Capítulo II - A perpetuidade do primado de S. Pedro nos Romanos Pontífices
Porém o que Nosso Senhor Jesus Cristo, que é o príncipe dos pastores e o grande pastor das ovelhas, instituiu no Apóstolo São Pedro para a salvação eterna e o bem perene da Igreja, deve constantemente subsistir pela autoridade do mesmo Cristo na Igreja, que, fundada sobre o rochedo, permanecerá inabalável até ao fim dos séculos. Ninguém certamente duvida, pois é um fato notório em todos os séculos, que São Pedro, príncipe e chefe dos Apóstolos, recebeu de Nosso Senhor Jesus Cristo, Salvador e Redentor do gênero humano, as chaves do reino; o qual (S.Pedro) vive, governa e julga através dos seus sucessores", os bispos da Santa Sé Romana, fundada por ele e consagrada com o seu sangue [Cf. Concílio de Éfeso]. Por isso, todo aquele que suceder nesta cátedra de Pedro, recebe, por instituição do próprio Cristo, o primado de Pedro sobre toda a Igreja. Permanece, pois, a disposição daquele que é a própria Verdade; e São Pedro, permanecendo como rocha inabalável, não tem abandonado o leme da Igreja. Por este motivo sempre foi necessário a toda a Igreja, isto é, a todos os fiéis, estivessem unidos à Igreja Romana, devido a sua suprema primazia, para que nesta Santa Sé, da qual dimanam para todos os direitos de uma comunhão veneranda, se agregassem (os fiéis) em um só corpo, como os membros estão ligados à cabeça.
Cânon: Se, portanto, alguém negar ser de direito divino e por instituição do próprio Cristo que São Pedro tem perpétuos sucessores no primado da Igreja universal; ou que o Romano Pontífice é o sucessor de São Pedro no mesmo primado - seja excomungado.
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