LEITURA ESPIRITUAL MEDITADA
Desde a última confissão bem feita.
Antes vamos falar um pouco sobre a CONFISSÃO GERAL. Sobre ela podemos assim resumir: a confissão
geral pode ser necessária, útil, inútil, prejudicial.
Quando a CONFISSÃO GERAL é NECESSÁRIA?
É necessária às pessoas que fazem confissões inválidas.
Não perdoando de modo nenhum os pecados, tais confissões
devem ser renovadas desde a época em que foram inválidas e más. Comparando: Se
eu ao abotoar minha batina, ou no início ou já tendo abotoado alguns botões nas
suas respectivas casas, aí salto uma casa, a partir daí todos os botões ficarão errados e depois de já ter abotoado até ao fim é que
percebo o erro. Para desfazer este erro, tenho que desabotoar até onde comecei
errando, porque foi a partir daí que todas os botões ficaram abotoados
erradamente. Para corrigir não basta corrigir só o primeiro ou alguns; tendo
que desabotoar todos os errados e depois, abotoar todos certos. Quando a primeira confissão foi mal feita, é
inválida e invalida todas as outras. Assim só uma confissão geral de toda vida
poderá corrigir. Quando alguém já tendo feito algumas ou muitas confissões bem
feitas e portanto válidas, mas aí faz uma confissão mal feita e inválida,
sacrílega, para corrigir, a confissão geral deve abranger todos os pecados
cometidos depois da última confissão bem feita, e mais, a primeira coisa que a
pessoa penitente deve confessar é aquele primeiro sacrilégio e o número (se não
sabe exatamente, pelo menos aproximadamente, de confissões e comunhões
sacrílegas (ou se recebeu qualquer outro sacramento neste tempo, todos foram
sacrilégios que devem ser contados nesta confissão geral.
Mas quando são más as confissões?
A) POR FALTA DE
FÉ. Isto acontece por 4 motivos:
1. - Quando se recebe a absolvição na ignorância, mesmo
involuntária, dos pontos de fé indispensáveis (por necessidade de meio, i. é,
sem eles não se pode salvar), a saber: que há um só Deus; que em um só Deus há
três pessoas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo; que Deus Filho se fez homem
para nos resgatar; que, depois desta vida, Deus recompensará os bons e
castigará os maus eternamente (= Deus remunerador).
2. - Quando se recebe a absolvição na ignorância voluntária
das coisas necessárias que se deviam conhecer por necessidade de preceito, tais
como o Pai-Nosso, o Credo, a Ave-Maria, os mandamentos de Deus e da Igreja, os
sacramentos, principalmente aqueles que se devem receber.
3. - Quando queremos fazer uma religião a nosso modo,
recusando crer tudo que ensina a santa Igreja Católica, Apostólica e Romana,
conservando dúvidas voluntárias sobre a fé, e também vivendo na revolta contra o
Magistério Vivo e Perene da Igreja.
B) POR FALTA DE EXAME. Isto acontece quando, depois de uma
notável negligência no exame de consciência, se omite a acusação de faltas
graves.
C) POR FALTA DE SINCERIDADE. O que se dá quando, por
vergonha, por hipocrisia ou por malícia, escondemos na confissão um pecado
mortal, ou que julgamos mortal; quando se ocultam circunstâncias necessárias;
quando se diminui o número dos pecados mortais cometidos; ou, finalmente,
quando se acusa, de propósito, de modo a não ser compreendido pelo confessor em
matéria grave.
D) POR FALTA DE CONTRIÇÃO E BOM PROPÓSITO. Como este é o
ponto capital, de tal modo que uma confissão feita com todas as condições
anteriores, faltando esta, é nula se a pessoa foi se confessar achando que
tinha contrição e bom propósito, mas, na verdade, não tinha. É nula mas não
sacrílega. Se, porém, se confessa consciente de não estar arrependido e de não ter propósito firme e eficaz, então é sacrílega. Assim, toda confissão sacrílega é
nula também, mas nem toda confissão nula é sacrílega. Daí, vamos, na próxima
postagem, se Deus quiser, falar sobre isso, a saber, vamos estudar os sinais
para sabermos quando a confissão foi feita sem arrependimento e sem propósito
firme de não mais recair nos pecados.
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