SENTENÇA: "Creio em Deus Pai" (Credo). "Pai
Nosso que estais no Céu" (Mt VI, 9).
REFLEXÕES: O 3º Catecismo apresenta as razões pelas quais se dá a Deus o
nome de Pai: 1º porque é Pai, por natureza, da segunda Pessoa da Santíssima
Trindade, isto é, do Filho por Ele gerado; 2º porque Deus é Pai de todos os
homens, que Ele criou, conserva e governa; 3º porque é Pai, pela graça, de
todos os cristãos, os quais por isso se chamam filhos adotivos de Deus.
O Catecismo mostra porque Jesus ensinou-nos a
dizer Pai nosso e não Pai meu: "porque todos somos seus filhos, e
portanto, devemos considerar-nos e amar-nos todos como irmãos, e orar uns pelos
outros".
O Compêndio
do Catecismo da Igreja Católica nº 46 diz: "Jesus Cristo nos revela que
Deus é "Pai", não somente porque é Criador do universo e do homem,
mas sobretudo porque gera eternamente em seu seio o Filho, que é o seu Verbo,
"resplendor da glória do Pai, expressão de seu ser" (Hb I, 3). E no
nº 583: "Podemos invocar o "Pai" porque o Filho de Deus feito
homem no-lo revelou e o seu Espírito no-lo fez conhecer. A invocação do Pai nos
faz entrar no seu mistério com uma admiração sempre nova e suscita em nós o
desejo de um comportamento filial. Com a oração do Senhor, estamos, portanto,
conscientes de ser filhos do Pai no Filho".
Sabemos que
Deus é Majestade infinita, é o Senhor Supremo, mas o próprio Jesus quis que nos
dirigíssemos a Ele invocando-O como pai. Os autores espirituais dizem que esta
consideração da Paternidade de Deus é importantíssima na ascese espiritual. O
P. Faber diz: "Não há verdade mais certa do que esta: Deus é nosso Pai, e
o que há de mais terno e de mais suave em toda a paternidade da terra não é
senão uma ínfima sombra da doçura sem limites e da afeição de sua paternidade
no céu. A beleza e a consolação de tal ideia excedem quaisquer palavras".
Santa Teresa
diz: "Se digo: "Pai nosso", pede o amor que compreenda quem é
esse nosso Pai e qual o Mestre que nos ensinou esta oração... Já não seria
excessivo, Senhor, no fim da oração conceder-nos a graça de chamar-vos nosso Pai?
Mas vós nos encheis as mãos e fazeis logo no começo tão grande favor... Pelo
fato de n'Ele existir a perfeição de todos os bens, forçosamente é melhor que
todos os pais do mundo".
EXEMPLO: Sóror Genoveva da S. Face (Celina)
conta o seguinte de sua irmã Sóror
Teresa do Menino Jesus: Um dia, entrei na cela da nossa querida Irmãzinha e
fiquei impressionada com a sua expressão de grande recolhimento. Cosia ela
ativamente e contudo parecia perdida numa profunda contemplação. Perguntei-lhe
em que pensava. E ela respondeu-me: "Medito no Pai-Nosso; é tão doce
chamar ao bom Deus nosso Pai!..." E as lágrimas brilharam-lhe nos olhos.
SANTA
TERESINHA, ENSINAI-ME A AMAR O MEU PAI DO CÉU! Amém!
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