UMA ALEGORIA (c).
Agora finalizemos a alegoria.
Afinal, depois de muitas vicissitudes, o Rei dos Céus dá por terminada a viagem.
Bem, - diz ao homem - Você trabalhou e se esforçou para chegar até aqui; também mostrou que confiava na minha palavra. Ora, acontece que aqui na casa de meu Pai há muitas moradas (João XIV-2). Aqui se tem que fazer justiça: Cada um receberá a sua recompensa particular segundo o seu trabalho (1ª Coríntios III-8). Nem todos aqui têm o mesmo grau de felicidade, da mesma forma que há diferença de estrela a estrela na claridade (1ª Coríntios XV-41). Você, portanto, vai ter o grau de felicidade que lhe cabe, de acordo com o tempo que passou em viagem (pois o que Você passou na terra não se conta) e de acordo com o grau de boa vontade, de amor, de obediência, de confiança que mostrou para comigo.
É nesta ocasião que o homem diz:
- O Sr. diz que o lugar que vou ter no Céu é um prêmio pelo que fiz. Eu me acanho até de ouvir falar nisto. Que é o que fiz, em comparação com o que o Sr. fez comigo? Como eu poderia subir até aqui, se o Sr. não me desse "de graça" aquele avião que par amim tão generosamente adquiriu por tão salto preço? Como eu poderia chegar até o Céu, se o Sr. não estivesse sempre ao meu lado, indicando-me o caminho, ajudando-me e confortando-me a todos os instantes? Como eu poderia sair vitorioso nesta empresa, se todas as vezes que por minha culpa fiz despedaçar-se o avião, o Sr. não me protegesse com o pára-quedas de sua misericórdia e não me desse, mais uma vez gratuitamente, outro avião para subir? O meu lugar nos Céus pode ser prêmio de meus esforços, como o Sr. diz com tanta bondade, porém mais, muitíssimo mais do que isto, deve ele ser considerado um grande benefício do Sr. para comigo.
Não é preciso mais explicar a significação do resto. É assim o prêmio do Céu. É como se a criancinha de 3 anos que escreveu a carta, com sua Mamãe a sustentar por cima a sua mãozinha, ainda recebesse um belo prêmio pela carta enviada, que de um certo modo é também obra sua. Afinal algum merecimento teve, porque não emperrou e se prontificou a colaborar.
Compreenderam agora os nossos prezados amigos protestantes? É por isso que São Paulo, depois de dizer que o estipêndio, o salário, o preço do pecado é a morte, quando nós esperávamos que ele dissesse que, por sua vez, o prêmio, o estipêndio, a recompensa da virtude é a vida eterna, termina a frase de uma maneira imprevista; ele nos diz que a graça, o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Nosso Senhor Jesus Cristo: O estipêndio do pecado é a morte; mas A GRAÇA DE DEUS é a vida perdurável em Nosso Senhor Jesus Cristo (Romanos VI-23).
A vida eterna, o prêmio do Céu, que está acima da nossa natureza, é uma dádiva que Deus oferece àquele que estava submerso no pecado e que passa, pela misericórdia divina, a revestir-se da graça santificante, gozando da amizade de Deus. E já é vida eterna esta graça que habita no coração do homem, mas vida eterna que precisa ainda ser mantida pela fidelidade, pela cooperação deste mesmo homem.
Por maior que seja a nossa cooperação, se bem considerarmos toda a história da salvação de uma alma, desde o começo até o fim, em última análise o prêmio do Céu é sempre um benefício de Deus, pois Ele nos ajudou em toda a altura.
O fato de dizermos que as nossas obras influem na salvação não nos impede de considerar a salvação um dom de Deus, dom que Ele misericordiosamente oferece a todos; nem tira o valor do sacrifício oferecido por Jesus Cristo na cruz, pois daí é que nos vieram os meios, que nunca teríamos, de nos elevarmos acima de nós mesmos, afim de conquistar o Céu. Toda a graça que os homens recebem, desde a queda de Adão até hoje, é graça de Cristo adquirida pelo seu sangue no Calvário; e por isto toda a glória dos salvos, dos santos, dos eleitos reverte em louvor e glória do próprio Cristo, o qual se fez para nós sabedoria e justiça e santificação e redenção (1ª Coríntios I-30) e sem o qual nada poderíamos fazer.
E o fato de termos que dizer, em vista do nosso nada, da nossa insuficiência: Somos uns servos inúteis (Lucas XVII-10) não impede a Deus de nos oferecer a sua coroa de justiça: Bem está, servo BOM e FIEL; já que foste fiel nas coisas pequenas, dar-te-ei a intendência das grandes; ENTRA NO GOZO DE TEU SENHOR (Mateus XXV-23). Extraído do Livro LEGÍTIMA INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA, autor: Lúcio Navarro).
A vida eterna, o prêmio do Céu, que está acima da nossa natureza, é uma dádiva que Deus oferece àquele que estava submerso no pecado e que passa, pela misericórdia divina, a revestir-se da graça santificante, gozando da amizade de Deus. E já é vida eterna esta graça que habita no coração do homem, mas vida eterna que precisa ainda ser mantida pela fidelidade, pela cooperação deste mesmo homem.
Por maior que seja a nossa cooperação, se bem considerarmos toda a história da salvação de uma alma, desde o começo até o fim, em última análise o prêmio do Céu é sempre um benefício de Deus, pois Ele nos ajudou em toda a altura.
O fato de dizermos que as nossas obras influem na salvação não nos impede de considerar a salvação um dom de Deus, dom que Ele misericordiosamente oferece a todos; nem tira o valor do sacrifício oferecido por Jesus Cristo na cruz, pois daí é que nos vieram os meios, que nunca teríamos, de nos elevarmos acima de nós mesmos, afim de conquistar o Céu. Toda a graça que os homens recebem, desde a queda de Adão até hoje, é graça de Cristo adquirida pelo seu sangue no Calvário; e por isto toda a glória dos salvos, dos santos, dos eleitos reverte em louvor e glória do próprio Cristo, o qual se fez para nós sabedoria e justiça e santificação e redenção (1ª Coríntios I-30) e sem o qual nada poderíamos fazer.
E o fato de termos que dizer, em vista do nosso nada, da nossa insuficiência: Somos uns servos inúteis (Lucas XVII-10) não impede a Deus de nos oferecer a sua coroa de justiça: Bem está, servo BOM e FIEL; já que foste fiel nas coisas pequenas, dar-te-ei a intendência das grandes; ENTRA NO GOZO DE TEU SENHOR (Mateus XXV-23). Extraído do Livro LEGÍTIMA INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA, autor: Lúcio Navarro).
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