LEITURA ESPIRITUAL MEDITADA
6º dia de junho
Em primeiro lugar, contemplemos a maneira como Jesus
pregava. Do modo mais simples, sem discursos de profana e rebuscada eloquência.
Emprega uma linguagem natural, espontânea, ao alcance de todos. Usa de
comparações ou parábolas tomadas ora de objetos familiares conhecidos de todos,
ora de seres animados ou inanimados da natureza. Emprega "parábolas sublimes
na sua simplicidade, que conservam hoje a mesma vitalidade e majestade que
quando se pronunciaram", diz um autor. O povo, ou melhor todos os de
coração reto, ouviam a Jesus suspensos de seus lábios divinos, e deixava correr
as horas sem cuidar de atender à suas necessidades corporais. Ávidos por
alimentar suas almas o bom povo acompanhava, às vezes, a Jesus pelo deserto,
até por dias, sem se preocupar com o alimento corporal. Isto porque o Divino
Mestre ensinava com dignidade e majestade, com uma autoridade que demonstrava
tratar-se de alguém superior aos demais mortais. E a simplicidade, a doçura, a
mansidão e a humildade de Seu amabilíssimo Coração, atraíam a todos.
Caríssimos, façamos
brotar em nosso coração sentimentos da mais profunda gratidão, por nos ter
deixado o precioso tesouro da sua doutrina, que é luz, caminho e guia para nossa
inteligência, consolo e esperança para o nosso coração e doçura para os nossos
lábios.
Como nós padres devemos nos esmerar não só em pregar o que
Jesus pregou, mas também procurar fazê-lo seguindo o exemplo do Divino Mestre!
"Quem vos ouve a mim ouve" disse Jesus aos seus ministros e
dispensadores de seus mistérios. Sabemos que infelizmente há muitos Judas
Iscariotes, mas não podemos por isso, generalizar e cairmos num anti-clericalismo
que, na verdade, é uma atitude e pensamento contrários a ordenação que Jesus
deu à sua Igreja, que é hierárquica.
Quando Jesus se transfigurou no Monte Tabor, na presença de
seus apóstolos prediletos, Pedro, que seria o primeiro chefe visível da Igreja,
Tiago, que seria o primeiro apóstolo a dar testemunho de Jesus pelo martírio,
João que era o discípulo especialmente amado por Jesus Cristo, uma nuvem
luminosa cobriu-os, e de dentro da nuvem
falou o Pai celestial: "Este
é meu Filho muito amado, em quem pus as minhas complacências. Ouvi-O".
Caríssimos, se o Pai ama a Jesus, não o devemos amar nós? Se Jesus Cristo era
digno de todas as Suas complacências, não devemos nós também colocar Nele todas
as nossas complacências, todo nosso amor?! E se nos manda que ouçamos o que nos
ensina, não o devemos ouvir? Na verdade, Jesus já subiu para os céus e assim
não podemos ouvi-Lo diretamente, dita esta que teve o povo da Palestina há 20
séculos. Mas Jesus disse claramente, dirigindo-se aos seus apóstolos e, na pessoa
deles, aos seus sucessores: "Quem
vos ouve, a mim ouve, e quem vos despreza a mim despreza". Amém!
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