LEITURA ESPIRITUAL MEDITADA
21º dia de junho
Nosso Senhor Jesus
Cristo é a própria humildade. Pois bem,
Jesus quer cultivar e fazer frutificar na alma do comungante esta bela
virtude da qual dá na Eucaristia tão comovedores exemplos, como meditamos
anteriormente. Mas é claro, o Coração Eucarístico de Jesus quer encontrar
corações bem dispostos, o que significa corações o mais parecidos possível com
o Seu. Nada de amor próprio que não sabe sofrer humilhações; nada de tibieza,
nada de apego à vontade própria; para bem longe o amor dos prazeres. Caríssimos
comungantes, devemos preparar uma mansão
digna para Jesus, de dois modos: primeiro afastando estes sentimentos que Lhe
desagradam, e, segundo, praticando as virtudes que constituem a beleza de seu
divino Coração. Esta preparação remota para a comunhão facilita a preparação
imediata, ou seja, o recolhimento e a oração.
E quando comungamos devemos adorar a Deus e humilhar o nosso
nada em Sua presença. Devemos unir os nossos sentimentos aos d"Ele. O
Salvador, aos vir a nós na Comunhão, procura logo a glória do Pai. O Coração de
Jesus, deste novo altar que é o nosso coração, oferece a Deus Pai suas
homenagens, e convida-nos a unir-nos a Ele. Os primeiros pedidos de Jesus são
aqueles mesmos que nos ensinou a pedir ao nosso Pai do Céu: que seja
santificado o nome de Deus, que venha a nós o seu reino, que sua vontade seja
feita. Esta deve ser também a nossa primeira oração, feita em união com Jesus.
O Coração de Jesus, ainda a pulsar em nosso peito, ergue a Deus Pai atos de amor
que O glorificam mais do que todos aqueles que por ventura praticamos ou viermos
um dia a praticar. Deus é adorado, amado, bendito, louvado e agradecido, por um
Deus, no mais íntimo de nosso ser.
A alma apaixonada de amor a Deus não pensa em si primeiro
mas antes, procura se unir a Jesus na adoração ao Seu Pai e ao nosso Pai que
está no Céu. Mas, é claro, Jesus mesmo quer que logo após pensemos em nós mesmos. Que peçamos a sua graça para vencermos as
nossas misérias e fraquezas. Ah!, caríssimos, quão felizes são aqueles que se
chegam a Jesus cheios de santo e ardente amor! No momento da Comunhão o Pai
contempla com infinita ternura o Coração de seu Filho, e com certeza se compraz
em ver o nosso coração humilde. Compraz-se em ver que a oração do seu Filho
Eterno e a do seu filho adotivo transformado n'Ele pela comunhão, fazem a mesma
oração de adoração; vê com complacência os seus protestos de amor, suas homenagens de
adoração, de reconhecimento, reunidos, elevarem-se até ao Seu trono de Glória. E assim, com certeza o Pai Celestial Todo-poderoso, não poderá recusar os pedidos do comungante feitos em seguida, no sentido da santificação de sua alma.
Como já temos meditado, Jesus, com seu Coração cheio de
bondade, passou fazendo o bem. E agora a Comunhão é, ainda na terra, como que o
termo dos desejos de Jesus, o alvo de seus esforços, o derradeiro escopo de
seus trabalhos. Aí se completa a obra da Encarnação; aí, a carne que recebeu no
seio puríssimo de Maria Santíssima se une à nossa carne para purificá-la; aí,
sua alma se une à nossa alma para santificá-la; aí, Seu Coração se une ao nosso
coração, para nele derramar seu amor. Jesus se alegrava em sua vida pública em
fazer o bem aos fiéis. Aqui na Comunhão alegra-se também vendo os esforços de
seus fiéis que procuram adquirir as virtudes e ter os mesmo sentimentos que,
embora fracos, são semelhantes às virtudes e sentimentos de Seu Coração manso e humilde na Eucaristia. Como o Coração de Jesus vibra de alegria vendo estes
corações de seus fiéis tendo os mesmos desejos da glória do Pai e da salvação
das almas! Amém!
Amém!
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