segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A Fé à luz do Novo Testamento

Excertos do Livro "A Psicologia da Fé" de autoria do Padre Leonel Franca, S. J.

  "No Evangelho, a mensagem de Cristo se nos apresenta como uma doutrina que se deve ensinar e transmitir pela pregação. A este magistério corresponde a adesão livre dos homens; prestá-la é crer  - "Ide por todo o mundo; pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; que não crer sera condenado" . S. Marc., XVI, 15-16; S. Mat. XXVIII, 18-20. Frequentemente, durante o ministério de Jesus, a palavra crer, indica, nos ouvintes, a atitude de resposta a uma verdade proposta, a um ensinamento comunicado pelo Mestre. "Se vos digo a verdade, diz CRISTO aos judeus, por que não me credes?" S. Jo. VIII, 46; Cf. V, 46-47, X, 37, 38. "Eu sou a ressurreição e a vida, diz JESUS a Marta, crês isto?... Sim, Senhor, creio que és o Cristo" S. Jo., XI, 26 sgs. "Porque não creste nas minhas palavras, diz o arcanjo Gabriel a Zacarias, ficarás mudo", etc. S. Luc., I, 20. E as citações poderiam multiplicar-se sem dificuldade.Em todas elas, crer apresenta-se-nos como um ato da inteligência que admite uma doutrina, um fato, uma verdade, sob o testemunho de outrem que afirma."
   "São Paulo não é menos peremptório.(...) Na Epístola aos Colossenses, II, 6, 7, exorta o Apóstolo a que se conservem "enraizados e sobre-edificados n'Ele [no Senhor Jesus] e confirmados na fé, assim como fostes ensinados... que ninguém vos engane com filosofias e vãs subtilezas". Trata-se, portanto, na fé, de doutrina verdadeira, ensinada pelos apóstolos, de convicção sólida que deve resistir aos assaltos dos sofismas e dos erros da heresia. A Timóteo adverte SÃO PAULO que "Hymeneu e Alexandre fizeram naufrágio na fé" I Tim., I, 19, que "Hymeneu e Fileto se apartaram da verdade... e destroem a fé de muitos outros" II Tim., 17, 18. "Nos tempos futuros muitos deixarão a fé para se apegarem a espíritos sedutores e a doutrinas diabólicas". Sempre a fé, como um patrimônio intelectual de verdades, opostas a teorias errôneas e falazes". 
    
   Segundo prova o Padre Leonel Franca, citando as Sagradas Escrituras, a Fé não é fruto de uma procura e esforço em busca da verdade. Portanto não é algo subjetivo, e consequentemente mutável através dos tempos. A fé não é fruto de uma agitação vital do próprio eu. É algo objetivo, e, que vindo de Deus que é a própria verdade e o Bem por essência, deixa o crente tranquilo, sem dúvidas, sem agitação. A autoridade suprema de Deus dá ao crente uma segurança que o engenho humano nunca dará. 
   Os modernistas e os protestantes, como vimos, colocam a fé no sentimento. E este também não tem consistência. É terreno arenoso e movediço. Apoiada que está em Deus, a Fé, pelo contrário, é rocha inabalável, ontem, hoje e sempre. Enquanto os homens mudam como o vento, a Palavra de Deus permanece para sempre. As vicissitudes históricas não são capazes de abalá-la. 
    No próximo post veremos, se Deus quiser, como São Paulo define a Fé, e, então, entenderemos melhor toda esta firmeza da fé. 
   

  No próximo post, se Deus quiser, vamos comentar o texto clássico de São Paulo sobre a Fé: "Sperandarum substantia rerum, argumentum non apparentium" (Heb. XI, 1). "A Fé é a realidade das coisas que esperamos, prova das que não vemos". 

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