CREMOS em Nosso Senhor Jesus Cristo, que é o Filho de Deus. Ele é o Verbo eterno, nascido do Pai antes de todos os séculos e consubstancial ao Pai, "homoousios to Patri" (8), e por Ele tudo foi feito. Ele encarnou por obra do Espírito Santo no seio da Virgem Maria e se fez homem. Portanto, é igual ao Pai, segundo a divindade, e inferior ao Pai segundo a humanidade (9), e é uno, Ele próprio, não por uma impossível confusão de naturezas, mas pela unidade da pessoa. (10).
Ele habitou entre nós, cheio de graça e de verdade. Ele anunciou e instaurou o Reino de Deus e nos fez conhecer nele o Pai. Deu-nos o seu mandamento novo de nos amarmos uns aos outros como Ele nos amou. Ensinou-nos o caminho das Bem-aventuranças evangélicas: pobreza de espírito, mansidão, sofrimento suportado com paciência, sêde de justiça, misericórdia, pureza de coração. vontade de paz, perseguição suportada pela justiça. Padeceu sob Pôncio Pilatos, Cordeiro de Deus que carregou sobre si os pecados do mundo: morreu por nós na Cruz, salvando-nos com o seu sangue redentor. Foi sepultado e, por seu próprio poder, ressuscitou ao terceiro dia, elevando-nos por meio de sua Ressurreição à participação da vida divina, que é a vida da graça. Subiu ao céu e virá de novo, mas desta vez com glória, para julgar os vivos e os mortos: cada um segundo os seus méritos - os que corresponderam ao Amor e Misericórdia de Deus, indo para a vida eterna; os que os recusaram até ao fim, indo para o fogo que não se extinguirá jamais.
E o seu Reino não terá fim.
CREMOS no Espírito Santo, que é Senhor e que dá a vida; que é adorado e glorificado com o Pai e com o Filho. Foi Ele que nos falou por meio dos profetas; Ele nos foi enviado por Jesus Cristo, depois da sua Ressurreição e da sua Ascensão ao Pai. Ele ilumina, vivifica, protege e conduz a Igreja; Ele purifica os seus membros, se estes não se furtam à ação da graça, que penetra no mais íntimo da alma, torna o homem capaz de responder ao apelo de Jesus: "sede perfeitos, como também o vosso Pai celestial é perfeito" (Mt. 5, 48).
NOTAS: (8) Dz-Sch. 150. - (9) Cfr. Dz-Sch. 76 - (10) Cfr. Ibid..
OBS.: 1ª- ( 8) "homoousios to Patri" é uma expressão em grego que significa: "consubstancial ao Pai".
2ª- (10) "impossível confusão de naturezas": aqui significa= impossível fusão das duas naturezas em uma só. Em outras palavras: dizemos que Jesus é UNO não porque as duas naturezas se tivessem fundido em uma só, mas porque é uma só pessoa: a Pessoa Divina do Filho de Deus. ( 10 ) Cfr. Dz-Sch. 76. No mistério da Santíssima Trindade, no entanto, devemos dizer que Deus é UNO porque é uma só natureza divina, mas três pessoas iguais e distintas. Daí, em Deus, adoramos a Unidade na Trindade, e a Trindade na Unidade. Deus é UNO quanto à Natureza; é TRINO quanto às Pessoas.
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