiros, porque para isto era preciso que SE PUDESSE GARANTIR QUE ELE JAMAIS VOLTARIA A COMETER NENHUM PECADO, NEM GRAVE NEM LEVE, EM TODA A SUA VIDA.

   Ora, isto não se pode garantir de pessoa alguma!

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