segunda-feira, 15 de junho de 2020

O CORAÇÃO DE JESUS NA INSTITUIÇÃO DA EUCARISTIA


LEITURA ESPIRITUAL MEDITADA
15º dia de junho

Contemplemos o amabilíssimo Coração de Jesus na instituição deste adorável Sacramento. Foi um momento extremamente solene, pois, foi na véspera de Sua Paixão e Morte. Jesus Cristo celebrava a última Páscoa com os seus discípulos no Cenáculo. Poucos momentos antes das cenas dolorosas da sua Paixão. Dentro de algumas horas irá morrer numa Cruz. Como já por várias vezes havia predito, depois ressuscitaria e passados ainda quarenta dias aqui na terra subiria ao Céu para voltar a terra no dia do fim do mundo, para julgar publicamente todos os vivos e os mortos, isto é, os bons e os maus. Então quais teriam sido os sentimentos do Coração de Jesus? Sua atitude será de uma infinita ternura; seu Coração bate com força, com o impulso, um surto de inefável amor: seus lábios revelarão a caridade que arde grandemente em seu Coração: "Desejei ardentemente celebrar esta Páscoa convosco", dirige-se aos seus Apóstolos. Não os quer deixar órfãos. Tomou o pão em sua sacrossantas mãos e disse: "Tomai e comei, isto é o meu Corpo". Igualmente tomando o cálice com vinho em suas mãos disse: "Tomai e bebei, este é o meu Sangue... Fazei isto em memória de mim... Eu sou a vide e vós os sarmentos; o que está em Mim e eu nele, este terá muito fruto... Como o Pai me amou, assim também Eu vos amei. Permanecei no meu amor" (S. Lucas XV, 19 e 20; S. João XV, 4-9). E no mesmo instante em que Nosso Senhor Jesus Cristo pronunciou estas palavras: "Este é o meu Corpo; este é o meu Sangue", por virtude do seu poder infinito, converteu o pão que tinha em suas mãos nos seu sacratíssimo Corpo; e o vinho no seu Sangue. E pelas palavras que ajuntou a seguir: "Fazei isto em memória de mim", deu poder aos seus Apóstolos, e neles a todos os sacerdotes que lhes haviam de suceder no sagrado ministério, para realizarem em seu nome e por sua virtude a mesma conversão e transubstanciação eucarística, quando celebram a Santa Missa, e exatamente no momento da Consagração.

Assim, caríssimos, Jesus não nos deixou órfãos, sem amparo e sem alimento neste vale de lágrimas. Ele será o Emanuel, isto é, o Deus conosco. Sua carne e seu sangue serão o alimento de nossa almas. Ele permanecerá conosco, outrossim, para Ele mesmo ser o nosso amparo. Os pagãos inventavam inúmeros deuses, mas nunca ousavam imaginar sequer um deus que pudesse estar pertinho deles. O Coração adorável do Filho de Deus humanado quis, através da Santíssima Eucaristia, estar bem junto de nós. Ali no sacrário está portanto o nosso divino Salvador, real e verdadeiramente na Hóstia consagrada. Ali está para nos fazer companhia e ser todo o nosso consolo. É claro que está para receber o tributo de nossa adoração, mas também está para nos dizer: "Quem estiver aflito, acabrunhado, venha a mim e eu vos aliviarei". Que bondade inefável a do Coração de Jesus!!! Está sempre à nossa disposição, não é mister estar marcando audiência, pois está sempre disposto a ouvir as nossas súplicas, acolher as nossas aflições e ser, na santa Comunhão, alimento e vida da nossa alma.  Vede, caríssimos, que grande amor nos manifesta o Coração de Jesus na Eucaristia.

Terminemos esta nossa leitura espiritual com as reflexões de São Francisco de Sales: "Em nenhuma outra ação se pode considerar Jesus Cristo nem mais terno nem mais amante que na Santa Eucaristia, na qual se reduz, por assim dizer, e se converte paar nós num manjar deleitoso, para entrar nas nossas almas e unir-se estreitamente ao coração dos seus filhos".Amém!


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