67. CRER EM CRISTO - FILHO DE DEUS.
Cristo ensinou muitas coisas, quando andava neste mundo. Para exprimir a nossa fé em tudo o que Ele ensinou, a gente não precisa relembrar, um por um, todos os seus ensinamentos, pode resumir tudo isto num só artigo: Creio que Jesus é o Filho de Deus; crendo na divindade de Cristo temos que crer necessariamente em tudo o que Ele disse.
Assim resumida foi a profissão de fé que fez Marta, a irmã de Lázaro. Jesus lhe diz: Eu sou a ressurreição e a vida; o que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá eternamente. Crês isto? (João XI-25 e 26). Marta Lhe responde: Sim, Senhor, eu já estou na CRENÇA de que tu és o Cristo, Filho de Deus Vivo, que vieste a este mundo (João XI-27).
Nestas palavras estava logicamente incluída a fé em todo o ensino de Jesus; embora Marta não conhecesse perfeitamente todos os dogmas do Cristianismo, contudo neles cria implicitamente, porque cria em Jesu que os ensinou.
Um exemplo pitoresco e edificante da disposição de crer em tudo o que Jesus disser, se vê no cego de nascença a quem o Mestre concedeu a vista e, dias depois, perguntou: Tu CRÊS no Filho de Deus? (João IX-35). O cego não sabe ainda quem é o Filho de Deus; mas o que Jesus disser, ele acredita. Aponte Jesus quem é o Filho de Deus e ele está disposto a aceitá-Lo. Quem é Ele, Senhor, para eu crer n'Ele? Disse-lhe, pois, Jesus: Até tu já O viste, e é Aquele mesmo que fala contigo. Então respondeu ele: Eu CREIO, Senhor. E prostrando-se, O adorou (João IX-36 a 38).
Jesus, sendo o Filho Unigênito do Pai (João 1-14) é necessariamente cheio de graça e de VERDADE (João 1-14) e bem pode dizer: Eu sou o caminho e a VERDADE e a vida (João IV-6). Por isto, só poderia ser exato o que Lhe disseram os fariseus, embora não o dissessem com reta intenção: És VERDADEIRO, e ensinas o caminho de Deus pela VERDADE (Mateus XXII-16). Seria absurdo, portanto, pensar que crer que Jesus é o Filho de Deus quer dizer somente, crer na divindade ou na divina missão de Jesus e nada mais, sem tirar daí a conclusão lógica, inevitável, imperiosa de que é necessário crer tudo o que Jesus disser.
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