terça-feira, 27 de outubro de 2020

A AÇÃO DAS VIRTUDES INFUSAS COM A AJUDA DOS SETE DONS DO ESPÍRITO SANTO


SENTENÇA: "Ensinai-me a fazer a vossa vontade, porque vós sois o meu Deus. O vosso Bom Espírito me conduzirá por uma terra aplanada" (Sl 142, 10).

REFLEXÕES: As virtudes teologais são: fé, esperança e caridade. As virtudes cardeais são: prudência, justiça, fortaleza e temperança. Os sete dons do Espírito Santo são: sabedoria, inteligência, conselho, fortaleza, ciência, piedade, temor de Deus.

O Espírito Santo com seus dons, completa e leva à perfeição as virtudes.

A  une-nos a Deus (Verdade) levando-nos a aderir às verdades que nos revelou. O exercício desta virtude é aperfeiçoado pelos dons da INTELIGÊNCIA e da CIÊNCIA. O dom da inteligência leva-nos a penetrar mais profundamente nas verdades da fé para nelas descobrirmos os seus tesouros escondidos. O dom da ciência eleva-nos das criaturas até Deus, mostrando-nos que Ele é o seu princípio, a sua causa exemplar e também o seu fim.

A ESPERANÇA une-nos a Deus (Suma Bondade e nossa Felicidade) levando-nos a fazer atos de confiança absoluta e de filial entrega em suas mãos. Faz-nos esperar com serenidade a Céu e os meios de lá chegarmos. Esta virtude é fortificada pelo dom do TEMOR DE DEUS, enquanto nos desapega dos falsos bens da terra que nos poderiam arrastar ao pecado. Assim, ajuda-nos a desejar o Céu.

A CARIDADE leva-nos a amar a Deus como infinitamente bom em si mesmo e, assim, nos comprazemos nas suas infinitas perfeições mais que se fossem nossas. Leva-nos a uma santa amizade e a uma doce familiaridade. É pela caridade que nos tornamos mais semelhantes ao nosso Pai Celeste. É o dom da SABEDORIA, que nos faz gostar das coisas de Deus e assim, aumenta em nós a virtude da caridade, isto é, o Amor de Deus.

A virtude da PRUDÊNCIA leva-nos a escolher devidamente os meios para alcançarmos o nosso fim sobrenatural. É muito aperfeiçoada pelo dom de CONSELHO que nos faz participar da sabedoria divina  mostrando-nos logo claramente, nos casos particulares e dificultosos, o que é conveniente fazer ou omitir.

A virtude da JUSTIÇA (à qual está relacionada a virtude da RELIGIÃO) mandando-nos dar a outrem o que lhe é devido, santifica as nossas relações com os nossos irmãos. A virtude da RELIGIÃO inclina-nos a prestar a Deus o culto que Lhe é devido. Esta virtude da religião é facilitada singularmente pelo dom de PIEDADE fazendo-nos ver em Deus um pai amorosíssimo que somos venturosos de glorificar e louvar. O dom de piedade ajuda-nos a tratar o próximo como irmãos em Jesus Cristo.

A virtude da FORTALEZA arma-nos contra as provações e a luta. Leva-nos, outrossim, a suportar com paciência os sofrimentos; a empreender com coragem os mais árduos trabalhos para glória de Deus. O dom de FORTALEZA ajuda a virtude do mesmo nome, levando esta coragem até ao heroísmo.

A virtude da TEMPERANÇA modera em nós a ânsia do prazer, e subordina-o à lei do dever. O dom do TEMOR DE DEUS, além de facilitar a virtude teologal da esperança, também aperfeiçoa em nós a temperança, fazendo temer os castigos e os males que resultam do amor ilegítimo dos prazeres.

EXEMPLO: A princesa Luísa (de que falamos em exemplo anterior) filha de Luis XV, rei de França, recebeu o véu no Carmelo de Paris, em presença do núncio apostólico do papa Clemente XIV. A capela foi engalanada com esplendor nunca visto. A princesa apareceu vestida com maravilhoso traje que reluzia de ouro e pedras preciosas, e em sua cabeça levava coroa de puríssimos diamantes. A princesa, em dado momento, despojada de todas aquelas jóias, recebeu em troca o hábito grosseiro e o véu e prostrou-se por terra. Muitas lágrimas correram dos olhos das pessoas da corte presentes na cerimônia. Viveu no claustro dezessete anos com o nome de Sóror Teresa de Santo Agostinho, em grande pobreza. Faleceu aos cinqüenta anos de idade em odor de santidade.

Eis a verdadeira grandeza!... De filha de rei mortal, tornou-se para sempre filha do Rei Imortal, o verdadeiro Rei. o Rei dos reis. Amém!

 

 

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