SENTENÇA: "Ensinai-me a fazer a vossa vontade, porque vós sois o meu Deus. O
vosso Bom Espírito me conduzirá por uma terra aplanada" (Sl 142, 10).
REFLEXÕES: As virtudes teologais são: fé,
esperança e caridade. As virtudes cardeais são: prudência, justiça, fortaleza e
temperança. Os sete dons do Espírito Santo são: sabedoria, inteligência,
conselho, fortaleza, ciência, piedade, temor de Deus.
O Espírito
Santo com seus dons, completa e leva à perfeição as virtudes.
A FÉ une-nos a Deus (Verdade) levando-nos a aderir
às verdades que nos revelou. O exercício desta virtude é aperfeiçoado pelos dons da INTELIGÊNCIA
e da CIÊNCIA. O dom da
inteligência leva-nos a penetrar mais profundamente nas verdades da fé para
nelas descobrirmos os seus tesouros escondidos. O dom da ciência eleva-nos das
criaturas até Deus, mostrando-nos que Ele é o seu princípio, a sua causa
exemplar e também o seu fim.
A ESPERANÇA une-nos a Deus (Suma Bondade
e nossa Felicidade) levando-nos a fazer atos de confiança absoluta e de filial
entrega em suas mãos. Faz-nos esperar com serenidade a Céu e os meios de lá
chegarmos. Esta virtude é fortificada pelo dom do TEMOR DE DEUS, enquanto nos desapega dos falsos bens da terra que
nos poderiam arrastar ao pecado. Assim, ajuda-nos a desejar o Céu.
A CARIDADE leva-nos a amar a Deus como
infinitamente bom em si mesmo e, assim, nos comprazemos nas suas infinitas
perfeições mais que se fossem nossas. Leva-nos a uma santa amizade e a uma doce
familiaridade. É pela caridade que nos tornamos mais semelhantes ao nosso Pai
Celeste. É o dom da SABEDORIA, que
nos faz gostar das coisas de Deus e assim, aumenta em nós a virtude da caridade,
isto é, o Amor de Deus.
A virtude da
PRUDÊNCIA leva-nos a escolher
devidamente os meios para alcançarmos o nosso fim sobrenatural. É muito
aperfeiçoada pelo dom de CONSELHO que
nos faz participar da sabedoria divina
mostrando-nos logo claramente, nos casos particulares e dificultosos, o
que é conveniente fazer ou omitir.
A virtude da
JUSTIÇA (à qual está relacionada a
virtude da RELIGIÃO) mandando-nos
dar a outrem o que lhe é devido, santifica as nossas relações com os nossos
irmãos. A virtude da RELIGIÃO inclina-nos
a prestar a Deus o culto que Lhe é devido. Esta virtude da religião é
facilitada singularmente pelo dom de PIEDADE
fazendo-nos ver em Deus um pai amorosíssimo que somos venturosos de
glorificar e louvar. O dom de piedade ajuda-nos a tratar o próximo como irmãos em Jesus Cristo.
A virtude da
FORTALEZA arma-nos contra as
provações e a luta. Leva-nos, outrossim, a suportar com paciência os
sofrimentos; a empreender com coragem os mais árduos trabalhos para glória de
Deus. O dom de FORTALEZA ajuda a
virtude do mesmo nome, levando esta coragem até ao heroísmo.
A virtude da
TEMPERANÇA modera em nós a ânsia do
prazer, e subordina-o à lei do dever. O dom do TEMOR DE DEUS, além de facilitar a virtude teologal da esperança,
também aperfeiçoa em nós a temperança, fazendo temer os castigos e os males que
resultam do amor ilegítimo dos prazeres.
EXEMPLO: A princesa Luísa (de que falamos em
exemplo anterior) filha de Luis XV, rei de França, recebeu o véu no Carmelo de
Paris, em presença do núncio apostólico do papa Clemente XIV. A capela foi
engalanada com esplendor nunca visto. A princesa apareceu vestida com
maravilhoso traje que reluzia de ouro e pedras preciosas, e em sua cabeça
levava coroa de puríssimos diamantes. A princesa, em dado momento, despojada de
todas aquelas jóias, recebeu em troca o hábito grosseiro e o véu e prostrou-se
por terra. Muitas lágrimas correram dos olhos das pessoas da corte presentes na
cerimônia. Viveu no claustro dezessete anos com o nome de Sóror Teresa de Santo
Agostinho, em grande pobreza. Faleceu aos cinqüenta anos de idade em odor de
santidade.
Eis a
verdadeira grandeza!... De filha de rei mortal, tornou-se para sempre filha do
Rei Imortal, o verdadeiro Rei. o Rei dos reis. Amém!
Nenhum comentário:
Postar um comentário