sábado, 6 de junho de 2020

O CORAÇÃO DE JESUS NA MANEIRA DE PREGAR

LEITURA ESPIRITUAL MEDITADA
6º dia de junho

Em primeiro lugar, contemplemos a maneira como Jesus pregava. Do modo mais simples, sem discursos de profana e rebuscada eloquência. Emprega uma linguagem natural, espontânea, ao alcance de todos. Usa de comparações ou parábolas tomadas ora de objetos familiares conhecidos de todos, ora de seres animados ou inanimados da natureza. Emprega "parábolas sublimes na sua simplicidade, que conservam hoje a mesma vitalidade e majestade que quando se pronunciaram", diz um autor. O povo, ou melhor todos os de coração reto, ouviam a Jesus suspensos de seus lábios divinos, e deixava correr as horas sem cuidar de atender à suas necessidades corporais. Ávidos por alimentar suas almas o bom povo acompanhava, às vezes, a Jesus pelo deserto, até por dias, sem se preocupar com o alimento corporal. Isto porque o Divino Mestre ensinava com dignidade e majestade, com uma autoridade que demonstrava tratar-se de alguém superior aos demais mortais. E a simplicidade, a doçura, a mansidão e a humildade de Seu amabilíssimo Coração, atraíam a todos.

Caríssimos,  façamos brotar em nosso coração sentimentos da mais profunda gratidão, por nos ter deixado o precioso tesouro da sua doutrina, que é luz, caminho e guia para nossa inteligência, consolo e esperança para o nosso coração e doçura para os nossos lábios.

Como nós padres devemos nos esmerar não só em pregar o que Jesus pregou, mas também procurar fazê-lo seguindo o exemplo do Divino Mestre! "Quem vos ouve a mim ouve" disse Jesus aos seus ministros e dispensadores de seus mistérios. Sabemos que infelizmente há muitos Judas Iscariotes, mas não podemos por isso, generalizar e cairmos num anti-clericalismo que, na verdade, é uma atitude e pensamento contrários a ordenação que Jesus deu à sua Igreja, que é hierárquica.


Quando Jesus se transfigurou no Monte Tabor, na presença de seus apóstolos prediletos, Pedro, que seria o primeiro chefe visível da Igreja, Tiago, que seria o primeiro apóstolo a dar testemunho de Jesus pelo martírio, João que era o discípulo especialmente amado por Jesus Cristo, uma nuvem luminosa cobriu-os, e de dentro da nuvem  falou o Pai celestial: "Este é meu Filho muito amado, em quem pus as minhas complacências. Ouvi-O". Caríssimos, se o Pai ama a Jesus, não o devemos amar nós? Se Jesus Cristo era digno de todas as Suas complacências, não devemos nós também colocar Nele todas as nossas complacências, todo nosso amor?! E se nos manda que ouçamos o que nos ensina, não o devemos ouvir? Na verdade, Jesus já subiu para os céus e assim não podemos ouvi-Lo diretamente,   dita esta que teve o povo da Palestina há 20 séculos. Mas Jesus disse claramente, dirigindo-se aos seus apóstolos e, na pessoa deles, aos seus sucessores: "Quem vos ouve, a mim ouve, e quem vos despreza a mim despreza". Amém!

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