LEITURA ESPIRITUAL MEDITADA
PADRE, DAI-ME A VOSSA BÊNÇÃO PORQUE PEQUEI!
Caríssimos, é assim que iniciamos as nossas confissões:
Padre, isto é, pai, dai-me a vossa bênção porque pequei! O penitente chama o
confessor de pai e, justamente porque pecador, ele pede bênçãos paternais! Pai!
esta palavra diz tudo. "Pai, se tendes o poder de restituir-me a vida da
graça, abençoai-me". E o padre, que é verdadeiro pai espiritual, aceita
esse título tão suave de pai, e se mostrará verdadeiramente pai. Comovido com a
súplica de seu filho, ele diz, fazendo o sinal da cruz: Que o Senhor esteja em vosso coração e sobre vossos lábios, afim de que
façais uma sincera e inteira confissão de todos os vossos pecados; em nome do
Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém. E o penitente, que já deve ter
rezado o ato de confissão, o mesmo que se reza antes da Missa ao pé do altar,
faz a sua confissão dizendo todos os
seus pecados por pensamentos, palavras e obras, dizendo o número dos que são
mortais, e mostrando as circunstâncias que mudam a espécie dos pecados mortais.
Então, o confessor com toda bondade de pai, vai dar os conselhos. Só em casos
muito raros o confessor toca nos pecados que acabou de ouvir. Só o faz na
hipótese de fazer algum pergunta necessária, mas sempre no sentido de
bondosamente ajudar o penitente a fazer uma boa confissão. O confessionário não
é lugar de censuras e, muito menos, de descomposturas. O confessor fala
pensando como Jesus falaria estando em seu lugar. O padre dá ao penitente seus
carinhosos conselhos, e depois diz com todo fervor de seu amor: Que o Deus Onipotente tenha piedade de vós,
e que depois de vos ter perdoado vossos pecados, vos conduza à vida eterna.
Assim seja! Acrescenta ainda: Que o
Senhor Onipotente e misericordioso vos conceda o perdão, a absolvição e a
remissão de todos os vossos pecados. Assim seja!Depois disto ele levanta a
mão e pronuncia as palavras poderosíssimas da absolvição...
Caríssimos, é um momento solene! Pois, os laços infernais
que ligavam o pecador, foram quebrados, o demônio sai de sua alma, o inferno
fecha-se sobre sua cabeça, outra vez seu nome é inscrito com letras de ouro no
livro da vida, a veste de inocência lhe é restituída com todos os seus méritos
passados; a augusta Trindade o olha com complacência; os anjos exultam de
alegria; e eis aí a sua alma bela, pura como no dia de seu batismo. O penitente
se retira. Ele se tinha ajoelhado filho do demônio, se ergue filho de Deus. E o
confessor? Só pensa nestas maravilhas operadas na alma de seu penitente. Não
pensa em mais nada; só nesta alegria de fazer tanto bem em nome de Nosso Senhor
Jesus Cristo. A alegria do confessor é realmente a de um pai que recupera seu
filho. Muito mais do que isto, sente a alegria inefável de ter feito as vezes
de Jesus: sente a alegria de ter sido um pai, pois, gerou novamente um filho
para Deus. Amém!
Nenhum comentário:
Postar um comentário