SENTENÇA: "Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. Assim como era no
princípio, agora e sempre e por todos os séculos dos séculos. Amém!" (Doxologia dos primeiros cristãos).
REFLEXÕES: A vida cristã consiste, antes de
tudo, numa união íntima, afetuosa e santificante com as três Pessoas divinas.
São três os
nossos deveres para com o Hóspede Divino, que é a SS. Trindade, (mas que, por
apropriação, atribui-se ao Espírito Santo).
1 - ADORAR:
glorificar, bendizer e dar graças ao Hóspede divino. "Adorar, diz Bossuet,
é o reconhecermos em Deus a mais elevada
soberania; e reconhecermos em nós a mais profunda dependência". De manhã
rezamos: Santíssima e Augustíssima Trindade, Deus Uno em Três Pessoas; eu,
pobre e miserável criatura, me prostro em vossa presença e vos adoro com a mais
profunda humildade... No início e término das ações diárias devemos dizer: Em
nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo; e rezar: Glória ao Pai, ao Filho e
ao Espírito Santo... Na oração da noite assim rezamos: "Dulcíssimo Coração
de Jesus... fazei que as palpitações do meu coração sejam outros tantos
louvores que ofereçais, por mim, à SS. Trindade. Fazei que o meu respirar se
torne em atos de ação de graças e de afetos inflamados de amor por Vós..."
2 - AMAR: Deve ser um amor repassado de confiança. Docemente, o nosso Pai do Céu
pede este amor: "Dai-me, meu filho,
o teu coração" (Prov. XXIII, 26). O nosso amor a Deus deve ser um amor
de amizade: na oração conversamos com
o mais fiel e generoso dos amigos; levados por este amor, abraçamos todos os
interesses de Deus, procuramos Sua glória, fazemos glorificar o Seu santo nome.
Deve ser um amor reconhecido, dando
sempre ações de graça ao maior e mais insigne Benfeitor; um amor penitente, para expiar as nossas tão
numerosas infidelidades. Enfim, o nosso amor ao Divino Hóspede, deve ser generoso, que vai até ao sacrifício, à
renúncia da própria vontade, à aceitação de todas as provações.
3 - IMITAR: Pureza de corpo e alma; e procurarmos
ser santos, por que Deus é santo. É, pois, necessário purificar e adornar
incessantemente um templo onde reside o próprio Deus. Jesus disse: "Sede perfeitos como vosso Pai do Céu é
perfeito". Deus elevou-nos à maior nobreza: ser Seus filhos, e tornou
a nossa alma Sua morada. A nobreza obriga! Devemos procurar ser parecidos o
mais possível com o nosso Pai do Céu. Mas como imitar a Trindade, cuja
santidade é INFINITA? Não esqueçamos que
a SS. Trindade está em nossa alma, justamente para santificá-la. O Filho de
Deus fez-se homem como nós, viveu a nossa vida, abraçou as nossas enfermidades,
exceto o pecado e tornou-se, assim, o caminho que devemos trilhar para
chegarmos ao Pai. Imitar o Filho é imitar o Pai, porque o Filho procede sempre
segundo a vontade do Pai.
Mas na
imitação da SS. Trindade, devemos destacar a CARIDADE FRATERNA: "Que todos sejam um, como tu, meu Pai,
o és em mim e eu em ti , para que
eles sejam um em nós" (Jo XVII, 21). E S. Paulo pede a caridade mútua alegando: "Há um só Deus e Pai de todos... que
atua por todas as coisas e reside em todos nós" (Ef IV, 6).
EXEMPLO: Santa Genoveva nasceu perto de Paris
e era pastorzinha desde criança. Contando sete anos, passou por lá o bispo S.
Germano, e vendo-a no meio da gente, quis saber o seu nome. Ela respondeu:
Chamo-me Genoveva. S. Germano
perguntou-lhe se ela amava a Jesus e Nossa Senhora. Ela respondeu: Amo a Jesus
porque Ele é meu Deus, e amo a Maria porque ela é a mãe de meu Deus. Então o
santo deu-lhe de presente uma cruzinha que ela levou ao pescoço toda a sua
vida. Era Genoveva um anjo de pureza, paciência e caridade. Por isso o demônio,
invejoso, mandou-lhe uma mulher má para roubar-lhe a inocência. Genoveva pegou
rapidamente a cruzinha e apresentou-a
àquela malvada, que no mesmo instante ficou cega. Depois a mulher se arrependeu
e pediu perdão a Deus e a Genoveva, que, fazendo de novo o sinal da cruz sobre
a penitente, restituiu-lhe a vista do corpo e a saúde da alma.
"Não sabeis que sois templo de
Deus e que o Espírito Santo habita em vós? Amém!
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