quinta-feira, 27 de junho de 2019

O AMOR HUMANO DO CORAÇÃO DE JESUS

LEITURA ESPIRITUAL MEDITADA
27º dia de junho

Sabemos pela Teologia que em Nosso Senhor Jesus há duas vontades: a humana e a divina. Assim, também devemos considerar no Coração de Jesus, o seu amor humano e o se amor divino por nós.  Na verdade o dulcíssimo Salvador, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, nos amou muito, nos ama muito e nos há de amar muito durante toda a eternidade.

O amor de Jesus em sua alma humana, através de seu Coração palpitante, nos seus 33 anos na terra, hoje no Céu à direita de seu Eterno Pai, e na terra, na Santíssima Eucaristia, é, digo, um amor admirável, inefável. Mas em sua divindade, Jesus que é o Verbo Divino, nos ama com o mesmo amor que o Pai e o Espírito Santo, ou seja, com um amor eterno e infinito.

Hoje vamos meditar no amor humano do Coração de Jesus, e amanhã, se Deus quiser, meditaremos no amor divino do Coração de Jesus.

Jesus, chorou diante do túmulo de seu amigo Lázaro de Betânia, e o povo exclamou: "Vede como Ele o amava". Caríssimos, meditando durante este mês de junho, em tudo que o Coração de Jesus fez por nós, na Encarnação, no seu nascimento, na sua vida oculta e na vida pública, na instituição da Santíssima Eucaristia e sobretudo em sua Paixão e Morte, nós também exclamamos: "Vede como Ele nos amou!".

O Coração de Jesus nos ama com um amor humano imenso! Pois, a sua fonte é a alma de Jesus, e esta é a obra-prima de Deus aqui na terra. Deus a fez tão perfeita o quanto é possível a uma criatura. E Deus onipotente tornou esta alma capaz de um amor tal que, excede em intensidade ao de todos os homens que existiram, existem e hão de existir, ao amor de todos os anjos e ao da própria Santíssima Virgem Maria, reunidos num só. Já percorremos toda a vida de Jesus e meditamos na imensidade deste amor por nós.

E agora na glória do Céu, à direita de seu Pai Eterno, o Coração de Jesus continua a nos amar. São João declara que mesmo os pecadores são ainda muito caros a Jesus, porque lhes advoga a causa junto de seu Pai: "Filhinhos meus, eu vos escrevo estas coisas, para que não pequeis; mas, se algum pecar, temos um advogado junto do Pai, Jesus Cristo justo. Ele é propiciador pelos nossos pecados, e não somente, pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo" (1 S. João, II, 1 e 2). Assim, o próprio pecado mortal, que Lhe inspira tanto horror, não Lhe altera os sentimentos do Coração. Seu olhar não é de ódio, mas de ternura entristecida, de compaixão para com o louco, monstruoso e mísero pecador. Jesus com suas chagas radiantes de luz e glória, está a lembrar a seu Pai que Ele sofreu tanto pelos pecadores, que pagou caríssimo pelos seus pecados; suplica, então, e implora graças de contrição. O Coração de Jesus é sempre ouvido pelo seu Pai, embora, infelizmente, muitos põem obstáculos. O Coração de Jesus pede também a graça de uma perfeita penitência, de tal modo que o pecador, se assim o quiser, poderá reparar plenamente suas faltas.

Caríssimos, agora meditemos no seguinte: Se Jesus ama assim os pecadores, qual não será o amor de seu Coração pelos verdadeiros amigos, pelos justos, pelos santos?! São João Eudes diz: "Tão grande é o seu amor, que Ele estaria pronto a sacrificar sua vida no universo inteiro e com sofrimentos imensos; e porque o seu amor é eterno, estaria pronto ainda a sacrificá-lo eternamente e com dores eternas". Sofreria, portanto, uma nova paixão por cada um dos filhos dos homens. Faria por cada um o que fez por todos. Mas sabemos que Jesus não pode sofrer e morrer mais, depois de ressuscitado e glorioso. Como seu Coração é onipotente, arranjou um meio de fazê-lo por nosso amor: A Santíssima Eucaristia como Sacrifício e como Sacramento. A Santa Missa renova, de maneira incruenta, a imolação do Calvário, e nos aplica seus merecimentos infinitos. E aqui no Altar se aniquila de alguma maneira, mais do que na Cruz. Quanto o Coração de Jesus se alegra em poder através da Santa Missa, derramar sobre o mundo torrentes de graças! E faz ainda mais: A Eucaristia como Sacramento! Faz-se nosso alimento, nosso hóspede na comunhão, e dá-se a nós todo inteiro, convidando-nos a renovar cada dia essa união tão doce ao seu Coração. O Coração de Jesus quis ficar conosco até o fim do mundo, não quis nos deixar órfãos. É realmente o Emanuel, isto é, o Deus conosco. Amém!


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