Leitura espiritual - 8 de janeiro
Jesus, em seu sacramento, geralmente encontra apenas a indiferença dos seus, e muitas vezes a incredulidade e o desprezo. É fácil verificar esta triste verdade: Mundus eum non cognovit [= O mundo não o conheceu].
Não haveria dificuldade em se acreditar na Eucaristia, se no momento da Consagração o concerto dos Anjos se fizesse ouvir, como no nascimento de Jesus; se nos fosse dado ver, como outrora no Jordão, o céu aberto sobre Ele, ou resplandecer a sua glória, como no Tabor; ou enfim, se um dos milagres realizados pelo Deus da Eucaristia no decorrer dos tempos, se renovasse sob os nossos olhos.
Nada disse, porém, e menos ainda! É o aniquilamento de toda glória, de todo poder, da natureza divina e natureza humana de Jesus Cristo, cuja face não vemos e cuja voz não ouvimos. Nada de sensível se manifesta!
Eis o que constitui para o verdadeiro cristão, em vez de pedra de escândalo ou provação da fé, a vida e a perfeição de seu amor. Movida de viva fé, a alma vai além dessa pobreza e fraqueza de Jesus, dessa aparência de morte, e descobrindo sua divindade, se prostra como os Magos, contempla e adora.
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