terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

O PADRE É PAI ESPIRITUAL

LEITURA ESPIRITUAL MEDITADA

PADRE, DAI-ME A VOSSA BÊNÇÃO PORQUE PEQUEI!

Caríssimos, é assim que iniciamos as nossas confissões: Padre, isto é, pai, dai-me a vossa bênção porque pequei! O penitente chama o confessor de pai e, justamente porque pecador, ele pede bênçãos paternais! Pai! esta palavra diz tudo. "Pai, se tendes o poder de restituir-me a vida da graça, abençoai-me". E o padre, que é verdadeiro pai espiritual, aceita esse título tão suave de pai, e se mostrará verdadeiramente pai. Comovido com a súplica de seu filho, ele diz, fazendo o sinal da cruz: Que o Senhor esteja em vosso coração e sobre vossos lábios, afim de que façais uma sincera e inteira confissão de todos os vossos pecados; em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém. E o penitente, que já deve ter rezado o ato de confissão, o mesmo que se reza antes da Missa ao pé do altar, faz a sua confissão dizendo  todos os seus pecados por pensamentos, palavras e obras, dizendo o número dos que são mortais, e mostrando as circunstâncias que mudam a espécie dos pecados mortais. Então, o confessor com toda bondade de pai, vai dar os conselhos. Só em casos muito raros o confessor toca nos pecados que acabou de ouvir. Só o faz na hipótese de fazer algum pergunta necessária, mas sempre no sentido de bondosamente ajudar o penitente a fazer uma boa confissão. O confessionário não é lugar de censuras e, muito menos, de descomposturas. O confessor fala pensando como Jesus falaria estando em seu lugar. O padre dá ao penitente seus carinhosos conselhos, e depois diz com todo fervor de seu amor: Que o Deus Onipotente tenha piedade de vós, e que depois de vos ter perdoado vossos pecados, vos conduza à vida eterna. Assim seja! Acrescenta ainda: Que o Senhor Onipotente e misericordioso vos conceda o perdão, a absolvição e a remissão de todos os vossos pecados. Assim seja!Depois disto ele levanta a mão e pronuncia as palavras poderosíssimas da absolvição...


Caríssimos, é um momento solene! Pois, os laços infernais que ligavam o pecador, foram quebrados, o demônio sai de sua alma, o inferno fecha-se sobre sua cabeça, outra vez seu nome é inscrito com letras de ouro no livro da vida, a veste de inocência lhe é restituída com todos os seus méritos passados; a augusta Trindade o olha com complacência; os anjos exultam de alegria; e eis aí a sua alma bela, pura como no dia de seu batismo. O penitente se retira. Ele se tinha ajoelhado filho do demônio, se ergue filho de Deus. E o confessor? Só pensa nestas maravilhas operadas na alma de seu penitente. Não pensa em mais nada; só nesta alegria de fazer tanto bem em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. A alegria do confessor é realmente a de um pai que recupera seu filho. Muito mais do que isto, sente a alegria inefável de ter feito as vezes de Jesus: sente a alegria de ter sido um pai, pois, gerou novamente um filho para Deus. Amém!

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