sábado, 15 de novembro de 2014

A MISSA, ORAÇÃO OFICIAL DA IGREJA

   O Sacrifício da Cruz precisa prolongar-se no Sacrifício da Missa. Morrendo por nós e dando-nos o seu próprio Sangue, Jesus mereceu para nós A GRAÇA: a graça habitual ou santificante e também todas as graças atuais. De modo que TODAS AS GRAÇAS, recebidas por TODOS OS HOMENS, desde o princípio do mundo, após o pecado de Adão, foram, são e serão concedidas em virtude dos merecimentos infinitos de Jesus Cristo, na Sua Morte Redentora na Cruz. Podemos fazer uma comparação: Há no Sacrifício da Cruz UM MAR IMENSO DE GRAÇAS para a Humanidade,  ( aliás mais do que todos os oceanos, pois Seus merecimentos são sem limites, são infinitos). Mas para nos banharmos neste mar, temos que ir até ele através dos sacramentos. Estes são os canais da graça. Assim quando não possuímos a graça santificante, o meio estabelicido por Cristo para adquiri-la, para recebê-la são os sacramentos do batismo e da Penitência; é aí que recebemos o banho purificador no oceano imenso de graças merecidas por Jesus no Calvário. Os outros sacramentos servem para aumentar em nós esta graça. A Eucaristia, porém, diferentemente dos outros sacramentos, é um sacramento que pode ser recebido até todos os dias. A Santa Missa está continuamente renovando-o no Altar.
   O Sacrifício do Calvário não só é fonte da graça santificante, mas também de GRAÇAS ATUAIS. Mas pelo fato de Jesus ter morrido na Cruz, não quer dizer que nós recebemos infalivelmente todas as graças atuais. Temos que fazer a nossa parte. Temos por exemplo, que fazer oração, e não só para pedir graças, mas para adorar a Deus, para pedir perdão e para agradecer as graças recebidas.
   O que acontecia na Antiga Lei? Alguém podia muito bem orar a Deus, adorá-LO, agradecer-Lhe, pedir favores, tudo isto sem que fosse preciso oferecer-Lhe um SACRFÍCIO. Sacrifício, naquele tempo, de animais e frutos da terra. Mas, quando se oferecia o sacrifício, então já era a ORAÇÃO OFICIAL DO POVO DE DEUS,  que aos sentimentos de adoração, ação de graças, contrição ou aos seus pedidos acrescentava um PRESENTE, uma OBLAÇÃO, uma OFERTA feita a Deus para melhor granjear a divina benevolência. Oferecia-se a Deus, então, um SACRIFÍCIO, que era de valor bem limitado, porque de animais e frutos da terra.
   Jesus, instituíndo o Santo Sacrifício da Missa, quis dar também ao povo cristão esta possibilidade de fazer uma oferta, uma oblação a Deus, juntando esta oferta a suas orações e sentimentos, de modo que a Missa passou a ser A ORAÇÃO PÚBLICA E OFICIAL DO POVO CRISTÃO, que é o povo de Deus na Nova Lei. Só que agora, A OFERTA A DEUS, não é de animais ou frutos da terra, não se trata mais de uma oferta de valor limitado. Não! Agora basta-nos um pouco de pão e de vinho e graças ao maravilhoso poder de Jesus Cristo, temos sobre os nossos altares o PRÓPRIO CORPO E O PRÓPRIO SANGUE DO SALVADOR QUE FORAM OFERICIDOS NA CRUZ. Daí este PRESENTE que ofertamos a Deus é de valor infinito. Esta VÍTIMA  que oferecemos a Deus é, ela mesma inteligente, consciente , livre, e de merecimento infinito; faz, ela mesma, no altar A MELHOR DE TODAS AS ADORAÇÕES, DE TODAS AS SÚPLICAS, DE TODAS AS AÇÕES DE GRAÇAS,  e aí nós ajuntamos, como a gota d'água no vinho, dentro da nossa tão grande insuficiência, os  nossos próprios sentimentos. Só depende de nós tirarmos o maior fruto possível, porque de si a Missa é de valor infinito.
   Mas avivemos a nossa fé. Porque Jesus é A CABEÇA DO CORPO DA IGREJA (Col. I, 18). Formamos com Jesus um todo inseparável. Na Missa Ele não só se oferece a si mesmo, mas dá também à Igreja o gosto, a satisfação, o privilégio de oferecê-Lo ao Eterno Pai, bem como de oferecer-se a si mesma juntamente com Ele. A nossa adoração sobe aos céus unida com a adoração infinitamente perfeita de Jesus; o nosso reconhecimento, unido a Sua perfeitíssima ação de graças; a nossa contrição juntamente com o poder expiador do seu Sangue; a nossa contrição juntamente com o poder eficaz do nosso Divino Redentor.

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