domingo, 21 de junho de 2020

S. LUIZ DE GONZAGA


 Pertencia à família dos duques de Mântua (Itália) e era príncipe do Sacro Império, sendo herdeiro do feudo soberano de Castiglione. Foi batizado apenas nascido e depois educado santamente. Desde o primeiro uso da razão, ofereceu-se a Deus, e levou uma vida cada vez mais santa. Com nove anos, estando em Florença diante do altar da Santíssima Virgem, fez o voto de castidade perpétua ao qual foi inteiramente fiel até a morte. Por ser príncipe esteve muito tempo entre os soldados e era inevitável os ouvisse pronunciar palavras pouco decentes, que, na sua inexperiência, começou a repetir sem lhe saber a significação. Luiz chorou esta falta durante toda a vida, como se fossem gravíssimos pecados. A vida edificante, a prática das virtudes, importou-lhe o apelido de anjo. Foi aí em Florença que Luiz fez a primeira confissão, e fê-la com tanta dor de arrependimento. que caiu sem sentidos aos pés do confessor. 
   São Carlos Borromeu, Arcebispo de Milão, preparou-o para o primeira Comunhão, que recebeu com uma devoção comovedora. Recebendo depois a Santa Comunhão aos domingos, dedicava três dias para preparar-se e outros três dias para fazer a ação de graças. 
   Luiz guardava tão bem os sentidos, em particular o da vista, que não olhava jamais para o rosto da princesa da Espanha da qual era pajem. À guarda dos sentidos, ajuntava as mortificações corporais. Jejuava três dias na semana, usava a disciplina, dormia sobre tábuas. E isto com o fito de ter facilidade para acordar mais cedo e poder rezar. Passava horas de joelhos em oração e contemplação das coisas celestes. Tinha como lema em tudo que ia fazer: "Que vale isto para a eternidade?!" 

S. Luiz na corte de Espanha
  Como filho mais velho era herdeiro do trono, mas a tudo renunciou depois de uma luta árdua para conseguir licença paterna, e chamado por Deus à vida religiosa escolheu a Companhia de Jesus fundada por Santo Inácio de Loiola. Luiz contava 17 anos quando foi aceito como noviço no Colégio de Roma. Modelo de virtude, que era no mundo, muito mais o fora no convento. Desejoso de regular a vida pelas obrigações da vida comum, pediu aos Superiores não usassem com ele de nenhuma consideração, querendo ser tratado com um dos últimos da casa. Nunca falou uma palavra sobre sua origem nobre. De acordo com o espírito religioso, reconhecia na obediência o fundamento de toda a virtude. Sem dar o menor sinal de ostentação, o exterior traduzia-lhe a modéstia, a humildade, a caridade e movia à devoção a quantos o viam. 
   Como grassavam em Roma a peste e a fome, Luiz ia, de casa em casa, pedir esmola aos ricos para os pobres. Não satisfeito com isso, pediu aos Superiores licença para diretamente acudir às necessidades dos empestados e prestar-lhes serviços nos hospitais. Obtida a licença, a dedicação e caridade do jovem não tiveram mais limites. Mas a fraca constituição de Luiz não resistiu às grandes fadigas e esforços verdadeiramente sobre-humanos que fazia no serviço hospitalar. Contraiu aí a peste contagiosa. A morte, porém, não podia amedrontar o angélico jovem. Quando soube que tinha chegado a hora de preparar-se para a última viagem, exclamou com emoções de alegria: "Eu me alegrei do que me foi dito: irei à casa do Senhor" (Salmo 121). Durante os últimos três dias segurava constantemente o crucifixo e o terço. De vez em quando beijava a imagem de Jesus, e os olhos se lhe enchiam de lágrimas de amor. No rosto se lhe via estampada uma paz celestial - reflexo de sua alma pura e cândida. 
   Em 21 de junho de 1591, com a idade de 24 anos começados, sobre uma tábua, como pediu, entregou a alma ao Criador. As últimas palavras que disse, foram invocações dos nomes de Jesus e Maria. Treze anos depois de sua morte, foi beatificado. Sua mãe ainda vivia, e pôde invocá-lo sobre os altares. Feliz mãe! 
   Felizes também todas as pessoas que fazem aniversário no dia deste santo patrono da juventude e modelo de pureza! Meus parabéns a todas!

   Oração a São Luiz de Gonzaga

   Ó Luiz santo, adornado de costumes angélicos, eu, indigníssimo devoto vosso, vos recomendo particularmente a castidade da minha alma e do meu corpo. Peço-vos, pela vossa angélica pureza, me apresenteis ao Cordeiro imaculado Jesus Cristo e a Sua Mãe santíssima, a Virgem das virgens, Maria, e me preserveis de todo o pecado. Não permitais que se implante em minha alma qualquer mancha de impureza; mas, quando me virdes em tentação ou perigo de pecar, afastai para longe de mim os pensamentos e afetos imundos, despertando em minha alma a lembrança da eternidade e de Jesus crucificado. Calai-me profundamente no coração um sentimento do santo temor de Deus, e abrasando-me no amor divino, fazei que vos imite na terra, para que possa gozar convosco de Deus no céu. Amém. 

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