CREMOS que Maria é a Mãe sempre Virgem do Verbo Encarnado, nosso Deus e Salvador Jesus Cristo ( 11 ), e que, em razão desta eleição singular, ela foi, em consideração dos méritos de seu Filho, resgatada de maneira sublime ( 12 ), preservada de toda mancha do pecado original ( 13 ), repleta do dom da graça, mais do que todas as outras criaturas ( 14 ).
Associada por um vínculo estreito e indissolúvel aos Mistérios da Encarnação e da Redenção ( 15 ), a Santíssima Virgem Maria, a Imaculada, foi, no termo de sua vida terrestre, elevada em corpo e alma à glória celeste ( 16 ) e configurada ao seu Filho ressuscitado, antecipando a sorte futura de todos os justos. Cremos que a Santíssima Mãe de Deus, Nova Eva, Mãe da Igreja ( 17 ), continua no céu a desempenhar o seu papel materno, em relação aos membros de Cristo, cooperando para o nascimento e desenvolvimento da vida divina nas almas dos resgatados ( 18 ).
CREMOS que em Adão todos pecaram: isto significa que a falta original, cometida por ele, fez com que a natureza humana, comum a todos os homens, caísse num estado em que arrasta as consequências desta falta e que não é aquele em que ela se encontrava antes, nos nossos primeiros pais, constituídos em santidade e justiça, e em que o homem não conhecia o mal nem a morte. É a natureza humana assim decaída, despojada da graça que a revestia, ferida nas suas próprias forças naturais e submetida ao domínio da morte, que é transmitida a todos os homens, e neste sentido é que cada homem nasce em pecado. Professamos, pois, com o Concílio de Trento, que o pecado original é transmitido com a natureza humana, "não por imitação mas por propagação" e que, portanto, ele é "próprio de cada um" ( 19 ).
CREMOS que Nosso Senhor Jesus Cristo, pelo sacrifício da Cruz, nos resgatou do pecado original e de todos os pecados pessoais, cometidos por cada um de nós, de modo que, segundo a frase do Apóstolo: "onde abundou o pecado, aí também superabundou a graça" ( 20 ).
CREMOS num só Batismo, instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo para a remissão dos pecados. O Batismo deve ser administrado mesmo às criancinhas que não foram ainda capazes de cometer algum pecado pessoal, a fim de que, tendo nascido privadas da graça sobrenatural, renasçam "da água e do Espírito Santo" para a vida divina em Jesus Cristo ( 21 ).
NOTAS: ( 11 ) Cfr. Dz-Sch . 251-252. - ( 12 ) Cfr. Lumen Gentium 53. - ( 13 ) Cfr. Dz-Sch. 2803. - ( 14 ) Cfr. Lumen Gentium 53. - ( 15 ) Cfr. Lumen Gentium 53, 58, 61. - ( 16 ) Cfr. Dz-Sch. 3903. - ( 17 ) Cfr. Lumen Gentium 53, 56, 63; Paulo VI Aloc. no encerramento da III Sessão do Concílio Vat, II: AAS LVI (1964) p. 1016; Exhort.Apost. Signum Magnum, Introd.. - - ( 18 ) Cfr. Lumen Gentium 62; Paulo VI, Exhort. Apost. Signum Magnum, p. 1, n. 1. - ( 19 ) Cfr. Dz-Sch. 1513. - ( 20 ) Rom. 5, 20. - ( 21 ) Cfr. Dz-Sch. 1514.
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