segunda-feira, 11 de abril de 2016

A IGREJA REJEITOU SEMPRE TODO ERRO

LEITURA ESPIRITUAL - Dia 11 de abril

"Aplicai-vos a conservar a unidade do espírito pelo vínculo da paz. Há um só corpo e um só Espírito, como também vós fostes chamados a uma só esperança pela vossa vocação. Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo. Há um só Deus e Pai de todos... a fim de que não mais sejamos como criancinhas que flutuam, nem levados para cá e para lá por todo vento de doutrina, pela maldade dos homens, pela astúcia que arrasta à armadilha do erro"(Efésios, IV, 3-6 e 14).

"Penetrada a fundo dos seus princípios e cuidadosa do seu dever, nada tem tido a Igreja tanto a peito, nada tem demandado com maior esforço do que conservar de maneira a mais perfeita a integridade da fé. Foi por isso que ela considerou como rebeldes declarados, e tem expulso para longe de si todos aqueles que não pensavam como ela, fosse sobre que ponto fosse da sua doutrina. Os Arianos, os Montanistas, os Novacianos, os Quartodecimanos, os Eutiquianos certamente não tinham abandonado a doutrina católica inteira, mas apenas essa ou aquela parte: e no entanto quem é que não sabe que eles foram declarados hereges e rejeitados do seio da Igreja? E julgamento semelhante tem condenado todos os fautores de doutrinas errôneas que têm aparecido depois, nas diferentes épocas da história. "Nada poderia ser mais perigoso do que esses hereges que, conservando em tudo o mais a integridade da doutrina, por uma só palavra, como que por uma gota de veneno, corrompem a pureza e a simplicidade da fé que recebemos da tradição do Senhor e depois dos Apóstolos" (Autor do Tratado da Fé Ortodoxa contra os Arianos).  Tal foi sempre o costume da Igreja, apoiada pelo juízo unânime dos santos Padres, os quais sempre consideraram como excluído da comunhão católica e fora da Igreja quem quer que se separe o menos possível da doutrina ensinada pelo magistério autêntico. (...) Diz Santo Agostinho: "Do fato de alguém não crer esses erros (a saber as heresias que ele acabara de enumerar), não se segue deva crer-se e dizer-se cristão católico. Porque pode haver, podem surgir outras heresias que não estejam mencionadas nesta obra, e todo aquele que abraçasse uma delas deixaria de ser cristão católico" (De Haeresibus [=Livro que escreveu sobre as Heresias] nº 88).
"Esse meio instituído por Deus para conservar a unidade de fé de que falamos é exposto com insistência por S. Paulo na sua Epístola aos Efésios ( IV, 3 e ss); exorta-os ele primeiro a conservarem com grande cuidado a harmonia dos corações: "Aplicai-vos a conservar a unidade de espírito pelo vínculo da paz"; e como os corações não podem ser plenamente unidos pela caridade se os espíritos não estão de acordo na fé, ele quer que haja em todos senão uma mesma fé. "Um só Senhor e uma só fé". E quer uma unidade tão perfeita, que exclua todo perigo de erro: "a fim de que não mais sejamos como criancinhas que flutuam, nem levados para cá e para lá por todo vento de doutrina, pela maldade dos homens, pela astúcia que arrasta à armadilha do erro". E ensina que esta regra deve ser observada não por um tempo, mas "até que cheguemos todos à unidade de fé, à medida da idade da plenitude de Cristo". Onde, porém, colocou Jesus Cristo o princípio que deve estabelecer essa unidade, e o socorro que a deve conservar? Ei-lo: "Estabeleceu Ele a uns Apóstolos..., a outros pastores e doutores, para a perfeição dos santos, para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo".
"Por isso, tem sido essa mesma regra que, desde a antiguidade mais remota, os Padres e os Doutores têm sempre seguido e unanimemente defendido. Escutai Orígenes; "Todas as vezes que os hereges nos mostram as Escrituras canônicas, às quais todo cristão dá seu assentimento e fé, parecem dizer: 'É conosco que está a palavra da verdade'. Mas não os devemos crer, nem nos afastar da primitiva tradição eclesiástica, nem crer outra coisa senão o que a Igreja de Deus nos há ensinado pela tradição sucessiva".
Escutai Santo Irineu: "A verdadeira sabedoria é a doutrina dos Apóstolos... que chegou até nós pela sucessão dos bispos... transmitindo-nos o conhecimento mui completo das Escrituras, conservadas sem alteração". (...)

E Santo Hilário: "Ensinando da barca, Cristo faz-nos entender que os que estão fora da Igreja não podem ter nenhuma inteligência da palavra divina. Portanto a barca representa a Igreja, só na qual o Verbo de Vida reside e se faz ouvir, e os que estão fora e que aí ficam, estéreis e inúteis como a areia da praia, não podem compreendê-Lo". (Todo o artigo compõe-se de excertos da Enc. "SATIS COGNITUM" do papa Leão XIII). 

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