quinta-feira, 14 de abril de 2016

DOUTRINA DOS APÓSTOLOS SOBRE O MATRIMÔNIO

LEITURA ESPIRITUAL - Dia 14 de abril

"As mulheres sejam sujeitas a seus maridos, como ao Senhor, porque o marido é cabeça da mulher, como Cristo é cabeça da Igreja, seu corpo, do qual ele é o Salvador. Ora, assim como a Igreja está sujeita a Cristo, assim o estejam também as mulheres a seus maridos em tudo. Maridos, amai as vossas mulheres, como também Cristo amou a Igreja e por ela se entregou a si mesmo, para a santificar, purificando-a no batismo da água pela palavra da vida, para apresentar a si mesmo, esta Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e imaculada. Assim também os maridos devem amar as suas mulheres, como os seus próprios corpos. O que ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.. Porque ninguém aborreceu jamais a sua própria carne, mas nutre-a e cuida dela, como também Cristo o faz à Igreja, porque  somos membros do seu corpo, da sua carne e dos seus ossos. "Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá a sua mulher; e serão os dois uma só carne". Este mistério é grande, mas eu o digo em relação a Cristo e à Igreja. Por isso também cada um de vós ame sua mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o seu marido" (Ef. V, 22-33).

Demos a palavra ao Papa Leão XIII:

"Todas as disposições que a Autoridade de Deus decretara e estabelecera acerca do matrimônio, os Apóstolos, mensageiros das leis divinas, as confiaram mais completa e explicitamente à Tradição e à Escritura. E já agora devemos recordar o que, firmado no ensino dos Apóstolos, "sempre nos ensinaram os Santos Padres, os concílios e a tradição da Igreja universal" (Trid. s. XXIV), isto é, que Jesus Cristo Senhor Nosso elevou o matrimônio à dignidade de sacramento; que no mesmo tempo Ele quis que os cônjuges, assistidos e fortalecidos pela graça divina, fruto dos Seus merecimentos, alcançassem a santidade do mesmo matrimônio; que nesta união, admiravelmente conforme ao modelo da Sua união mística com a Igreja, tornou mais perfeito o amor natural (Trid. s. XXIV, cap. I) e estreitou mais intimamente, pelos laços da caridade divina, a sociedade indissolúvel por natureza do homem com a mulher: "Maridos, dizia S. Paulo aos habitantes de Éfeso, amai vossas mulheres como Jesus Cristo amou a Sua Igreja, tendo-se sacrificado por ela, a fim de a santificar... Os maridos devem amar sua mulheres como ao seu próprio corpo; ninguém odiou jamais a sua própria carne, mas todos a nutrem e tomam cuidado por ela, com fez Jesus Cristo para com a Igreja; e nós somos os membros do seu corpo formados da sua carne e dos seus ossos. Por isso é que o homem deixará o seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher e serão dois numa só carne. É grande este sacramento, mas eu digo que o é em Cristo e na Igreja" (Ef. V, 25 ss).

"Da mesma forma, continua Leão XIII, nós sabemos pelos Apóstolos que Cristo quis que a unidade e a estabilidade perpétua do casamento, exigidas pela própria origem desta instituição, fossem santas e invioláveis para sempre. "Aqueles que estão unidos pelo matrimônio, diz o mesmo Apóstolo S. Paulo, eu preceituo, ou antes é o Senhor que o ordena, que a mulher se não separe jamais de seu marido; e, se vier a separar-se dele, permaneça sem se unir a outro homem, ou reconcilie-se com seu marido" (1 Cor. VII, 10 e 11). E ainda: "A mulher está sujeita à lei enquanto seu marido viver; se ele falecer, fica livre" ( 1 Cor. VII, 39). Por todos estes motivos, o matrimônio apresentou-se sempre como um grande sacramento (Ef. V, 32), honroso em tudo (Hebreus XIII, 4), piedoso, casto, digno de um grande respeito em virtude das coisas sublimes de que ele é significação e imagem" (Encíclica "ARCANUM").
Sendo o matrimônio um grande e honroso sacramento, é mister seja tratado com a honra e santidade que merece. Eis o que diz São Paulo: "Seja por todos honrado o matrimônio, e o leito conjugal sem mácula, porque Deus julgará os fornicadores e os adúlteros" (Hebreus XIII, 4). 

Deo volente, durante o Jubileu da Misericórdia, sempre que puder, acrescentarei algum texto da Bíblia referente à misericórdia: "Serás como um filho obediente do Altíssimo, e ele se compadecerá de ti, mais do que uma mãe" (Eclesiástico, IV, 11) e ainda: "Não te abandones, na tua fortaleza, aos maus desejos do teu coração; e não digas: Como sou poderoso! Quem poderá obrigar-me a dar-lhe conta das minhas ações? ... "E não digas: A misericórdia do Senhor é grande, ele se compadecerá da multidão dos meus pecados. Porque a sua misericórdia e a sua justiça estão perto uma da outra... (Eclesiástico V, 2 e 3; 6 e 7).  

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