NOTA: Por estarmos no Ano da Fé, venho transcrevendo a Primeira Parte do Livro "LEGÍTIMA INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA", (Autor: Lúcio Navarro) justamente porque aí fala sobre a SALVAÇÃO PELA FÉ. Esta parte do livro contém 149 números; estamos no nº 100.
100. UM QUADRO MARAVILHOSO...
Os protestantes de hoje não concordam, nem podiam concordar com semelhante teoria. Foram obrigados a fazer uma notável alteração no sistema luterano: o homem é livre e para salvar-se precisa arrepender-se, emendar de vida, deixar o pecado, o que é o mesmo que reconhecer que o pecado que não foi convenientemente retratado impede de entrar no Céu. Mas onde se mostra toda a inexperiência dos protestantes é em querer reconciliar esta nova doutrina com a ideia de certeza absoluta da salvação.Dizer ao crente que ele tem certeza absolta de salvar-se é , no caso, garantir que ele não pecará jamais.
- Exatamente, dizem os protestantes. O crente está completamente liberto do pecado: Se algum, pois, é de Cristo (ou mais de acordo com o texto grego: se algum está EM CRISTO) é uma NOVA CRIATURA ( 2ª Coríntios V- 17). Desde que o homem se arrepende sinceramente e faz profissão de fé em Cristo, Único e Suficiente Salvador, torna-se regenerado pelo Espírito Santo e assim não peca mais. É a maravilhosa transformação que o Evangelho realiza no coração do homem.
E como os protestantes não admitem nenhuma distinção entre pecado mortal e pecado venial, porque estas expressões não se encontram na Bíblia, segue-se que o crente não comete pecado de espécie alguma, nem grave nem leve; se o cometesse e não se arrependesse, iria para o inferno. Mas não vai, porque não peca.
E uma amostra, que pode estar à vista do público, de que estes crentes já estão completamente regenerados e santificados pelo Espírito Santo, pode-se ver em muitas seitas: o crente já não fuma, não toca absolutamente em bebidas alcoólicas, não dança e não joga.
A Igreja dos crentes é constituída exclusivamente de puros e perfeitos... E enquanto os católicos apresentam o cristão subindo penosamente a montanha da perfeição, em peleja contra as intempéries, contra os animais ferozes, sujeito às vezes a cair ferido nesta luta, embora depois possa levantar-se, no Protestantismo é como se o cristão subisse de mão e carrinho fechado, coberto e... blindado, para não sofrer nada com os ataques adversos.
Daí se vê, portanto, a superioridade do Protestantismo sobre a Religião Católica: aquele promete aos seus adeptos a salvação com toda certeza, enquanto esta não dá a ninguém a certeza absoluta da salvação, por conseguinte não traz a paz e a tranquilidade às consciências...
O quadro é assim traçado com uma ingenuidade espantosa.
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