LEITURA ESPIRITUAL MEDITADA
5º dia de junho
Logo no início de sua vida pública, isto é, de apostolado, o
Coração adorável de Jesus Cristo quis alimentar as almas com a sua doutrina,
com a Verdade. Dissera que a doutrina que pregava recebeu-a do Pai:
""Minha doutrina não é minha mas do Pai que me enviou". A nenhum
homem é permitido adicionar ou subtrair algo sequer desta doutrina, nem um
pontinho, nem um traço. É tão alta, é tão sublime que só o Divino Espírito
Santo, poderá completá-la, no sentido de dar aos Apóstolos a capacidade de
entender toda ela. Verdade imutável porque perfeita, porque se identifica com o
próprio Jesus que é sempre o mesmo, ontem, hoje e sempre. "Eu sou a
Verdade", dissera o Divino Mestre.
Não é sem motivo que Santo Agostinho lamentava: "Ó
verdade sempre antiga e sempre nova, quão tarde de conheci, quão tarde de
amei!" Caríssimos, a doutrina de Nosso Senhor Jesus Cristo brota qual água
viva, do manancial inefável de seu Amabilíssimo Coração. Quão pura, quão santa,
a mais perfeita, mais humana e mais divina ao mesmo tempo. A doutrina de Jesus
é superior a toda a sabedoria criada. Esta doutrina satisfaz plenamente o nosso
coração, e só ela! Só a excelência e santidade desta doutrina é por si mesma um
testemunho inegável da divindade do divino Mestre.
Tão sublime e tão amável esta doutrina que brota do Coração de
Jesus! Pois ensinava que Deus é nosso Pai, e Pai amantíssimo e boníssimo; que
nos protege; que nos criou para o céu; e que só serão eternamente condenados os
que se afastam voluntariamente do seu amor e da obediência aos seus
mandamentos.; que todos os homens são irmãos como filhos de um mesmo Pai; que
constituímos uma só família, por termos todos a mesma origem e o mesmo destino
e que assim devemos amar-nos uns aos outros como nos amamos a nós mesmos. Jesus
ensinava que nunca devemos fazer a outrem o que não desejássemos que nos
fizessem a nós; e que fizéssemos ao próximo tudo o que desejássemos que nos
fizessem a nós. "Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração e
assim encontrareis descanso para as vossas almas", exortava Jesus.
Ensinava enfim todas as virtudes mas sobretudo o amor para com Deus e a
caridade para com o próximo, até para os próprios inimigos. Esta caridade, no
seu duplo aspecto, é como a alma e a síntese de todos os ensinamentos de Nosso
Senhor Jesus Cristo. Pois, deste princípio da caridade dimanam todos os outros
deveres, que ensinava ao povo a colocar em prática. E sabemos como todos os de
coração reto ficavam atraídos pelo encanto celestial da palavra e da Pessoa de
Nosso Senhor Jesus Cristo. Todos percebiam que seus lábios divinos transmitiam
o amor transbordante daquele Coração Divino.
É bem verdade que o Divino Mestre exigia a abnegação
própria, a mortificação da soberba e da sensualidade, o desprezo das riquezas,
mas convencia a todos que só assim teriam a verdadeira felicidade, e
bondosamente lhes prometia uma grande recompensa nos Céus. O Coração de Jesus
ensinava enfim todas as virtudes e combatia tudo o que pudesse afastar os
homens de Deus e, portanto, da paz e felicidade verdadeiras. Mas caríssimos,
vamos em postagens posteriores meditar sobre o "Sermão da Montanha".
Jamais de lábios humanos poderá sair doutrina tão elevada, tão consoladora, tão
celestial, tão divina!!! Amém!
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